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Entenda como calcular a depreciação de equipamentos médicos

Escrito por feegowclinic | 18 Junho 2024

A aquisição de equipamentos médicos é essencial para agregar mais valor aos atendimentos prestados pela sua clínica, seja para auxiliar nos diagnósticos ou nos próprios tratamentos dos pacientes.

Contudo, é importante ter em mente que esse tipo de bem tem uma vida útil. Ou seja, o valor que ele agrega diminui com o passar do tempo, até o ponto em que ele precisará ser trocado. 

Todo patrimônio de uma empresa pode se depreciar ou tornar-se obsoleto, ainda mais quando tratamos sobre tecnologia. Esse é um processo natural, mas entendê-lo faz toda a diferença para ter previsibilidade e mais sucesso sobre os seus investimentos. 

Mas afinal, como calcular a depreciação de equipamentos? O que esse conceito significa exatamente e qual a sua importância para a sua clínica médica? Veja todos os detalhes que você precisa saber sobre o assunto neste artigo.

O que é depreciação de equipamentos médicos? 

A depreciação de equipamentos diz respeito a redução do quanto valem os aparelhos hospitalares e clínicos com o passar do tempo.

A lógica é a seguinte: toda máquina tem um valor inicial de aquisição. Contudo, na medida em que ela é utilizada, esse total diminui. Isso pode ocorrer por conta dos seus desgastes, obsolescência, entre outros fatores.

Em todo caso, acompanhar esse processo é essencial para compreender os impactos financeiros dos ativos ao longo do tempo e para evitar surpresas negativas no orçamento.

Por exemplo, se um equipamento passou a exigir manutenções constantes, provavelmente ele já tenha depreciado ao ponto de consertos não serem mais viáveis. Nesses casos, faz mais sentido comprar um produto novo ao invés de perder mais dinheiro em reparos que valem mais que o próprio ativo.

Da mesma forma, se você já sabe o tempo aproximado em que certo bem atingirá o máximo da vida útil, é possível se planejar no longo prazo para investir na sua reposição.

Sem esses cuidados é possível que sua clínica gaste valores elevados e imediatos na reposição de um equipamento que:

  • Estragou;
  • Se tornou obsoleto;
  • Está exigindo manutenções em excesso.

Com um bom planejamento todos esses cenários seriam evitados ao calcular a depreciação do bem.

Como ocorre a depreciação de equipamentos? 

Durante a gestão de equipamentos médicos hospitalares, os bens podem se desgastar e perder seu valor por conta de uma série de fatores. Em geral, a depreciação ocorre por 3 motivos principais. São eles: 

  • Utilização frequente: trata-se do desgaste natural. Ele ocorre por conta da frequência de uso dos equipamentos para consultório médico;
  • Deterioração: os aparelhos podem se deteriorar por conta da própria forma de utilização, pela falta de manutenções preventivas ou até em decorrência do excesso de reparos;
  • Obsolescência: todas as máquinas, aparelhos e utensílios hospitalares podem se tornar antigos e obsoletos na medida em que surgem novas e melhores tecnologias.

Como você verá adiante, a depreciação de equipamentos médicos é baseada no valor inicial do ativo, na sua vida útil e no seu valor residual.

Um bem se deprecia até atingir o valor residual. Ele corresponde ao momento em que o mesmo precisa ser vendido, descartado ou ter seu uso encerrado. Já a vida útil refere-se ao tempo que isso leva. Ou seja, à quantidade de anos para o ativo se depreciar totalmente.  

Essa durabilidade pode considerar as informações fornecidas pelo fabricante ou as próprias estimativas financeiras do usuário. 

Contudo, o cálculo da depreciação de equipamentos médicos costuma considerar os valores atribuídos pela Instrução Normativas SRF No 162 da Receita Federal. Ela aponta que esse tipo de ativo se deprecia completamente após 10 anos de uso.

Como calcular a depreciação de equipamentos médicos

Agora que você já sabe o que é a depreciação de equipamentos médicos e como ela ocorre, é importante entender a lógica por trás do seu cálculo. Afinal, essa operação ajuda a garantir uma melhor administração de capital na sua clínica

👉 Leia mais: Como fazer uma boa administração do capital de giro da sua clínica? 

Como citamos, tudo se baseia principalmente no valor inicial, residual e na vida útil do bem. Abaixo, veja os principais aspectos para considerar e um exemplo prático para aplicar na sua gestão:

Valor inicial do equipamento

Para começar a fazer o cálculo, você precisa considerar o valor inicial dos equipamentos médicos. Ou seja, quanto você investiu na sua compra.

Nesse caso, o preço de custo de cada bem deve contemplar todo o dinheiro utilizado para adquiri-lo. Incluindo os impostos pagos, o transporte, taxas de configuração, e assim por diante. 

Uma dica para não se esquecer de nenhum detalhe durante o seu controle financeiro é sempre guardar os recibos e comprovantes de compra.

Vida útil

Como você pôde ver, a vida útil dos equipamentos médicos corresponde ao tempo em que eles podem ser utilizados para sua finalidade original.

Vale ressaltar que ela não corresponde aos anos que os aparelhos existirão. Na verdade, trata-se do período em que os bens serão utilizados para gerar renda. Isso até que eles sejam totalmente depreciados.

