A saúde no Brasil em dados: confira estatísticas e tendências para clínicas e hospitais
A saúde no Brasil passa por constantes transformações, impulsionadas por avanços tecnológicos, mudanças no comportamento dos pacientes e desafios enfrentados por clínicas e hospitais.
Para compreender melhor esse cenário, é necessário contar com dados que ofereçam um panorama real sobre as necessidades do setor e auxiliam na tomada de decisões estratégicas.
A pesquisa "Panorama das Clínicas e Hospitais", conduzida pela Doctoralia e pela Feegow, reúne informações relevantes sobre a gestão da saúde, a digitalização dos serviços e as expectativas dos profissionais e pacientes.
Neste artigo, serão apresentadas percepções extraídas da pesquisa, realizada em 2024, destacando estatísticas na saúde que refletem o atual momento do setor e suas perspectivas para os próximos anos.
Saúde no Brasil: entenda mais sobre a pesquisa “Panorama das Clínicas e Hospitais"
O "Panorama das Clínicas e Hospitais" tem como objetivo oferecer um retrato fiel da realidade do setor da saúde, analisando os principais desafios enfrentados por gestores de clínicas e hospitais, além das novas demandas trazidas pelo paciente digital.
O estudo realizado pela Doctoralia, em parceria com a Feegow, reúne dados estratégicos que auxiliam profissionais e instituições a aprimorar seus serviços e acompanhar as inovações do mercado.
Com a digitalização da saúde e a crescente adoção de tecnologias para otimizar a experiência do paciente, plataformas como o Feegow Clinic e a Doctoralia desempenham um papel fundamental nesse processo.
A pesquisa foi desenvolvida com base na análise de informações coletadas junto a gestores e profissionais da saúde de diversas especialidades. Os questionários estruturados em 28 perguntas permitiram traçar um panorama detalhado do setor, abrangendo:
- 1048 entrevistados entre profissionais de clínicas e hospitais de diferentes portes e especialidades;
- Pesquisa 100% brasileira com respondentes de 26 estados.
Confira estatísticas importantes sobre as clínicas e hospitais brasileiros
A pesquisa "Panorama das Clínicas e Hospitais" traz um panorama detalhado sobre o funcionamento das instituições de saúde no Brasil. Os dados evidenciam os principais desafios da gestão, a estrutura das clínicas e hospitais e o impacto da digitalização no setor.
A seguir, estão os principais insights do estudo, agrupados em categorias estratégicas para uma visão mais clara do cenário atual.
Principais dores e desafios
Gestores de clínicas e hospitais lidam diariamente com desafios que impactam a qualidade do atendimento e a sustentabilidade financeira das instituições. Entre as principais dificuldades mencionadas na pesquisa, destacam-se:
- Atrair mais pacientes: 33%;
- Ampliar a base de pacientes particulares: 33%;
- Aumentar o faturamento geral da instituição: 29%;
- Expandir a visibilidade da marca na internet: 19%;
- Reduzir a taxa de faltas e não comparecimento (no-show): 16%;
- Fidelizar pacientes e estimular o agendamento de retornos: 13%;
A digitalização tem sido uma resposta a esses desafios, permitindo maior controle sobre a agenda, gestão financeira eficiente e aprimoramento da comunicação com os pacientes.
Tamanho do corpo clínico
O levantamento revela uma ampla variação no número de profissionais que compõem o corpo clínico das instituições analisadas.
Em 83% dos estabelecimentos, há mais de um profissional em atuação, demonstrando uma predominância de atendimentos realizados por equipes multiprofissionais. Os dados ainda indicam que:
- 28% das instituições possuem entre 2 e 4 especialistas;
- 26% contam com 5 a 10 profissionais;
- 11% são estabelecimentos de grande porte, com mais de 50 profissionais atuando em uma ou mais unidades.
A expressiva participação de instituições maiores evidencia a presença de redes e centros de saúde estruturados, que demandam soluções de gestão eficientes para coordenar equipes amplas e diversificadas.
