Você sabia que é possível fazer a solicitação de exames de forma digital e validar essa requisição utilizando um software médico?
Devido à necessidade de facilitar assinaturas digitais, principalmente na época da pandemia da COVID-19, a iniciativa pública criou uma plataforma de validação online. Ela garante a autenticidade dos dados fornecidos pelos profissionais de saúde, assim como a privacidade das informações sensíveis compartilhadas pelos pacientes.
Quando as atividades retornaram para o presencial, muitos enxergaram a possibilidade de continuar oferecendo os recursos digitais. Assim, clínicas, consultórios e profissionais passaram a aproveitar essa facilidade e integrar o processo para tornar a solicitação de exames mais ágil e simples aos clientes.
Quer saber como utilizar esse recurso? Siga a leitura e tire suas dúvidas!
Diversas informações são necessárias para emitir uma solicitação de exames ou procedimentos. Elas incluem:
O nome completo é obrigatório. Contudo, também podem constar outras informações, como número de identificação, contato e data de nascimento, além dos dados do plano de saúde.
A indicação clínica é indispensável para orientar a realização de certos exames. Isso porque, ela esclarece ao profissional responsável pelo procedimento o que se pretende descobrir ao examinar o paciente.
Aqui, alguns dados adicionais também podem ser incluídos, como sintomas relevantes, medicamentos utilizados e histórico médico. Isso sempre prezando pela privacidade e confidencialidade das informações, bem como pelo devido consentimento do paciente.
Inclui o nome do exame, código baseado nas tabelas aplicáveis, eventual preparação e, se aplicável, áreas específicas de investigação.
Precisa incluir o nome completo do profissional, seu número de registro no conselho profissional, especialidade, dados de contato, carimbo e assinatura ou assinatura digital no caso dos documentos digitais.
Por fim, também é necessário constar a data da emissão do pedido.
Para começar, é importante ter clareza sobre as diferentes formas para realizar uma solicitação de exames.
De maneira geral, você pode solicitar de forma manual ou digitalmente. Além disso, o procedimento pode seguir algumas especificidades, de acordo com a operadora médica em questão.
Conheça as principais práticas:
A primeira forma é bastante simples. É só preencher pedidos de exames no prontuário digital do paciente, imprimir e assinar. Este tipo de solicitação não possui um padrão específico.
Neste documento, constam as orientações ao paciente, que deverá entregá-lo no local do exame.
O próprio profissional pode elaborar um modelo e fazer upload no sistema médico para utilizá-lo em outras solicitações. Há também modelos prontos que podem ser salvos da mesma forma.
No entanto, em alguns casos, o convênio precisa aprovar o exame. Sendo assim, o profissional deve incluir uma justificativa. Se for o caso, ele pode adicionar o Código Internacional de Doenças (CID) no pedido.
A segunda forma de solicitação de exames é pelo padrão TISS, ou Troca de Informações na Saúde Suplementar. Esse modelo foi criado para padronizar as trocas de dados dos beneficiários de planos de saúde.
Seguindo esse padrão, é necessário preencher a guia de exames de Serviço Auxiliar de Diagnóstico e Terapia (SADT). Em softwares médicos, esta opção também é disponibilizada como formulário.
Basta preenchê-la e enviar eletronicamente para a aprovação do convênio. As informações obrigatórias no preenchimento do pedido incluem:
Normalmente, a solicitação de exames com justificativa é requerida para procedimentos de maior complexidade.
Nessas situações, o paciente normalmente tem que entrar com um pedido junto ao convênio médico justificando os motivos para a realização do exame.
Para isso, o profissional de saúde precisa incluir a justificativa para o procedimento no documento de solicitação.
Imagine, por exemplo, que um paciente precisa realizar uma cirurgia para corrigir catarata e a operadora exige uma justificativa para autorizar o procedimento.
Nesse caso, o médico pode justificar que a técnica é importante para restaurar a visão do paciente e evitar complicações mais graves de saúde futuramente.
O procedimento da solicitação de exames digitais é praticamente o mesmo do pedido manual. Contudo, como o próprio nome sugere, ela ocorre no meio virtual.
Ou seja, as informações são preenchidas e o documento é assinado eletronicamente, sendo que tudo pode ser facilmente compartilhado online.
