A saúde no Brasil em dados: confira estatísticas e tendências para clínicas e hospitais

Blog Feegow - Panorama saúde 2025

A saúde no Brasil passa por constantes transformações, impulsionadas por avanços tecnológicos, mudanças no comportamento dos pacientes e desafios enfrentados por clínicas e hospitais. 

Para compreender melhor esse cenário, é necessário contar com dados que ofereçam um panorama real sobre as necessidades do setor e auxiliam na tomada de decisões estratégicas.

A pesquisa "Panorama das Clínicas e Hospitais", conduzida pela Doctoralia e pela Feegow, reúne informações relevantes sobre a gestão da saúde, a digitalização dos serviços e as expectativas dos profissionais e pacientes. 

Neste artigo, serão apresentadas percepções extraídas da pesquisa, realizada em 2024, destacando estatísticas na saúde que refletem o atual momento do setor e suas perspectivas para os próximos anos.

Saúde no Brasil: entenda mais sobre a pesquisa “Panorama das Clínicas e Hospitais"

O "Panorama das Clínicas e Hospitais" tem como objetivo oferecer um retrato fiel da realidade do setor da saúde, analisando os principais desafios enfrentados por gestores de clínicas e hospitais, além das novas demandas trazidas pelo paciente digital.

O estudo realizado pela Doctoralia, em parceria com a Feegow, reúne dados estratégicos que auxiliam profissionais e instituições a aprimorar seus serviços e acompanhar as inovações do mercado.

Com a digitalização da saúde e a crescente adoção de tecnologias para otimizar a experiência do paciente, plataformas como o Feegow Clinic e a Doctoralia desempenham um papel fundamental nesse processo

A pesquisa foi desenvolvida com base na análise de informações coletadas junto a gestores e profissionais da saúde de diversas especialidades. Os questionários estruturados  em 28 perguntas permitiram traçar um panorama detalhado do setor, abrangendo:

  • 1048 entrevistados entre profissionais de clínicas e hospitais de diferentes portes e especialidades;
  • Pesquisa 100% brasileira com respondentes de 26 estados.

Confira estatísticas importantes sobre as clínicas e hospitais brasileiros

A pesquisa "Panorama das Clínicas e Hospitais" traz um panorama detalhado sobre o funcionamento das instituições de saúde no Brasil. Os dados evidenciam os principais desafios da gestão, a estrutura das clínicas e hospitais e o impacto da digitalização no setor.

A seguir, estão os principais insights do estudo, agrupados em categorias estratégicas para uma visão mais clara do cenário atual.

Principais dores e desafios


Gestores de clínicas e hospitais lidam diariamente com desafios que impactam a qualidade do atendimento e a sustentabilidade financeira das instituições. Entre as principais dificuldades mencionadas na pesquisa, destacam-se:

  • Atrair mais pacientes: 33%;
  • Ampliar a base de pacientes particulares: 33%;
  • Aumentar o faturamento geral da instituição: 29%;
  • Expandir a visibilidade da marca na internet: 19%;
  • Reduzir a taxa de faltas e não comparecimento (no-show): 16%;
  • Fidelizar pacientes e estimular o agendamento de retornos: 13%;

A digitalização tem sido uma resposta a esses desafios, permitindo maior controle sobre a agenda, gestão financeira eficiente e aprimoramento da comunicação com os pacientes.

Tamanho do corpo clínico


O levantamento revela uma ampla variação no número de profissionais que compõem o corpo clínico das instituições analisadas. 

Em 83% dos estabelecimentos, há mais de um profissional em atuação, demonstrando uma predominância de atendimentos realizados por equipes multiprofissionais. Os dados ainda indicam que:

  • 28% das instituições possuem entre 2 e 4 especialistas;
  • 26% contam com 5 a 10 profissionais;
  • 11% são estabelecimentos de grande porte, com mais de 50 profissionais atuando em uma ou mais unidades.

