Contabilidade para médicos: como manter suas contas em dia e no verde?

Abraçar uma carreira médica com êxito vai além de prestar um bom atendimento aos pacientes. É necessário ter noções básicas de contabilidade para manter as suas contas  no verde. 

Para isso, é preciso entender como funciona a contabilidade para médicos, que trata de questões como impostos de renda, carga tributária de serviços e outras obrigações fiscais.

Neste conteúdo, falaremos sobre todos os assuntos essenciais que você, médico, precisa saber para cuidar da contabilidade do seu consultório. Vamos lá?

Contabilidade para médicos: finanças e tributos

Nos próximos tópicos, falaremos o que são as obrigações fiscais, quais são os impostos médicos a serem pagos, e como funciona a carga tributária de uma clínica médica. Confira! 

Regime de tributação para clínicas e consultórios 

A tributação da clínica médica é um dos assuntos que você, que está aqui em busca de um conhecimento básico sobre contabilidade para médicos, deve aprender. O regime tributário é a cobrança governamental sobre os impostos que a sua empresa sofre. O valor a ser pago varia de acordo com o tipo, faturamento e tamanho da clínica. 

Ela é a famosa escolha dentre os tipos de tributação de Pessoa Jurídica (PJ), e por isso deve ser a primeira coisa que o gestor deve fazer. 

Existem diversos regimes PJ, sendo eles:

• Microempreendedor Individual (MEI);




• Simples Nacional; 




• Lucro Real; 




• Lucro Presumido.

A diferença entre eles está na forma como os impostos são calculados, a maneira como eles são recolhidos e as obrigações fiscais de cada um. Por exemplo, o Lucro Real tem seu imposto calculado sobre o lucro do período fiscal. Já o Lucro Presumido possui a cobrança sobre a relação do último período. 

De qualquer forma, independente do regime adotado, é importante que você emita todas as notas fiscais corretamente, para assim pagar as cargas tributárias corretamente e ficar em dia com a Receita Federal. 

Imposto de renda para médicos 

O imposto de renda é uma contribuição que deve ser feita ao longo do ano-calendário, e tem sua cobrança feita anualmente. Enquanto o regime tributário está ligado apenas a um tipo de regime, o imposto de renda pode ser aplicado tanto para Pessoa Jurídica quanto para Pessoa Física. 

No caso da PJ, é o próprio gestor que deve fazer o pagamento. A alíquota cobrada é de 15% sobre o lucro real e presumido + 10% sobre a parcela que exceder R$20 mil. Para isso acontecer, é preciso ter documentação de: 

• Plantões médicos;




• CPF de todos os pacientes;




• Encargos com funcionários;




• Despesas fixas;




• Materiais de consumo da Clínica/Consultório;




• CRM e sindicatos;




• Marketing;




• Bens e patrimônio.

Já para PF, apenas aqueles que recebem acima de R$ 28.559,70 anualmente devem fazer a declaração. A alíquota irá variar de acordo com o valor ganho no ano, podendo variar entre 6% à 27,5%. É válido ressaltar que os médicos residentes não precisam fazer a declaração da bolsa, mesmo se essa passar do valor máximo de isenção. 

Redução de impostos

A redução de impostos é uma estratégia para diminuir os valores que o gestor médico paga sobre a carga tributária do consultório. Neste caso, a principal atenção vai sobre o enquadramento do serviço oferecido. 

Isso porque, a tributação de hospitais é de 20%, enquanto que a de clínica médica chega a 32%. Mas, saiba que há uma forma legal de fazer essa redução de impostos sobre alguns serviços hospitalares, mesmo que realizados em clínicas. São eles: 

• Serviços de emergência médica; 




• Áreas de urgência e UTI´s; 




• Programas de acompanhamento continuado da população; 




• Diagnóstico e terapia; 




• Internação; 




• Acompanhamento pré-hospitalar.

Além disso, outro ponto de atenção da contabilidade para médicos é a escolha do regime tributário, novamente. 

Não adianta escolher qual tipo aplicar sobre seu negócio se baseando apenas no faturamento anual. Isso porque, o imposto médico é cobrado com diferentes taxas dentre as opções. Portanto, é preciso analisar os custos como um todo, e não olhando apenas um fator. 

Calcule os custos operacionais do seu consultório

Os custos operacionais são mais um tópico sobre contabilidade para médicos essencial para levar sucesso ao consultório médico. Eles englobam gastos com materiais, estrutura, funcionários, encargos, etc. 

Para você que está aqui procurando formas de ter uma análise macro do que acontece na clínica, esse assunto é essencial!

Antes de tudo, a primeira dica é: considere as particularidades do seu negócio, e não se baseie apenas em tabelas de precificação prontas. Isso porque, quando se utiliza dessa tabulação geral, não se considera os gastos reais do consultório. 

Essa é a razão da necessidade de ter conhecimento sobre como calcular os custos médicos e de que forma eles afetam a contabilidade da clínica médica. Portanto, conheça cada um deles, abaixo. 

Custos fixos e variáveis

Toda contabilidade precisa ter os custos fixos e variáveis bem alinhados, já que eles impactam diretamente o fluxo de caixa. 

