Dados digitais em clínicas: como garantir a segurança de dados médicos?

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Atualmente, o conceito de Saúde Digital tem ganhado destaque na democratização do acesso à saúde no Brasil. Continue a leitura e entenda mais sobre essa novidade na medicina!

Com a transformação digital na saúde no mundo presente em cada detalhe de nossas vidas, o conceito de saúde digital é amplamente discutido por profissionais da área médica. 

No início deste ano foi regulamentada pela Câmara de Saúde 4.0 a saúde digital, com o intuito de promover o acesso à saúde em lugares ainda mais afastados dos grandes centros urbanos.

Sobretudo, isso significa que especialistas poderão atender pacientes que estão em cidadezinhas mais isoladas apenas com o auxílio da internet e dispositivos móveis. Sem contar a grande mudança na medicina como a conhecemos. 

Pare para pensar na precisão do diagnóstico e o impacto na qualidade de vida que a saúde digital pode proporcionar a todos. Não é incrível?

Então, se quer aprender mais sobre saúde digital, continue a leitura e fique por dentro de todas as inovações tecnológicas do momento!

O que é saúde digital no Brasil?

Também conhecida como saúde 4.0 e e-saúde, a saúde digital, segundo o Ministério da Saúde, consiste em utilizar os recursos tecnológicos para ampla divulgação da saúde, com “informações confiáveis sobre o estado de saúde para quem precisa, no momento que precisa”. 

Dessa forma, com essa gama de informações você, profissional da saúde, terá acesso facilitado a dados de pacientes, o que vai aumentar a precisão do diagnóstico, sem contar na rapidez que o seu paciente terá para iniciar seu tratamento e garantir a qualidade de vida e bem-estar.

E não é só isso, ainda há muitas ferramentas tecnológicas que podem te ajudar a inovar ainda mais, ofertando o que há de melhor no mercado digital para seus clientes. 

Dica: Aqui, agora, nesse e-book sobre tecnologia em clínicas e consultórios você não perde nada do que há de novo no mercado de tecnologias na saúde. 

Diferença entre Telessaúde e saúde digital no Brasil

Até podemos confundir uma com a outra, contudo, a principal diferença entre elas é que a telessaúde é um campo que envolve as iniciativas digitais, como é a telemedicina. 

Por outro lado, a saúde digital é uma área de atuação ainda mais ampla. Em suma, trata-se de uma estratégia para cuidar de pacientes, inovar em procedimentos, treinar e capacitar médicos, como também pesquisar, analisar e descobrir novos tratamentos. 

Além disso, o principal objetivo é encurtar as distâncias geográficas, por isso, a saúde digital é mais uma das áreas que utilizam a Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). 

A própria OMS definiu que a finalidade da saúde digital é o monitoramento em massa. 

Já pensou em ter num único lugar a informação de todos os pacientes, seja particular ou público, isso será possível com a saúde digital.

Isso significa criar uma grande rede de armazenamento de dados da população, como um grande prontuário eletrônico. 

Inovação e aumento de qualidade de vida

Em sua fala, o ex-ministro da saúde Henrique Mandetta afirma que a intenção é que cada paciente tenha um prontuário eletrônico que irá reunir “consulta na atenção básica, resumo da internação, medicação consumida, exames laboratoriais e vacinas”.

Assim, todo o histórico do paciente ficará disponível para redes públicas e privadas de saúde. 

Como resultado, com tanta inovação, espera-se aumentar a qualidade de vida e o conforto da população, afinal, saúde não é só tratamento de doenças, está intimamente ligada ao bem-estar social.  

Uma dica extra: a tecnologia e inovação na saúde veio para ficar, por isso o Ministério da Saúde disponibilizou um curso de capacitação para gestores em saúde sobre Tecnologias em Saúde no SUS. Vale a pena dar uma olhadinha clicando aqui!

A evolução da saúde digital no Brasil 

Apesar do assunto da saúde digital no Brasil estar recebendo mais atenção agora, sua idealização e implantação começou há bastante tempo.

Para se ter uma ideia, a criação do Núcleo de Informática do Ministério da Saúde aconteceu em 1971 para informatizar as ações do Ministério.

Posteriormente, em 1976, ocorreu a informatização dos sistemas de informação da saúde. Destacamos três marcos neste sentido:

  1. Começo do Sistema Nacional de Pagamento de Contas Hospitalares (SNPCH);
  2. Preenchimento dos Boletins de Serviços Produzidos (BSP) e da Guia de Autorização de Pagamento (GAP);
  3. Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).