A expressiva participação de instituições maiores evidencia a presença de redes e centros de saúde estruturados, que demandam soluções de gestão eficientes para coordenar equipes amplas e diversificadas.

Distribuição geográfica

A maior parte das clínicas e hospitais está concentrada nas capitais e grandes centros urbanos, contabilizado 62%.

Entre os estados, São Paulo se destaca, reunindo 36% das clínicas e hospitais analisados. O estado também lidera em número de médicos ativos, com 166 mil registros, o equivalente a 29% dos profissionais do país.

Esses dados superam, sozinhos, as regiões Centro-Oeste, Sul, Norte e Nordeste em número de estabelecimentos.

A desigualdade na distribuição das instituições reforça a importância de estratégias como a telemedicina, que vem ampliando o acesso a atendimentos em regiões menos assistidas, reduzindo barreiras geográficas e promovendo maior equilíbrio na oferta de serviços de saúde.

Especialidades oferecidas pelas clínicas e hospitais

A diversidade de especialidades médicas reflete a demanda crescente por atendimentos mais segmentados e personalizados. Segundo o estudo, as áreas mais comuns entre os estabelecimentos pesquisados incluem:

  1. Ginecologia;
  2. Cardiologia;
  3. Clínica médica;
  4. Dermatologia;
  5. Endocrinologia.

A oferta de especialidades acompanha a evolução do perfil do paciente e suas necessidades, exigindo que gestores adaptem suas estratégias para garantir atendimento qualificado e acessível.

Adoção de planos de saúde

Outra estatística destacada pelo Panorama de Clínicas e Hospitais 2025 é em relação à adoção de planos de saúde.

Com maior oferta de serviços e competitividade nos grandes centros, os planos de saúde são aceitos em 66% das clínicas e hospitais analisados, enquanto 34% atendem exclusivamente pacientes particulares.

Apesar da predominância dos convênios médicos, o atendimento particular ainda representa uma fonte relevante de receita, principalmente em regiões onde a cobertura dos planos é mais limitada. 

Para ampliar o acesso, muitas instituições têm investido na diversificação dos meios de pagamento, como incluir a opção online, tornando os serviços mais acessíveis para diferentes perfis de pacientes.

Ferramentas de gestão mais utilizadas

A digitalização tem se consolidado como um fator importante para a eficiência das clínicas e hospitais, impulsionando a adoção de tecnologias que otimizam a gestão e aprimoram a experiência dos pacientes. As soluções mais utilizadas incluem:

  • Agendamento e confirmação de consulta online: 64%;
  • Telemedicina: 68%;
  • Ferramentas para administrar consultas: 59%.

A modernização dos processos administrativos e assistenciais melhora a eficiência operacional e contribui para a qualidade do atendimento. Soluções como o Feegow Clinic garantem maior segurança no armazenamento de dados e aprimoram a organização das instituições.

Taxa de não-comparecimento

A alta taxa de não-comparecimento às consultas representa um dos principais desafios para clínicas e hospitais, impactando a organização da agenda e a sustentabilidade financeira das instituições. 

De acordo com a pesquisa, essa taxa pode chegar a 32% em algumas unidades, gerando ociosidade na equipe, desperdício de recursos e redução no faturamento. Para minimizar esse problema, os gestores têm adotado estratégias como:

  • 78% dos respondentes informaram que utilizam WhatsApp para confirmação automática de consultas;
  • 61% das clínicas e hospitais aplicam pesquisas de satisfação para personalizar seu atendimento
  • 28% dos profissionais mapeiam a jornada do paciente.

Marketing e saúde no Brasil: um panorama dos investimentos em comunicação e divulgação

A comunicação estratégica tem se tornado um fator de destaque para o crescimento e a consolidação das instituições de saúde no Brasil. 

O fortalecimento da presença digital e o investimento em marketing são medidas adotadas por clínicas e hospitais para atrair novos pacientes e aprimorar a experiência dos atendimentos.

