06 Junho 2023

Você sabe o que são os Sistemas de Informação em Saúde?

Engana-se quem pensa que os Sistemas de Informação em Saúde são apenas um mecanismo dos órgãos públicos para coletar dados. Eles vão muito além e podem, inclusive, beneficiar consultórios médicos. 


Neste conteúdo, contaremos mais sobre o sistema SiS, de que forma ele contribui para a atenção primária, e qual a importância para clínicas particulares. Continue a leitura e descubra! 


O que são Sistemas de Informação em Saúde?


Os Sistemas de Informação em Saúde (SiS) são uma estrutura criada para realizar coletas de dados sobre diferentes áreas clínicas e hospitalares. O objetivo é ter controle sobre casos e oferecer recursos melhores para os atendimentos. 


Dessa forma, colabora para a assertividade na tomada de decisão das organizações de saúde sobre a formulação de políticas, planos e programas de saúde públicas e privadas. 


O compartilhamento de informações do sistema SiS também oferece insumos para estudos que facilitem o avanço da tecnologia, com o intuito de oferecer melhores tratamentos ao mercado. 


A interoperabilidade de Sistemas de Informação em Saúde incentiva a transformação digital dos centros de saúde, já que é preciso armazenar os dados clínicos de modo seguro, rápido e acessível


O trabalho de desenvolvimento do SiS é principalmente idealizado pelo Ministério da Saúde, por meio da estratégia do e-Saúde, que busca qualificar os processos de atenção primária. 


Pensando nisso, foi criado o Registro Eletrônico de Saúde (RES) e o DataSUS para agregar informações aos Sistemas de Informação em Saúde e organizar os dados estratégicos. 


Qual a importância dos Sistemas de Informação em Saúde?


As clínicas e consultórios médicos têm a obrigação de implementar os sistemas SiS em seus processos internos, uma vez que as informações coletadas e compartilhadas auxiliam no entendimento das condições dos pacientes. 


Um bom exemplo da importância de utilizar o SiS foi durante a pandemia da Covid-19. Por meio do sistema, os profissionais relataram quantidade de casos, novos sintomas, recomendações de tratamentos etc. 


Além disso, também foi possível informar superlotação e checar liberação de macas para encaminhar pacientes a outros centros de saúde. Todas essas funções continuam valendo, não apenas para casos de coronavírus, como também para diversas outras condições de saúde. 


Com isso, percebe-se que esse sistema vai além da centralização de dados clínicos. É uma forma de melhorar a gestão das clínicas, aprimorar programas governamentais e oferecer mais eficiência no atendimento aos pacientes. 


Quais são os principais sistemas SiS que existem no Brasil? 


No Brasil, existem inúmeros Sistemas de Informação em Saúde. Eles são desenvolvidos por instituições e órgãos públicos, de âmbito nacional, regional ou local. Há diversos tipos de SiS, dedicados desde registro de pacientes até gerenciamento de informações. 


A premissa deve ser a eficiência na coleta, facilidade da gestão e transmissão de dados clínicos, integração entre sistemas e contribuição para melhoria dos atendimentos à população. 


Confira abaixo os 3 principais modelos utilizados no país atualmente. 


1. SIM


O Sistema de Informações Sobre Mortalidade (SIM) é um dos SiS mais antigos. Ele foi criado em 1975 para coletar dados quantitativos e qualitativos sobre a mortalidade brasileira. Com o passar das décadas, ele foi aprimorado, e hoje demonstra:


  • Mais de 15 tipos de taxas para mortalidades específicas e infantis;

  • Indicadores de análises epidemiológicas;

  • Comparação de perfil epidemiológico em esfera nacional e global;

  • Entre outros. 


2. SINASC


O Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) controla os dados sobre a natalidade brasileira para todos os níveis do Sistema de Saúde. Em seu recurso de compartilhamento, é possível encontrar: 


  • Declaração do nascido vivo;

  • Informações sobre diferentes municípios de residência do indivíduo;

  • Controle e transmissão de dados das declarações a nível federal, estadual, regional e municipal;

  • Entre outras funcionalidades.


3. SINAN


O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) visa a coleta de dados de doenças e agravos compostos na lista de notificação compulsória. O registro das enfermidades são obrigatórias dependendo da secretaria do estado ou do município. Por isso, é essencial que você confira quais essenciais para sua região. 


Um dos requisitos do sistema é fazer o registro de notificação de duas formas:


  • Individual/Investigação: dedicado aos agravos compulsórios e agravos de interesse nacional, padronizados pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde;

  • Individual/Conclusão: para os agravos de interesse estadual e municipal que apresentam a Ficha de Notificação e o módulo de conclusão.


Quais os benefícios de utilizar os dados na gestão clínica? 


Como você pode perceber, desde o Sistema de Informação em Saúde para atenção básica, até o SiS dedicado a estratégias complexas, são essenciais para a gestão de saúde no país. Mas saiba que eles também são benéficos para as clínicas e consultórios. 


Isso porque, com o acesso às informações, o médico gestor pode melhorar a qualidade dos serviços, tomando decisões mais assertivas sobre seu atendimento. 


Por exemplo, ele pode encaminhar pacientes a outras unidades com mais agilidade, realizar exames indicados pelo SiS, ou até mesmo ter um diagnóstico mais preciso. 


Outro benefício é identificar problemas de forma antecipada. Ao acessar o sistema SiS, o profissional confere possíveis aumento de casos e já trabalha para a prevenção e tratamento de crises de saúde. 


Tudo isso possibilita o acompanhamento de metas e objetivos dos programas de saúde. Ao avaliar se existe liberação de leitos ou diminuição de casos, o médico concretiza que seus feitos estão cooperando para um melhor controle de casos. 


Por outro lado, fica claro que fazer a atualização de cada sistema de forma manual não é a melhor opção, pois toma muito tempo dos profissionais de saúde. Por isso, uma boa saída é implementar a automatização. A Feegow preparou um ebook sobre Automatizar Clínicas para que você consiga otimizar sua rotina, seguir a legislação e ainda melhorar a gestão do seu negócio. Se você deseja ter todos esses benefícios no seu dia a dia, baixe o material gratuitamente e comece a aplicar nossas dicas!


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Perguntas frequentes:

Como deve ser um bom sistema de informação em saúde?

Os SiS precisam ser estruturas sólidas, porém simples, acessíveis e com alta potência de armazenamento de dados. Eles devem ter um processamento, organização e gestão eficiente, para facilitar a tomada de decisão dos profissionais de saúde.

Quais informações eu posso encontrar ao acessar um SiS?

Os dados disponíveis nos Sistemas de Informação de Saúde podem variar. Mas, em geral, é possível encontrar o histórico de pacientes, resultado de exames, alertas do Ministério da Saúde, interações medicamentosas e dados epidemiológicos.

É possível fazer a integração dos sistemas?

Sim. Os Sistemas de Informação de Saúde podem ser integrados a diferentes programas, possibilitando assim a fácil visualização e compartilhamento de dados. A integração pode ocorrer por meio do formato ponto a ponto ou via plataforma de interoperabilidade.