Distribuição geográfica
A maior parte das clínicas e hospitais está concentrada nas capitais e grandes centros urbanos, contabilizado 62%.
Entre os estados, São Paulo se destaca, reunindo 36% das clínicas e hospitais analisados. O estado também lidera em número de médicos ativos, com 166 mil registros, o equivalente a 29% dos profissionais do país.
Esses dados superam, sozinhos, as regiões Centro-Oeste, Sul, Norte e Nordeste em número de estabelecimentos.
A desigualdade na distribuição das instituições reforça a importância de estratégias como a telemedicina, que vem ampliando o acesso a atendimentos em regiões menos assistidas, reduzindo barreiras geográficas e promovendo maior equilíbrio na oferta de serviços de saúde.
Especialidades oferecidas pelas clínicas e hospitais
A diversidade de especialidades médicas reflete a demanda crescente por atendimentos mais segmentados e personalizados. Segundo o estudo, as áreas mais comuns entre os estabelecimentos pesquisados incluem:
- Ginecologia;
- Cardiologia;
- Clínica médica;
- Dermatologia;
- Endocrinologia.
A oferta de especialidades acompanha a evolução do perfil do paciente e suas necessidades, exigindo que gestores adaptem suas estratégias para garantir atendimento qualificado e acessível.
Adoção de planos de saúde
Outra estatística destacada pelo Panorama de Clínicas e Hospitais 2025 é em relação à adoção de planos de saúde.
Com maior oferta de serviços e competitividade nos grandes centros, os planos de saúde são aceitos em 66% das clínicas e hospitais analisados, enquanto 34% atendem exclusivamente pacientes particulares.
Apesar da predominância dos convênios médicos, o atendimento particular ainda representa uma fonte relevante de receita, principalmente em regiões onde a cobertura dos planos é mais limitada.
Para ampliar o acesso, muitas instituições têm investido na diversificação dos meios de pagamento, como incluir a opção online, tornando os serviços mais acessíveis para diferentes perfis de pacientes.
Ferramentas de gestão mais utilizadas
A digitalização tem se consolidado como um fator importante para a eficiência das clínicas e hospitais, impulsionando a adoção de tecnologias que otimizam a gestão e aprimoram a experiência dos pacientes. As soluções mais utilizadas incluem:
- Agendamento e confirmação de consulta online: 64%;
- Telemedicina: 68%;
- Ferramentas para administrar consultas: 59%.
A modernização dos processos administrativos e assistenciais melhora a eficiência operacional e contribui para a qualidade do atendimento. Soluções como o Feegow Clinic garantem maior segurança no armazenamento de dados e aprimoram a organização das instituições.
Taxa de não-comparecimento
A alta taxa de não-comparecimento às consultas representa um dos principais desafios para clínicas e hospitais, impactando a organização da agenda e a sustentabilidade financeira das instituições.
De acordo com a pesquisa, essa taxa pode chegar a 32% em algumas unidades, gerando ociosidade na equipe, desperdício de recursos e redução no faturamento. Para minimizar esse problema, os gestores têm adotado estratégias como:
- 78% dos respondentes informaram que utilizam WhatsApp para confirmação automática de consultas;
- 61% das clínicas e hospitais aplicam pesquisas de satisfação para personalizar seu atendimento
- 28% dos profissionais mapeiam a jornada do paciente.
Marketing e saúde no Brasil: um panorama dos investimentos em comunicação e divulgação
A comunicação estratégica tem se tornado um fator de destaque para o crescimento e a consolidação das instituições de saúde no Brasil.
O fortalecimento da presença digital e o investimento em marketing são medidas adotadas por clínicas e hospitais para atrair novos pacientes e aprimorar a experiência dos atendimentos.
