Saiba o que é e como aplicar o HFMEA na clínica médica
A segurança do paciente deve ser uma preocupação constante para qualquer empresa na área da saúde — o que inclui também meios de prevenir erros e falhas nos processos. E é aí que entra o HFMEA (sigla em inglês que significa Análise do Modo de Falha e Efeitos na Assistência Médica).
A ferramenta foi pensada a partir de outro conceito, o FMEA (Análise do Tipo e Efeito de Falha), que tem como principal objetivo a avaliação de riscos em potencial e evitá-los antes que aconteçam.
Veja, então, o que é o HFMEA e entenda os motivos para considerá-lo na rotina da sua clínica médica ou do seu consultório!
O que é HFMEA?
Com o HFMA, a gestão médica passa a ter uma boa base para a realização de uma avaliação preventiva dos seus processos e do trabalho cotidiano.
Até por isso, a Análise do Modo de Falha e Efeitos na Assistência Médica (HFMEA) serve como instrumento de melhoria contínua dos serviços prestados. Pois a prevenção e redução de riscos caminha lado a lado com um ambiente de trabalho mais produtivo, ágil, seguro e dinâmico.
O que passa diretamente pela experiência do paciente e de um atendimento eficiente.
É inegável, inclusive, que isso impacta positivamente a saúde em geral. Afinal, só no Brasil mais de 1 milhão de pessoas têm problemas com efeitos colaterais causados por algum tipo de erro médico anualmente.
Reduzir esses números é de grande valia para toda a área de saúde — em qualquer lugar.
Para que serve?
Vale reforçar o quanto o HFMEA tem impacto positivo na rotina de uma clínica médica. Afinal, a estratégia de redução de riscos pode ser aplicada tanto para processos novos quanto para aqueles já existentes (que foram ou não ajustados ao longo do tempo).
Imagine, então, que você planeje um novo processo, no seu estabelecimento, ou esteja às vésperas de abrir uma nova função dentro da clínica. O HFMEA pode ser inserido para uma avaliação prévia dos riscos associados. E o mesmo vale para processos, funções e serviços já existentes.
Por que é importante?
Por ser uma ferramenta versátil e que pode ser aplicada tanto em situações de falha, de efeito (como a consequência de algo que tenha falhado), de causa (sobre os eventos que causam a falha) ou como medida preventiva e de controle.
Para tanto, você pode aplicar uma escala que serve para identificar o grau de severidade por meio do HFMEA, conforme a lista a seguir:
- Mínima (1), quando não existem riscos contra a segurança do paciente;
- Pequena (2 a 3), com baixa possibilidade de comprometer a segurança do paciente;
- Média (4 a 6), com variação sobre o risco de dano (se temporário, com chance de prorrogar o período de hospitalização ou com mais medidas de controle, como o uso de medicamentos para reverter o problema criado);
- Alta (7 a 9): quando existe necessidade de intervenção (com baixo ou alto risco de morte) ou quando de fato ocorre um dano permanente ou causa o óbito do paciente.
Vale destacar o quanto isso agrega, e muito, ao trabalho e à gestão financeira do seu negócio. Assim, você usa os recursos de maneira mais assertiva.
Dicas para realizar o HFMEA na sua clínica
A questão que você deve ter em mente, agora, é: como realizar o HFMEA e fazer uso da escala acima? Para explicar melhor, entenda o passo a passo para implementar esse tipo de avaliação na sua clínica médica.
Definição do projeto
Você sabe o que deseja avaliar? Existe mais de uma coisa na sua lista? Analise esses fatores e lembre-se de focar em um objetivo por vez.
Pode ser, por exemplo, a necessidade de realizar treinamentos sobre LGPD e avaliar as melhores práticas para isso. Independentemente do motivo, você deve saber o que avaliar e qual é o objetivo desse processo.
Potenciais causas
Em seguida, sua equipe deve identificar quais são as potenciais causas para o problema causado ou para os problemas que você deseja prevenir.
Vale considerar esses problemas e também a gravidade e probabilidade de ocorrência, o que vai ajudar a identificar maneiras de conter ou prevenir-se contra eles.
Análise da Árvore de Decisão
A Árvore de Decisão é uma ferramenta usada para análises de status. Nessa etapa, tenha em mente os seguintes fatores:
- Fraqueza de ponto único, que é um problema de causa única, e não de múltiplas fontes;
- Medida de controle existente, que é a avaliação de soluções já aplicadas (ou aplicáveis) para as fraquezas identificadas anteriormente;
- Detectabilidade, que é uma forma de identificar os meios pelos quais as fraquezas em questão podem ser diagnosticadas rapidamente.
Seleção dos planos de ação
Agora, você deve montar um planejamento que considere todos os planos de ação para eventuais fraquezas. Em geral, essa etapa se resume em possibilidades dentro das seguintes circunstâncias:
- Eliminação, que é um ajuste para situações que não podem, em hipótese alguma, ocorrer;
- Controle, que vai servir de orientação para evitar que uma falha identificada nas etapas anteriores chegue a ocorrer;
- Aceitação, que é um índice focado em falhas que “podem” ocorrer porque a gravidade delas não chega a ser um verdadeiro perigo para a segurança do paciente (mas que também não minimiza a importância de reduzir essa ocorrência).
Indicadores de resultado
Por fim, você vai analisar as métricas e observar o que rendeu o resultado esperado e o que deve ser ajustado na sua estratégia de HFMEA.
Com base nisso, um ciclo se completa, mas você pode iniciar outros, periodicamente, para estar sempre em contato com melhorias nos seus serviços. E uma das principais formas para estar em contínuo controle e monitoramento do HFMEA, é por meio de boas soluções tecnológicas. Caso ainda não esteja por dentro do assunto, aproveite para conferir, aqui, quais são os principais recursos de um software para clínicas médicas!
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Perguntas frequentes:
O que é HFMEA?
HFMEA (sigla para Análise do Modo de Falha e Efeitos na Assistência Médica) é uma ferramenta que serve como base para a avaliação e identificação de eventuais falhas em um processo, função ou serviço em sua clínica médica.
Qual sua importância para a clínica médica?
A ideia geral consiste em agregar medidas de prevenção e controle de riscos, e também para solucioná-los em processos já existentes. O que melhora a segurança do paciente e garante um ambiente de trabalho mais ágil e eficiente.
Como aplicar?
Existem etapas que devem ser cumpridas para garantir a eficácia de implementação do HFMEA: Definição do projeto; Potenciais causas; Análise da Árvore de Decisão; Seleção dos planos de ação; e Indicadores de resultado.