A pesquisa "Panorama das Clínicas e Hospitais" revelou dados importantes sobre o nível de maturidade das estratégias de marketing, os investimentos realizados e os principais canais utilizados pelas instituições de saúde no Brasil.

Nível de investimento e maturidade das estratégias

A maioria das clínicas e hospitais já investe em marketing, mas a alocação de recursos ainda é limitada. 

Embora 71% das instituições adotem estratégias de comunicação, muitas ainda estão em fase de consolidação. Além disso, 42% destinam menos de 5% do faturamento para essa área, o que evidencia desafios na priorização e no planejamento das ações.

A dificuldade não está apenas no investimento, mas também na estruturação de estratégias eficazes e na mensuração do retorno sobre investimento (ROI). Sem indicadores claros, torna-se mais difícil avaliar e otimizar as campanhas. 

A análise de dados estatísticos sobre saúde no Brasil é fundamental para direcionar decisões e tornar o marketing mais eficiente na captação e fidelização de pacientes.

Investimentos em mídia paga

Com a crescente digitalização, as clínicas e hospitais têm buscado ampliar sua visibilidade por meio de mídia paga. Atualmente, 70% das instituições investem em anúncios pagos, sendo os principais canais utilizados:

  • Meta Ads (Facebook e Instagram Ads): 63%
  • Google Ads: 61%

Esses investimentos refletem a necessidade de atrair novos pacientes e fortalecer a presença digital. No entanto, sem um acompanhamento adequado, o retorno pode ser limitado. 

Por isso, a análise contínua de métricas e dados estatísticos sobre saúde no Brasil é essencial para otimizar campanhas e direcionar melhor os recursos.

Os canais de comunicação mais utilizados pelas instituições de saúde brasileiras

Além da mídia paga, a comunicação direta com os pacientes também é importante para a captação e fidelização. As instituições utilizam diferentes canais para manter esse contato, com destaque para:

  • Instagram: 80%
  • WhatsApp: 54%
  • Site próprio: 51%
  • Google Perfil da Empresa: 51%

A presença nestas plataformas facilita o relacionamento com os pacientes e melhora a experiência de atendimento. 

Enquanto o Instagram é utilizado para engajamento e divulgação de serviços, o WhatsApp tem se consolidado como um canal eficiente para agendamentos e confirmações de consultas. 

Já o site próprio e o Google Perfil da Empresa reforçam a credibilidade da instituição e aumentam a acessibilidade das informações.

Principais KPIs de marketing médico

A eficácia das estratégias de marketing depende do acompanhamento de indicadores que permitam ajustes e otimizações. Os principais KPIs monitorados pelas instituições de saúde, segundo o panorama, incluem:

  • Aquisição de novos pacientes (agendamentos): 55%;
  • Aumento da receita: 38%;
  • Visibilidade da marca: 36%;
  • Retenção de pacientes (agendamentos de retornos ou novos serviços): 28%;
  • Reconhecimento da marca: 24%;
  • Aumento do ticket médio: 22%;
  • Melhor posicionamento no Google: 14%.

A aquisição de pacientes e o crescimento da receita aparecem como as principais métricas acompanhadas pelos gestores. 

No entanto, fatores como retenção e reconhecimento da marca também ganham relevância, reforçando a necessidade de estratégias integradas que considerem tanto a captação quanto a fidelização.

Volume de ligações

Mesmo com o avanço dos canais digitais, o telefone ainda é muito utilizado na comunicação com os pacientes. A pesquisa apontou que:

  • 31% das clínicas e hospitais atendem até 25 ligações por dia;
  • 26% recebem mais de 50 chamadas diárias.

Esse volume demonstra que, embora o atendimento digital esteja em expansão, muitos pacientes ainda preferem o contato telefônico para esclarecer dúvidas e agendar consultas. 

