No geral, as pessoas começam a pensar na aposentadoria à medida que entram na meia idade. Porém, o planejamento previdenciário deve começar cedo na trajetória profissional, em especial no caso dos que trabalham no ramo da medicina.
No entanto, nem sempre é fácil entender todos os requisitos e condições legais para a aposentadoria de médicos.
Por isso, alguns deixam de lado esse importante planejamento. Neste artigo, ajudaremos os médicos a entenderem todos os detalhes a respeito da aposentadoria. Falaremos também sobre exigências, desafios, importância e legislações.
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Explicando de maneira simples, a aposentadoria médica entra no grupo de benefícios chamado de “especial”. Na prática, a aposentadoria especial é concedida para os profissionais que são expostos a agentes nocivos (que trazem prejuízos à saúde e integridade física) enquanto exercem as suas atividades laborais.
A seguir, abordamos mais detalhes a respeito desse tipo de aposentadoria. Além disso, explicamos sobre outros fatores que impactam no planejamento previdenciário dos médicos.
No Brasil, a idade de aposentadoria para médicos varia de acordo com diferentes regras e opções oferecidas pelo sistema previdenciário nacional. Algumas das modalidades de aposentadoria e as idades mínimas associadas a cada uma delas, são:
A idade mínima para aposentadoria de um médico varia entre homens e mulheres. Assim:
Independentemente da idade, os médicos podem se aposentar após completarem um determinado tempo de contribuição ao sistema previdenciário. Nesse caso, são pelo menos 15 anos.
A aposentadoria por tempo de contribuição exige 35 anos de contribuição para homens e 30 anos de contribuição para mulheres.
Médicos que trabalham em condições consideradas insalubres ou perigosas podem ter direito à aposentadoria especial após 25 anos de exercício da profissão. Contudo, ainda é necessário ter 60 anos.
Caso não tenha completado os 25 anos de atividade especial, é necessário atingir 86 pontos para se aposentar. Essa pontuação é a soma da idade, anos de atividade como médico e o tempo de contribuição.
Se um médico estiver permanentemente incapaz de exercer sua profissão devido a problemas de saúde, pode se aposentar por invalidez, independentemente da idade.
No caso de médicos que trabalham no setor público, as regras podem variar conforme o regime previdenciário específico de cada estado ou município.
Geralmente, a aposentadoria por idade no setor público requer 60 anos para homens e 55 anos para mulheres. Além disso, há também um período mínimo de contribuição.
Na prática, o médico tem direito a três aposentadorias, desde que consiga reunir os requisitos para solicitá-las.
Para entender melhor essa possibilidade daremos um exemplo. Imagine um profissional que atue como professor em uma faculdade pública de medicina e ainda trabalhe em um consultório ou clínica dentro da sua especialidade.
Nesse caso, o médico se filia ao:
Por outro lado, esse profissional não poderá exercer dois cargos públicos ao mesmo tempo. Sendo assim, no exemplo dado, o médico seria impedido de obter três aposentadorias se tivesse dois empregos como professor.
Sim, o tempo de residência médica pode ser inserido para o cálculo do tempo e valor da aposentadoria. Porém, os médicos precisam ficar atentos aos seguintes requisitos:
Após a aposentadoria, os médicos podem enfrentar uma série de desafios, especialmente considerando a natureza altamente dedicada da profissão médica. Muitas vezes, a medicina é mais do que apenas uma profissão para os médicos, ela acaba se tornando uma parte central de sua identidade.
Nessa perspectiva, a aposentadoria pode levar à perda de uma identidade profissional profundamente enraizada. Esse cenário pode desencadear sentimentos de vazio ou falta de propósito.
Além disso, se aposentar pode significar uma mudança drástica na rotina diária e nas atividades. Para alguns profissionais, a falta de uma agenda estruturada e a perda das interações regulares com colegas e pacientes, leva a um difícil período de ajuste.
O exercício da medicina envolve interações sociais significativas com pacientes, colegas e equipe médica. Com a aposentadoria, essas interações são reduzidas. O resultado disso pode ser o isolamento social e emocional, bem como sentimentos de desânimo ou falta de sentido na vida.
Fica aqui um alerta aos médicos para cuidarem de sua saúde mental durante o processo de aposentadoria.
A aposentadoria para médicos pode trazer diversos benefícios, permitindo-lhes desfrutar de uma nova fase da vida após décadas de dedicação à profissão médica. Entre as principais vantagens da aposentadoria, podemos destacar:
Ter um bom planejamento para a aposentadoria é de extrema importância para os médicos. Afinal, essa fase é uma transição significativa na vida deles.
Sendo assim, um planejamento adequado pode ajudar a garantir um processo suave, financeiramente estável e emocionalmente gratificante.
Ademais, planejar a aposentadoria ajuda a garantir que os médicos tenham recursos financeiros suficientes para sustentar seu estilo de vida após pararem de trabalhar.
Para tanto, esses profissionais podem considerar fontes de renda, economias, investimentos e gastos projetados.
Em resumo, um bom planejamento permite que os médicos desfrutem de uma qualidade de vida satisfatória, realizem seus objetivos pessoais e tenham paz de espírito durante a aposentadoria.
A categoria de “médico autônomo”, por si só, não é considerada uma atividade insalubre ou perigosa no contexto previdenciário. Isso significa que, no geral, os médicos autônomos não têm direito automático à aposentadoria especial.
Entretanto, para que esse tipo de profissional possa ser elegível para aposentadoria especial, é preciso comprovar o exercício da medicina em condições reconhecidas como insalubres ou perigosas. Isso, claro, de acordo com os critérios estabelecidos pela legislação previdenciária.
Inclui-se aqui a exposição a:
Para fins de comprovação, o médico pode utilizar, por exemplo, o Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho (LTCAT).
A Reforma Trabalhista, que entrou em vigor no Brasil em novembro de 2017, não teve um impacto direto sobre as regras específicas de aposentadoria dos profissionais médicos.
Na verdade, essa legislação tratou principalmente de mudanças nas leis trabalhistas e nas relações entre empregadores e empregados. Com o objetivo de modernizar a legislação trabalhista e estimular a economia.
Sendo assim, as regras de aposentadoria são predominantemente regidas pela legislação previdenciária e não foram alteradas pela Reforma Trabalhista.
As mudanças significativas nas regras de aposentadoria ocorreram posteriormente, com a Reforma da Previdência, que foi promulgada em novembro de 2019.
No caso da Reforma da Previdência, ocorreram várias mudanças importantes nas regras de aposentadoria, incluindo:
Felizmente, existem muitas referências que podem ser consultadas em casos de dúvidas ou para informação sobre aposentadoria de médico. Entre essas referências, apontamos:
Como ficou bem evidente neste artigo, a aposentadoria do médico precisa ser planejada com cuidado. Afinal, faz parte do futuro e garante a tranquilidade do profissional. Seguindo as dicas e orientações dadas, temos certeza de que terá sucesso nessa prática.
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Se um médico obtiver a aposentadoria especial, ele pode continuar trabalhando. No entanto, é fundamental que as condições de trabalho na nova atividade também sejam insalubres ou perigosas para continuar a se beneficiar da aposentadoria especial.
Para obter uma estimativa precisa da quantia da aposentadoria de um médico, é recomendável consultar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou órgão equivalente responsável pela previdência social no Brasil.
Em algumas situações, médicos que trabalham em condições insalubres ou perigosas podem se qualificar para a aposentadoria especial, que permite uma redução no tempo de contribuição necessário para se aposentar. Isso ocorre porque a exposição a agentes nocivos à saúde pode acelerar a concessão do benefício.