Como prezar e incentivar a humanização na saúde do idoso?
Estamos testemunhando um acelerado envelhecimento da população brasileira. Diante dessa mudança na estrutura etária no país, é natural que aumente também o número de pacientes idosos nas clínicas.
Este público possui necessidades e demandas específicas de atendimento. Entre elas a humanização na saúde do idoso.
Neste artigo, você aprenderá mais sobre os cuidados humanizados, como ter uma boa comunicação com idosos, qual é a atenção básica a ser oferecida, entre outros. Continue a leitura e confira!
A importância da humanização na saúde do idoso
Segundo pesquisa da Doctoralia, 63% dos pacientes entendem que o cuidado humanizado é a coisa mais importante em uma consulta.
Quando o assunto é saúde do idoso, a humanização se torna uma atenção básica. Por conta das condições emocionais e físicas naturais no processo de envelhecimento, o bom acolhimento faz toda a diferença nos cuidados.
Por meio de uma assistência humanizada e personalizada, os profissionais de saúde garantem mais qualidade à saúde física e emocional do paciente.
Isso porque, é necessário mais delicadeza durante as consultas, atenção sobre a real necessidade de determinados procedimentos e exames.
A prioridade no atendimento é apenas um dos pontos, que inclusive é obrigado em lei. Sabendo da importância e necessidade, o Governo Federal implementou a Política Nacional de Saúde do Idoso (PNSI), em 1996. Nela, há condições criadas para promover autonomia, integração e participação efetiva desta faixa etária na sociedade.
Além disso, o Ministério da Saúde iniciou a expansão da humanização na saúde do idoso com a criação da Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS (HumanizaSUS), em 2003. O intuito é justamente fazer com que o ambiente público hospitalar apresente uma gestão democrática, coletiva e positiva.
Todos os envolvidos são beneficiados pela conduta afetiva, aumentando tanto a satisfação e bom relacionamento com o paciente quanto a facilidade no trabalho do médico.
Treinamento da equipe para a humanização e acolhimento à pessoa idosa
Para implementar a humanização na saúde do idoso e garantir uma boa qualidade e padrão no atendimento, vale a pena investir em treinamentos para sua equipe.
Alinhe com seu time interno quais são as diretrizes a seguir e crie uma política de comunicação com idosos.
Lembre-se de incluir todos os profissionais da clínica nessa conversa, pois desde a secretária até o pessoal da limpeza precisam ter alguns cuidados com esses pacientes.
Além disso, fornecer materiais de estudo para os colaboradores também é uma ótima prática. Existem diversos cursos online gratuitos que você pode oferecer à sua equipe. Veja alguns deles:
- Cuidados de Enfermagem para a pessoa idosa na Atenção Primária à Saúde;
- Abordagem das síndromes geriátricas e cuidados paliativos na Atenção Primária à Saúde;
- Atenção à Pessoa Idosa com Deficiência.
O papel da comunicação não violenta
Você que se preocupa com a qualidade do atendimento e satisfação dos pacientes deve incluir a comunicação não violenta na cultura da sua clínica.
Seu conceito basicamente trabalha as habilidades de fala e escuta do profissional, fazendo com que o mesmo gere conexões mesmo quando a informação não é positiva. Esse tipo de comunicação com idosos é fundamental para exercer a humanização e cuidados na saúde.
Por meio dela, o médico passa a ter mais consciência e percepção da necessidade real de cada paciente. Por exemplo, a pessoa idosa que apresenta depressão precisará de uma fala mais acolhedora do que um paciente sem complicações psicológicas e emocionais.
Para ter essa visão de como agir de acordo com a vivência de cada pessoa, é importante:
- Perceber comportamentos;
- Fazer questionamentos sutis sobre a vida;
- Ter uma escuta ativa;
- Demonstrar respeito e atenção.
O criador desse método, Marshall Rosenberg, propõe quatro fatores que devem ser bem expressados pelo profissional da saúde. São eles:
1. Observação
A observação deve ser a primeira conduta da comunicação não violenta. É analisando o comportamento e fala do paciente que identifica-se a necessidade intrínseca dele. Para isso, observe sem julgamento, e veja como ele corresponde conforme a consulta vai desenrolando.