Para otimizar esse fluxo, a automação do atendimento, com o uso de chatbots e assistentes virtuais, tem sido uma solução adotada por diversas instituições, reduzindo a sobrecarga da equipe e melhorando a eficiência operacional.

Panorama da telemedicina no Brasil

A modernização da gestão e o investimento em tecnologia também impulsionaram o crescimento da telemedicina, tornando as consultas remotas parte da rotina de muitas clínicas e hospitais. 

O levantamento identificou um aumento significativo na adesão a esse modelo de atendimento, além dos desafios que ainda precisam ser superados.

Aumento na adesão à telemedicina

A telemedicina já faz parte da rotina de 69% das instituições de saúde, refletindo a aceitação desse formato tanto por profissionais quanto por pacientes. No entanto, a forma como as teleconsultas são incorporadas ainda varia entre as instituições:

  • 40% afirmaram que apenas alguns especialistas utilizam a telemedicina;
  • 28% garantiram que todos os profissionais da equipe adotam esse formato de atendimento.

O crescimento da telemedicina demonstra seu potencial para ampliar o acesso à saúde e otimizar a rotina das clínicas, mas a adesão total ainda esbarra em algumas limitações.

Principais objeções

Mesmo com a aceitação crescente, algumas barreiras dificultam a adoção da telemedicina por todas as especialidades. Os principais desafios apontados pelas instituições incluem:

  • 37%: a especialidade exige 100% de atendimento presencial;
  • 18%: falta de interesse dos pacientes;
  • 14%: dificuldade de adaptação dos profissionais;
  • 9%: outros motivos;
  • 9%: falta de orçamento para investir em soluções profissionais;
  • 7%: infraestrutura limitada e problemas de conexão com a internet;
  • 6%: preocupações com segurança de dados e privacidade.

A superação dessas barreiras passa pelo investimento em soluções seguras e intuitivas, além da capacitação de equipes e do fortalecimento da regulamentação do setor.

Ferramentas mais utilizadas nas teleconsultas

A qualidade do atendimento remoto depende diretamente das ferramentas utilizadas pelas clínicas e hospitais. A pesquisa identificou que:

  • 56% oferecem telemedicina por meio de plataformas de vídeo gratuitas;
  • 30% utilizam sistemas médicos especializados, como Doctoralia e Feegow Clinic;
  • 7% utilizam plataformas de planos de saúde.

Embora plataformas genéricas sejam amplamente utilizadas, as necessidades do setor exigem recursos específicos que garantam segurança e eficiência no atendimento, como:

  • Proteção de dados em saúde, seguindo as diretrizes do CFM;
  • Integração com prontuário eletrônico, agenda, chat privativo e histórico do paciente;
  • Pagamentos online integrados ao sistema;
  • Lembretes automáticos de consulta e check-in antecipado;
  • Automação na geração de links exclusivos para cada teleconsulta;
  • Agendamento online disponível 24 horas.

A escolha da tecnologia adequada impacta diretamente a experiência do paciente e a qualidade do serviço prestado, tornando essencial a adoção de soluções que atendam às necessidades específicas da saúde.

Principais tendências para 2025

A digitalização da saúde continuará avançando nos próximos anos, trazendo novas oportunidades para otimizar o atendimento e a gestão das instituições. As principais tendências apontadas para 2025 incluem:

  • Humanização, com o paciente no centro das estratégias de atendimento;
  • Inteligência artificial, incluindo soluções como ChatGPT, realidade virtual e análise preditiva;
  • Maior conscientização da população sobre hábitos saudáveis e bem-estar;
  • Automação de tarefas, permitindo maior eficiência operacional;
  • Tecnologias avançadas, como IoT, wearables, realidade aumentada, robótica e novos dispositivos médicos;
  • Interoperabilidade, promovendo maior integração entre sistemas e otimização do fluxo de informações.

Essas inovações destacam o papel da tecnologia na evolução da saúde no Brasil, tornando os atendimentos mais acessíveis, seguros e personalizados. 

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