A pesquisa "Panorama das Clínicas e Hospitais" revelou dados importantes sobre o nível de maturidade das estratégias de marketing, os investimentos realizados e os principais canais utilizados pelas instituições de saúde no Brasil.
Nível de investimento e maturidade das estratégias
A maioria das clínicas e hospitais já investe em marketing, mas a alocação de recursos ainda é limitada.
Embora 71% das instituições adotem estratégias de comunicação, muitas ainda estão em fase de consolidação. Além disso, 42% destinam menos de 5% do faturamento para essa área, o que evidencia desafios na priorização e no planejamento das ações.
A dificuldade não está apenas no investimento, mas também na estruturação de estratégias eficazes e na mensuração do retorno sobre investimento (ROI). Sem indicadores claros, torna-se mais difícil avaliar e otimizar as campanhas.
A análise de dados estatísticos sobre saúde no Brasil é fundamental para direcionar decisões e tornar o marketing mais eficiente na captação e fidelização de pacientes.
Investimentos em mídia paga
Com a crescente digitalização, as clínicas e hospitais têm buscado ampliar sua visibilidade por meio de mídia paga. Atualmente, 70% das instituições investem em anúncios pagos, sendo os principais canais utilizados:
- Meta Ads (Facebook e Instagram Ads): 63%
- Google Ads: 61%
Esses investimentos refletem a necessidade de atrair novos pacientes e fortalecer a presença digital. No entanto, sem um acompanhamento adequado, o retorno pode ser limitado.
Por isso, a análise contínua de métricas e dados estatísticos sobre saúde no Brasil é essencial para otimizar campanhas e direcionar melhor os recursos.
Os canais de comunicação mais utilizados pelas instituições de saúde brasileiras
Além da mídia paga, a comunicação direta com os pacientes também é importante para a captação e fidelização. As instituições utilizam diferentes canais para manter esse contato, com destaque para:
- Instagram: 80%
- WhatsApp: 54%
- Site próprio: 51%
- Google Perfil da Empresa: 51%
A presença nestas plataformas facilita o relacionamento com os pacientes e melhora a experiência de atendimento.
Enquanto o Instagram é utilizado para engajamento e divulgação de serviços, o WhatsApp tem se consolidado como um canal eficiente para agendamentos e confirmações de consultas.
Já o site próprio e o Google Perfil da Empresa reforçam a credibilidade da instituição e aumentam a acessibilidade das informações.
Principais KPIs de marketing médico
A eficácia das estratégias de marketing depende do acompanhamento de indicadores que permitam ajustes e otimizações. Os principais KPIs monitorados pelas instituições de saúde, segundo o panorama, incluem:
- Aquisição de novos pacientes (agendamentos): 55%;
- Aumento da receita: 38%;
- Visibilidade da marca: 36%;
- Retenção de pacientes (agendamentos de retornos ou novos serviços): 28%;
- Reconhecimento da marca: 24%;
- Aumento do ticket médio: 22%;
- Melhor posicionamento no Google: 14%.
A aquisição de pacientes e o crescimento da receita aparecem como as principais métricas acompanhadas pelos gestores.
No entanto, fatores como retenção e reconhecimento da marca também ganham relevância, reforçando a necessidade de estratégias integradas que considerem tanto a captação quanto a fidelização.
Volume de ligações
Mesmo com o avanço dos canais digitais, o telefone ainda é muito utilizado na comunicação com os pacientes. A pesquisa apontou que:
- 31% das clínicas e hospitais atendem até 25 ligações por dia;
- 26% recebem mais de 50 chamadas diárias.
Esse volume demonstra que, embora o atendimento digital esteja em expansão, muitos pacientes ainda preferem o contato telefônico para esclarecer dúvidas e agendar consultas.
Para otimizar esse fluxo, a automação do atendimento, com o uso de chatbots e assistentes virtuais, tem sido uma solução adotada por diversas instituições, reduzindo a sobrecarga da equipe e melhorando a eficiência operacional.