Em seguida, no ano de 1986, foi criado a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) que tem por objetivo promover o desenvolvimento e a aplicação da Tecnologia da Informação à Saúde.

Este pequeno histórico nos mostra que o SUS já nasceu em um contexto em que a saúde digital já estava em pauta, ao passo que apenas um ano após sua criação, em 1990, ele já contava com o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).

Alguns acontecimentos mais recentes que vale a pena ressaltar foram:

  • A definição do prontuário eletrônico como modelo para o registro das ações da saúde básica em 2016;
  • A publicação da Visão da Estratégia e-Saúde para o Brasil em 2017 com o objetivo de ampliar o acesso à saúde e melhorar o fluxo de informações para a tomada de decisões.

Além disso, com a crise gerada pela pandemia houve um rápido desenvolvimento da Telemedicina que se mostrou um recurso viável para ampliar o acesso à saúde.

Ainda haverá mais debates na comunidade médica sobre este assunto, pois o Conselho Federal de Medicina (CFM) precisa regulamentar a atividade após o fim da pandemia.

Contudo, chegamos a um ponto na evolução da saúde digital e da Telemedicina muito difícil de retroceder. Portanto, podemos esperar para um futuro próximo, a consolidação dessas iniciativas.

Principais desafios da saúde digital no Brasil 

A implementação da saúde digital no Brasil possui desafios técnicos e legais. Confira a seguir os principais deles:

Qualidade dos dados

Os dados relacionados à saúde são sempre muito complexos e dependem de uma série de informações adjacentes para uma interpretação precisa.

Um exemplo de como isso afeta o uso dos dados aconteceu durante a pandemia, quando não sabíamos a real situação da doença no país porque os dados sobre pessoas infectadas misturavam números de dois tipos de testes.

Quer dizer, o resultado positivo dos testes sorológicos e dos testes de sequenciamento genéticos possuem implicações diferentes.

O primeiro mostra que a pessoa tem ou já teve a doença, enquanto o segundo determina se a pessoa está infectada no momento do teste.

Logo, se os números de infectados se baseiam em ambos os testes, eles não refletem a realidade.

Disponibilidade dos dados

Devido à sensibilidade dos dados de saúde e da necessidade de estar alinhado com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), será preciso criar regulamentações claras sobre o seu uso.

Ainda não está claro como serão os mecanismos legais sobre como os pacientes irão autorizar o uso de suas informações, uma vez que esse uso só poderá ser feito com base no consentimento.

Interoperabilidade

A interoperabilidade se refere à capacidade das diversas instituições de saúde que usam sistemas diferentes possam trocar as informações dos pacientes. 

Para isso, é necessário uma linguagem de computação comum que seja a ponte entre estes sistemas.

No entanto, existe uma grande variedade de linguagens disponíveis no Brasil de modo que os diferentes sistemas “falam” apenas algumas delas. Logo, o problema de integrar as informações ainda persiste.

Saúde digital no Brasil aplicada ao SUS 

Em resumo, a saúde digital aplicada ao SUS recolhe informações sobre todo o ciclo de vida dos cidadãos. Tais como:

  • Nascimento;
  • Vacinação;
  • Atendimentos básicos;
  • Atendimento ambulatorial;
  • Programas de acompanhamento;
  • Óbito.

Essa grande quantidade de dados disponíveis auxilia na tomada de decisões por meio de análises epidemiológicas. 

Assim, a saúde digital no SUS é uma forma eficiente de instrumentalizar os sistemas de informação para criar estratégias de melhoria na saúde da população.

Então, é por esse motivo que o DATASUS trabalha,desde sua criação, para a integração dos dados sobre saúde. 

Isso porque, incorporar diferentes bases de informações podem resultar numa compreensão mais apurada sobre as tendências da saúde em diferentes localidades. 

O que possibilita uma atuação mais precisa conforme as necessidades desses locais.

No entanto, ainda existe uma disparidade regional quanto à infraestrutura da cobertura de internet. Por isso, parte da estratégia do SUS também está em corrigir essas discrepâncias.

Qual é a estratégia do MS para a saúde digital no Brasil?

Antes de mais nada, o objetivo do Ministério da Saúde é estabelecer a Rede Nacional de Dados em Saúde como a plataforma digital de informação, inovação e serviços de saúde para todo o Brasil até 2028.