Saber quanto tempo um ativo irá permanecer funcional é muito importante. Mais que calcular a depreciação, isso também garante mais previsibilidade ao planejar novos investimentos.

Valor residual

Quando os equipamentos médicos chegam ao final da sua vida útil, eles também atingem o seu valor residual. Na grande maioria dos casos, ele corresponde a zero.

Trata-se do preço de um ativo que já está totalmente depreciado. Em outras palavras, é o valor cobrado na venda de um bem quando ele já não pode mais ser utilizado para a sua finalidade original. 

Para calculá-lo, é preciso conhecer o valor do aparelho, sua vida útil e depreciação. A fórmula é relativamente simples. Valor Residual = Valor Inicial - (Depreciação Anual x Vida Útil).

Manutenção e reparos

Em muitos casos, os investimentos em manutenção de equipamentos médicos hospitalares também são considerados no cálculo de depreciação.

Ao somar os custos para manter e reparar o bem junto aos valores compreendidos no valor inicial, é possível obter uma taxa de depreciação mais realista, com precisão sobre o que foi investido em relação ao que foi perdido.

Além disso, conhecer os padrões das manutenções e reparos é essencial para entender como esses custos influenciam na depreciação ao longo do tempo.

Um exemplo prático

Para calcular a depreciação anual de um bem, basta dividir seu valor pelos anos correspondentes à sua vida útil. 

Lembre-se que a média adotada pela Receita Federal para a depreciação de equipamentos médicos é de 10 anos. Assim, se você investiu R$ 10 mil em um aparelho, por exemplo, quer dizer que ele irá se depreciar R$ 1.000 por ano (valor de 10.000 ÷ vida útil de 10).

Para saber a depreciação mensal, basta dividir o resultado pelo total de meses do ano. Nesse caso hipotético, ela seria de R$ 83,33 (depreciação anual de 1.000 ÷ 12 meses).

Agora imagine que se passaram 10 anos da compra e o equipamento atingiu o máximo da sua vida útil. Lembra que citamos que o preço residual geralmente é zero? Isso fica ainda mais claro no exemplo. 

Afinal, considerando a fórmula do valor residual, a depreciação anual de R$ 1.000 multiplicada pela vida útil de 10 anos resulta em 10 mil. Ao subtrair essa quantia do valor inicial, que também é R$ 10 mil, o resultado fica zero.

É importante ter um bom planejamento financeiro na clínica

Considerar a depreciação dos seus equipamentos médicos é imprescindível para manter um bom planejamento financeiro e garantir o equilíbrio do seu fluxo de caixa.

Afinal, ao estimar com antecedência quando um bem precisará de substituição, você consegue preparar melhor os seus recursos para lidar com o investimento. Assim, evita gastos excessivos ou inesperados. 

Mais que favorecer a antecipação de recursos e a redução de custos, esse cuidado também minimiza riscos diante de imprevistos.

Isso porque, ao conhecer os índices de depreciação dos aparelhos, você também realiza um melhor acompanhamento das suas manutenções e assistência técnica. Desse modo, é possível evitar paradas inesperadas ou danos que exijam trocas imediatas, que sempre são mais caras. 

Vale ressaltar que acompanhar a depreciação ajuda a valorizar o seu dinheiro, pois você sabe exatamente quando é mais viável investir em reparos e manutenção ou quando vale mais a pena financeiramente realizar uma reposição.

Ademais, quanto à depreciação dos equipamentos médicos, também vale a pena ficar atento às seguintes questões:

  • Quanto mais alto o valor inicial do bem, maior será sua depreciação;
  • O custo de depreciação pode ser compensado na precificação dos procedimentos;
  • Apenas ativos comprados têm custo de depreciação. Os alugados não;
  • Quanto mais o bem é utilizado, mais acelerada é sua depreciação;
  • Se houver cautela no uso do ativo, sua depreciação tende a diminuir.

Manter um registro contábil adequado é indispensável para acompanhar com precisão a depreciação dos equipamentos médicos, especialmente nas grandes clínicas.

Com isso, você não só assegura plena conformidade com as normas contábeis. Também é possível obter uma visão clara dos valores atualizados dos seus ativos e garantir um planejamento financeiro mais adequado.

Agora que você já sabe tudo sobre depreciação de equipamentos médicos, baixe nosso eBook sobre Gestão Financeira, com as melhores estratégias para garantir a sustentabilidade e o crescimento da sua clínica.

 

Perguntas Frequentes:

O que vale mais, comprar ou alugar equipamentos médicos?

Aluguéis não depreciam, mas o equipamento só será seu enquanto você pagar recorrentemente por ele. Se o valor inicial do bem somado aos seus custos de manutenção e depreciação compensarem o uso ao longo da sua vida útil, vale mais a pena comprar. Se a locação for mais barata em relação a esse cálculo, é mais vantajoso alugar.

Como a depreciação de equipamentos interfere na gestão das clínicas?

A depreciação de equipamentos médicos é decisiva para a gestão financeira de clínicas. Afinal, a perda de valor dos bens deve ser compensada no equilíbrio das receitas e considerada em relação aos investimentos e melhorias do estabelecimento, seja para programar investimentos em substituição ou planejar melhor as manutenções.

Como registrar a depreciação de um bem?

A depreciação é registrada por meio de um percentual do valor contábil. Ele é descontado conforme a expectativa de vida útil do bem. O percentual descontado é chamado de taxa de depreciação.