Você conhece o conceito de governança clínica? Trata-se de uma filosofia administrativa específica para empresas de Saúde e tem o objetivo de manter a melhoria constante dos serviços médicos.
Se você administra uma clínica, conhecer e aplicar este conceito te auxiliará na qualidade da sua gestão.
Por isso, continue a leitura deste texto para compreender melhor o que significa governança clínica e quais os componentes que a constitui!
Primordialmente, é uma estrutura que compreende a governança corporativa, porém com um olhar voltado para a assistência.
Ou seja, trata-se de criar estratégias para garantir a efetividade do atendimento clínico, trazendo a responsabilidade pela qualidade para um sistema de alta gestão.
Em suma, o conceito de governança clínica nasceu nos anos 1990, fruto dos esforços do National Health System (NHS) que é o sistema de saúde britânico.
Logo, o objetivo era acompanhar com mais precisão os resultados assistenciais do seu sistema de saúde.
Então, o NHS passou a desenvolver iniciativas sistemáticas para elevar a qualidade dos serviços de saúde no país.
Isto é, padrões de qualidade envolvendo novas abordagens para questões como:
Como resultado, com o passar do tempo, a filosofia da governança clínica mostrou resultados importantes de modo que os Estados Unidos implantaram em seu próprio sistema de saúde. Pouco depois, o conceito espalhou-se pelo mundo e hoje está presente também no Brasil.
Em primeiro lugar a efetividade clínica garante que tudo o que instituição de saúde faz destina-se a atingir os melhores resultados para os pacientes. Ou seja:
O objetivo das auditorias é monitorar os resultados do desempenho dos serviços médicos e identificar as suas deficiências em relação aos padrões pré-definidos.
Desse modo, a organização pode implementar medidas para se adequar às diretrizes, promovendo uma melhoria contínua.
A gestão de riscos envolve monitorar e minimizar os riscos para garantir a segurança dos pacientes e profissionais.
Neste sentido, a equipe precisa se sentir à vontade para informar quando algo saiu errado durante os cuidados para que seja possível aprender com os erros.
Oferecer o suporte educacional para que as equipes desenvolvam as habilidades necessárias para cumprir suas funções com excelência e atualização constante.
Este componente envolve:
Envolver os pacientes e o público em geral para melhorar os serviços por meio de pesquisas de opinião.
Aqui considera-se igualmente, tanto o desfecho clínico como a experiência dos pacientes como uma fonte de informações para monitorar sua satisfação.
Este item diz respeito ao uso apropriado das informações. Ou seja, assegurar a confidencialidade dos dados dos pacientes e mantê-los sempre atualizados.
Além disso, a empresa deve utilizar os dados para mensurar a qualidade dos resultados e rastrear as necessidades locais.
Por fim, a instituição precisa ter um processo adequado de recrutamento dos profissionais e gestão de pessoas.
Isto é, garantir que os colaboradores tenham uma performance dentro do padrão exigido pelas funções para as quais foram contratados.
Outro aspecto deste componente é ter medidas de retenção de talentos que incluem estratégias para a motivação e desenvolvimento da equipe, além de promover boas condições de trabalho.
Uma das grandes vantagens da governança clínica é a redução de falhas devido ao processo de constante monitoramento e registros das atividades.
Desse modo, sempre que houver a ocorrência de erros nos processos, a equipe informa os gestores que por sua vez analisam se foi um evento isolado ou se é algo recorrente.
Assim, o gestor consegue identificar se a causa do problema se relaciona com o processo em si. Quando este é o caso, ele implementa medidas para que os erros não aconteçam mais.
Sobretudo, com esta filosofia, os pacientes são mais ouvidos sobre suas experiências durante os atendimentos e os profissionais também têm mais espaço para se expressar.
Em síntese, no caso, dos profissionais isso se deve ao fato de que a comunicação sobre as falhas não servem para gerar ações punitivas, mas sim para melhorar os processos.
Como o propósito da governança clínica é aumentar a qualidade dos serviços, é natural que ela resulte em uma maior satisfação dos clientes.
Em outras palavras, o paciente passa por um atendimento em uma instituição onde seus processos estão em constante melhoria e com uma equipe de profissionais capacitados.
A tecnologia ajuda, sobretudo naquelas atividades que envolvem análise de dados. Com um software de gestão de clínicas, por exemplo, os profissionais registram suas atividades na plataforma.
Assim, o gestor consegue analisar dados como:
A partir desses dados, o gestor acompanha em tempo real a performance de sua equipe por meio dos indicadores do software.
Além disso, as informações sobre os clientes ficam mais acessíveis para que a empresa crie facilmente o perfil epidemiológico da instituição. O que é muito importante para que a instituição se prepare para atender as doenças mais frequentes.
Outro recurso que ajuda muito na governança clínica é o prontuário eletrônico que centraliza todos os dados clínicos do paciente em um só lugar.
Dessa forma, o atendimento se torna mais rápido, pois não é necessário lidar com documentos em papel. Em vez disso, o médico preenche todas as informações diretamente no software garantindo sua legibilidade.
Em resumo, a tecnologia ajuda a operacionalizar a maioria dos componentes da governança clínica de forma mais precisa e efetiva.
Portanto, agora que você já conhece a importância da governança clínica para os serviços de Saúde, continue aprendendo sobre gestão de clínicas.Baixe agora mesmo o nosso e-book com dicas fundamentais para administradores!
É uma estrutura administrativa que cria estratégias para garantir a efetividade do atendimento clínico, trazendo a responsabilidade pela qualidade para um sistema de alta gestão.
São 7 (sete) componentes:
Redução das falhas por conta do monitoramento constante; comunicação externa e interna mais eficiente; aumento da satisfação dos clientes.