De maneira geral, os estabelecimentos de saúde que aderem a esse modelo utilizam softwares de gestão com funcionalidades específicas para essa finalidade.
Esse tipo de tecnologia integra os dados dos pacientes e conta com modelos padronizados. Seu uso simplifica o preenchimento e compartilhamento das informações com as pessoas atendidas e com os convênios.
Trata-se de uma excelente alternativa para otimizar o fluxo de trabalho e ainda valorizar a experiência dos pacientes, já que seu atendimento se torna mais cômodo com a possibilidade de acessar os dados a qualquer momento e lugar.
De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), os exames que podem ser laudados a distância são os seguintes:
Estes serviços devem contar com uma infraestrutura tecnológica apropriada e obedecer às normas técnicas e éticas do CFM.
Isso porque a transmissão dos dados precisa observar a confidencialidade, privacidade e garantia do sigilo profissional.
A solicitação de exames deve ser acompanhada pelos dados clínicos do paciente, fornecidos pelo médico para que o relatório seja elaborado.
Além disso, o paciente precisa autorizar a transmissão de suas imagens por meio de um consentimento informado, livre e esclarecido.
A responsabilidade pela transmissão de exames a distância é assumida por um médico especialista em radiologia e diagnóstico por imagem.
Quanto à solicitação de exames via Telerradiologia, é necessário observar as determinações da resolução do CFM nº 2.107/2014, que regulamenta a área. De acordo com o seu artigo 3º:
“A transmissão dos exames por telerradiologia deverá ser acompanhada dos dados clínicos necessários do paciente, colhidos pelo médico solicitante, para a elaboração do relatório.”
Portanto, no caso dos exames radiológicos compartilhados via telemedicina, é obrigatório o envio de informações clínicas, como pedido médico e questionário pré-exame, digitalizadas junto das imagens dos procedimentos.
Inclusive, caso o pedido médico que justifique a realização do exame não seja apresentado pelo serviço de radiologia, o radiologista pode se negar a laudar, sendo respaldado pelo supracitado artigo da resolução do CFM.
Cabe ressaltar que o médico radiologista do serviço de imagem tem a opção de emitir um pedido. Entretanto, isso o fará ser responsável pela orientação do tratamento do paciente.
Em geral, o pedido médico da solicitação de exames, seja físico ou digital, precisa contar com as seguintes informações:
Essas questões são corriqueiras nas rotinas de atendimento à saúde, e é importante as alinhar junto aos pacientes.
Afinal, é normal que as pessoas atendidas não saibam os motivos de terem seus exames de imagem sem pedido médico recusados, mesmo quando são particulares.
Uma parceria entre o Governo Federal, o Instituto Nacional de Tecnologia de Informação, o Conselho Federal de Medicina e o Conselho Federal de Farmácia disponibilizou um site para validar documentos digitais.
Por meio da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), tanto médicos quanto farmacêuticos podem validar receitas digitais, atestados, relatórios e solicitação de exames.
Esta é a única ferramenta que permite ao titular assinar digitalmente qualquer tipo de arquivo e realizar transações eletrônicas com segurança, pois a ICP-Brasil possui valor jurídico garantido pela MP 2.200-2/01.
O reconhecimento da assinatura digital tem o mesmo valor que a manuscrita, com a vantagem de não necessitar a presença física da pessoa.
Para efetuar a validação, você precisa acessar o site e fazer o upload do arquivo em PDF. O site informa se o número de registro do CRM está ativo e se a receita é verdadeira.
Como você viu, as tecnologias da informação voltadas para a área da saúde evoluem rapidamente. Junto delas, cresce a preocupação em manter a segurança e a integridade das informações.
Por esse motivo, surgem iniciativas com base na legislação para que os procedimentos, como os de validação digital, sejam equivalentes à assinatura manuscrita. Dessa maneira, é possível automatizar as rotinas da clínica com segurança.
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Por meio de um formulário simples produzido pelo próprio profissional ou preenchendo a guia de exames SADT,de acordo com o padrão TISS.
Alguns dos exames que podem ser laudados online são: radiologia geral e especializada; tomografia geral e especializada; ressonância magnética; mamografia; densitometria óssea e medicina nuclear.
Por meio da plataforma da ICP-Brasil, que garante a autenticidade do documento e a responsabilidade do profissional sobre o seu conteúdo.