Como o próprio nome diz, os fixos são aqueles pagamentos que se repetem todos os meses e independem da quantidade de atendimentos realizados. Já os variáveis mudam de acordo com a movimentação do negócio. 

Confira na tabela abaixo exemplos de custos que a gestão financeira de clínica médica possui normalmente. 

Hora de calcular

O cálculo dos gastos mensais é essencial tanto para precificar seu serviço adequadamente quanto para analisar onde deve ser economizado para aumentar o lucro. 

Para isso, é importante saber a soma de todos os custos e as horas semanais de trabalho. Por exemplo, digamos que sua clínica é de atendimento geral e possui apenas você como médico. Se o seu gasto mensal for em média de 11 mil reais, e seu período de trabalho é de 44h por semana (176 horas por mês), então o seu valor/hora é:

custo mensal em média ÷ horas mensais = 

11.000 ÷ 176 = R$62,50 

Tendo esse resultado, é possível também calcular a média do pró labore, assim como o preço de cada serviço (que seja considerado também o custo de materiais, medicamentos, etc). 

Após estabelecer os cálculos corretamente, é possível analisar se existe algum gargalo nas suas contas. Por exemplo, se você faz apenas consultas e está com o aluguel muito caro, é válido optar por uma solução como a telemedicina, que retira o custo pago pelo espaço. 

Porém, lembre-se que há certos custos que são investimentos. Ou seja, irão proporcionar mais rentabilidade no futuro. Nesses casos, é importante não cortá-los, mas sim saber a hora certa para investir. É dessa forma que você conseguirá ter mais previsibilidade financeira e manter as contas em dia!

Dicas para manter suas contas em dia 

O último passo para que você conquiste enfim o seu desejo de ter êxito com a nova clínica enquanto gestor do negócio é saber como organizar as finanças. Para isso, separamos dicas práticas que a contabilidade para médicos exige. Veja abaixo! 

Separe as contas pessoais e contas do consultório

Essa é uma dica clássica para qualquer empreendedor que não quer ter problemas burocráticos e financeiros. 

O primeiro passo é ter uma conta bancária PJ, para que assim você possa apenas transferir o seu pró labore para a PF e deixar seus gastos pessoais naquela conta. Ou seja, nada de colocar a gasolina do carro com o dinheiro da empresa, assim como não se pode pagar novos medicamentos tirando do limite da sua conta pessoal. 

Ter uma planilha pode lhe auxiliar nessa etapa, mas contar com um software de gestão financeira para sua clínica evita quaisquer complicações e erros manuais. 

Acompanhe o fluxo de caixa 

O fluxo de caixa é tudo o que entra e sai de dinheiro do seu consultório diariamente. É importante acompanhá-lo para que se tenha uma noção real das despesas e lucros, além de identificar falhas com mais agilidade. 

A Feegow tem um conteúdo especial que explica bem todos os detalhes sobre o fluxo de caixa para clínicas médicas. Confira! 

Faça um bom planejamento do orçamento

O planejamento financeiro é essencial para se ter uma boa gestão da clínica médica. Para realizar essa etapa, faça: 

• Diagnóstico do negócio;




• Metas e objetivos;




• Especificação de todas as necessidades da clínica;




• Lista dos custos fixos e variáveis;




• Projeções em diferentes cenários durante o período (análise SWOT);




• Acompanhamento dos resultados. 

É dessa forma que haverá mais previsibilidade financeira no seu negócio, evitando endividamentos ou pouco lucro anual. 

Tenha ferramentas eficientes de controle financeiro

Como você pode ver, são muitos detalhes e números que o médico gestor deve registrar para ter a contabilidade do consultório médico bem estruturada. Uma forma de facilitar essa organização financeira é optar pela implementação de softwares especializados - como o Feegow Clinic!

Ele é um sistema que contempla desde a parte financeira e de faturamento, até outros quesitos como agendamento, atendimento, telemedicina, etc. Ou seja, é a solução que lhe ajuda a obter controle completo sobre seu consultório. Quer conhecer mais sobre as 280 funcionalidades do nosso software médico e acabar de vez com sua dor de cabeça sobre as finanças? Então faça um teste grátis e conheça o Feegow Clinic!

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Perguntas frequentes:

Qual o melhor regime de tributação para médicos?

Em geral, o melhor regime tributário para médicos é o Simples Nacional, pois conta com taxas menores, de acordo com o caso. Porém, é válido levar em consideração todas as outras opções (Lucro Real, Lucro Presumido e MEI) para fazer sua escolha.

É possível reduzir impostos na clínica médica?

Sim! Há algumas formas de reduzir os impostos médicos de modo legal. Por exemplo, existem serviços hospitalares com taxas menores que as clínicas podem adotar, e assim diminuir seus custos.

Como escolher uma ferramenta de controle financeiro para o consultório?

A melhor ferramenta de controle financeiro médico é aquela que está passiva de integração com os outros setores e seus sistemas. O ideal é ter uma solução que contemple todas as vertentes de uma clínica médica, como acontece com o Feegow Clinic!