Panorama da telemedicina no Brasil
A modernização da gestão e o investimento em tecnologia também impulsionaram o crescimento da telemedicina, tornando as consultas remotas parte da rotina de muitas clínicas e hospitais.
O levantamento identificou um aumento significativo na adesão a esse modelo de atendimento, além dos desafios que ainda precisam ser superados.
Aumento na adesão à telemedicina
A telemedicina já faz parte da rotina de 69% das instituições de saúde, refletindo a aceitação desse formato tanto por profissionais quanto por pacientes. No entanto, a forma como as teleconsultas são incorporadas ainda varia entre as instituições:
- 40% afirmaram que apenas alguns especialistas utilizam a telemedicina;
- 28% garantiram que todos os profissionais da equipe adotam esse formato de atendimento.
O crescimento da telemedicina demonstra seu potencial para ampliar o acesso à saúde e otimizar a rotina das clínicas, mas a adesão total ainda esbarra em algumas limitações.
Principais objeções
Mesmo com a aceitação crescente, algumas barreiras dificultam a adoção da telemedicina por todas as especialidades. Os principais desafios apontados pelas instituições incluem:
- 37%: a especialidade exige 100% de atendimento presencial;
- 18%: falta de interesse dos pacientes;
- 14%: dificuldade de adaptação dos profissionais;
- 9%: outros motivos;
- 9%: falta de orçamento para investir em soluções profissionais;
- 7%: infraestrutura limitada e problemas de conexão com a internet;
- 6%: preocupações com segurança de dados e privacidade.
A superação dessas barreiras passa pelo investimento em soluções seguras e intuitivas, além da capacitação de equipes e do fortalecimento da regulamentação do setor.
Ferramentas mais utilizadas nas teleconsultas
A qualidade do atendimento remoto depende diretamente das ferramentas utilizadas pelas clínicas e hospitais. A pesquisa identificou que:
- 56% oferecem telemedicina por meio de plataformas de vídeo gratuitas;
- 30% utilizam sistemas médicos especializados, como Doctoralia e Feegow Clinic;
- 7% utilizam plataformas de planos de saúde.
Embora plataformas genéricas sejam amplamente utilizadas, as necessidades do setor exigem recursos específicos que garantam segurança e eficiência no atendimento, como:
- Proteção de dados em saúde, seguindo as diretrizes do CFM;
- Integração com prontuário eletrônico, agenda, chat privativo e histórico do paciente;
- Pagamentos online integrados ao sistema;
- Lembretes automáticos de consulta e check-in antecipado;
- Automação na geração de links exclusivos para cada teleconsulta;
- Agendamento online disponível 24 horas.
A escolha da tecnologia adequada impacta diretamente a experiência do paciente e a qualidade do serviço prestado, tornando essencial a adoção de soluções que atendam às necessidades específicas da saúde.
Principais tendências para 2025
A digitalização da saúde continuará avançando nos próximos anos, trazendo novas oportunidades para otimizar o atendimento e a gestão das instituições. As principais tendências apontadas para 2025 incluem:
- Humanização, com o paciente no centro das estratégias de atendimento;
- Inteligência artificial, incluindo soluções como ChatGPT, realidade virtual e análise preditiva;
- Maior conscientização da população sobre hábitos saudáveis e bem-estar;
- Automação de tarefas, permitindo maior eficiência operacional;
- Tecnologias avançadas, como IoT, wearables, realidade aumentada, robótica e novos dispositivos médicos;
- Interoperabilidade, promovendo maior integração entre sistemas e otimização do fluxo de informações.
Essas inovações destacam o papel da tecnologia na evolução da saúde no Brasil, tornando os atendimentos mais acessíveis, seguros e personalizados.
Para conferir todos os detalhes sobre o setor e aprofundar a análise dos dados, baixe agora o Panorama de Clínicas e Hospitais 2025. Como bônus, você terá acesso à pesquisa Perfil do Paciente Digital com ainda mais insights.