O plano de ação da estratégia se estrutura em torno de três eixos de ação: 

Eixo 1

Objetivo: Consolidar e ampliar para além de 2023 o Plano de Ação, Monitoramento e Avaliação da Estratégia de Saúde Digital para o Brasil 2019-2023 por meio de ações do DATASUS.

  • Implementação e expansão do Conecte SUS até 2023;
  • Priorizar ações para a Atenção Primária à Saúde;
  • Integração com a Saúde Suplementar;
  • Monitorar e avaliar as ações do MS.

Eixo 2

Objetivo: Definição das diretrizes de colaboração e inovação da Saúde Digital.

  • Exploração do potencial da RNDS e do Conecte SUS;
  • Definir legislação e governança para a colaboração;
  • Definição de padrões, terminologias, capacitação e recursos humanos;
  • Estimular iniciativas de big data, IoT, startups, dados abertos e cuidado clínico.

Eixo 3

Objetivo: Estabelecimento da colaboração intersetorial entre os agentes envolvidos.

  • Aumentar a intersetorialidade e a relevância;
  • Aumentar a participação da Saúde Suplementar;
  • Ampliar a colaboração internacional.

7 prioridades

Dentro desses três eixos, o Ministério da Saúde estabeleceu sete prioridades que a medida que forem cumpridas levarão ao objetivo principal da estratégia. São elas:

  1. Governança e Liderança para a Estratégia de Saúde Digital;
  2. Informatização dos três níveis de Atenção à Saúde;
  3. Suporte para a melhoria da Atenção à Saúde;
  4. O usuário como protagonista;
  5. Formação e capacitação de recursos humanos;
  6. Ambiente de interconectividade;
  7. Ecossistema de inovação.

Se você deseja conhecer a estratégia em mais detalhes, ela está disponível igualmente no site do Ministério da Saúde.

Quais são os benefícios da saúde digital no Brasil?

Primeiramente, o conceito da saúde 4.0, assim como no mercado, uma rede de informações colaborativa utiliza a Internet das Coisas (IoT) e as TICs. 

Por meio de sistemas com armazenamento em nuvem, por exemplo, as informações chegam muito mais rápido, sendo totalmente viável a prevenção de doenças, diagnósticos mais assertivos e monitoramento de pacientes a distância. 

E não é só isso, a telemedicina é uma ferramenta presente na saúde digital. Além disso, mostrou-se totalmente eficiente neste cenário de pandemia em que é tão importante manter o isolamento social. 

O que a saúde digital engloba?

Logo, pensando nisso, listei aqui para você quais são as outras possibilidades que a saúde digital engloba:

➤ Dispositivos médicos: isso inclui sistemas de gestão clínica e outros dispositivos tecnológicos capazes de monitorar, tratar e prevenir doenças. 

➤ Telediagnóstico: No telediagnóstico, o médico, mesmo a distância, pode ajudar colegas e outros profissionais a chegar num rápido diagnóstico com a emissão de laudos a distância. Para o paciente isso é um grande ganho, pois ele consegue, bem mais rápido, iniciar seu tratamento.

➤ Teleconsulta: A teleconsulta é como a consulta presencial, só que feita de forma online, com a ajuda da internet. Pode ser mediado pelo uso de novas tecnologias, como aplicativos e softwares médicos.

➤ Teleducação: Com a educação a distância, ganha-se a oportunidade para profissionais da saúde treinarem e se capacitarem em boas instituições, com especialistas, a fim levar mais médicos a lugares mais distantes. 

Dessa forma, a saúde digital surge como oportunidade de avançar ainda mais na nossa qualidade de vida. 

Portanto, se você deseja oferecer fazer parte desse movimento de transformação digital na Saúde, então clique aqui e conheça o nosso software de Telemedicina!

Perguntas frequentes:

Como garantir a segurança dos dados médicos?

Você pode contar com algumas ferramentas para te ajudar nesse processo. Isso inclui um software de gestão clínica, já que com o armazenamento em Nuvem, garante-se a segurança e sigilo dos dados médicos.

Quais são as vantagens do armazenamento em nuvem para clínicas?

Com os dados em nuvem, você consegue acessá-los de qualquer lugar, com os seus dados pessoais, como e-mail e senha. E mais, ainda é possível solicitar o backup desses dados, mas lembre-se de que como são suas responsabilidades, escolha um sistema médico de confiança!

Qual a importância do backup para clínicas?

Como você já deve saber, as informações dos seus pacientes devem ser sagradas para a sua clínica. Pensando nisso, o backup torna-se a maneira mais segura para preservar todos esses dados. E o melhor, é tudo digital!

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