Assim, é possível compreender de que forma se comunicar respeitosamente com o idoso, e então gerar mais confiança e credibilidade no que você diz.
2. Sentimento
Durante o atendimento humanizado, procure saber qual é o verdadeiro sentimento do paciente. Por meio do entendimento da vulnerabilidade, o médico consegue compreender qual será o melhor tratamento (dentro das possíveis opções).
Por exemplo, um idoso que está com vergonha da aparência que a Trombose Venosa Profunda (TVP) causou em sua perna, irá preferir algo que melhore o aspecto da sua pele.
3. Necessidades
A necessidade do idoso será sempre baseada em seu comportamento e sentimento. Seguindo o exemplo dado anteriormente, apenas passar medicamentos anticoagulantes para a trombose não irá deixar o paciente 100% feliz.
Recomendar meias de compressão da cor da pele auxiliará no tratamento, e ainda resolverá o sentimento negativo que a doença causou. Essa é a verdadeira atenção básica que o médico focado em prestar um atendimento humanizado deve ter.
4. Pedido
Por fim, depois da aplicação do cuidado humanizado, o médico terá conquistado a confiança e empatia do paciente. Isso facilita a adesão ao tratamento de modo correto e integral.
Para isso, é importante fazer o “pedido”, ou seja, a recomendação médica, de forma positiva e explicativa. Evitar frases abstratas, vagas e ambíguas facilitará a compreensão do idoso, e garantirá uma melhor conduta por parte dele.
Pratique o cuidado centrado no paciente
A humanização e acolhimento à pessoa idosa anda lado a lado com o cuidado centrado no paciente. Essa é uma prática defendida na medicina para que o profissional execute um atendimento personalizado, seguindo as vontades e demandas dos indivíduos.
Para aplicar esse método, há uma série de orientações que o médico deve implementar na sua rotina. São elas:
- Possui respeito pelos valores, preferências e necessidades dos pacientes;
- Coordena e integra o cuidado, ofertando apoio e personalização;
- Informa, comunica e educa os paciente da melhor forma possível;
- Promove conforto físico e apoio emocional ao enfermo;
- Envolve os familiares e amigos na comunicação, a fim de proporcionar em conjunto o melhor ao idoso;
- Oferece ao paciente possibilidades dele dar continuidade ao tratamento e realizar uma transição positiva na rotina;
- Facilita o acesso ao cuidado humanizado.
Para aplicar o que explicamos neste artigo é fundamental acabar com os processos engessados, longos e complexos no atendimento.
Isso porque, sem otimizar a sua gestão clínica, você acaba perdendo tempo em operações administrativas. Tempo e atenção que poderiam ser dedicados aos seus pacientes.
Para solucionar esse problema, o ideal é investir em tecnologias automatizadas que aceleram o seu dia a dia clínico. A Feegow preparou um Pacote de Formulários Médicos para você facilitar o preenchimento das suas anamneses, e ainda disponibiliza a edição e personalização delas. Baixe o material gratuitamente e confira!
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Perguntas frequentes:
A humanização do atendimento é uma tendência no setor de saúde?
Segundo pesquisa da Doctoralia, o atendimento humanizado é o fator mais importante durante uma consulta. Por isso, essa conduta médica vem sendo cada vez mais praticada no mercado.
A humanização do atendimento ao idoso melhora os resultados clínicos?
Com a humanização na saúde do idoso, o mesmo acaba apresentando melhor recepção ao tratamento, mais confiança com o médico e mais qualidade física e emocional como um todo.
Qual o impacto do acolhimento na satisfação do paciente?
Quando se proporciona a humanização e acolhimento à pessoa idosa, o impacto é positivo tanto ao paciente quanto ao profissional. Enquanto o enfermo recebe um atendimento de maior qualidade, o médico tem seu trabalho facilitado.