A comunicação não violenta como melhoria na relação médico-paciente
Comunicar faz parte da essência humana. A habilidade é exigida nas mais variadas áreas da vida, como relacionamentos, trabalho e família. E é claro que entre médico e paciente essa ferramenta também pode contribuir para um vínculo leve, harmonioso e empático. Ao longo deste material, vamos falar sobre o que é comunicação não violenta, seus benefícios e como o médico pode aplicá-la em sua clínica.
No que se baseia a comunicação não violenta?
A comunicação não violenta tem como base a capacidade de transmitir mensagens de maneira pacífica, amenizando qualquer interferência negativa. Ela prioriza a continuidade e o fortalecimento de relações interpessoais. Tudo isso sem agressões de qualquer origem, sem julgamentos, ofensas ou exaltação de vozes.
Em suma, ela é baseada na ideia de que quando temos capacidade de compreensão das nossas próprias necessidades, conseguimos explicá-las melhor. O interlocutor, por sua vez, recebe a mensagem de maneira honesta, consciente e clara. E o resultado disso é uma conexão propriamente humana, afetiva e afetuosa.
O conceito foi desenvolvido na década de 60 pelo psicólogo Marshall Rosenberg. Ele cresceu no bairro de Detroit, em Michigan (EUA) e desenvolveu o modelo de comunicação pensando em amenizar o clima violento em que conviveu por boa parte da sua vida. De acordo com ele, a CNV possui quatro princípios. São eles:
- Observação: o primeiro passo é observar de maneira imparcial, sem julgar ou levar para o pessoal. O que estamos vendo ou ouvindo é algo enriquecedor para a nossa vivência?
- Sentimento: o segundo é identificar e assumir os sentimentos que tomam conta após esse primeiro contato. A forma de se expressar, o tom de voz, a linguagem corporal… Todos esses são fatores que podem levar aos mais diversos sentimentos e interpretações.
- Necessidade: quais necessidades estão ligadas aos sentimentos? Quais foram atendidas? Ou melhor, quais não foram?
- Pedido: por fim, o último passo é relacionado ao pedido. Como nós pedimos ao invés de “ordenar” é uma das bases de uma comunicação empática e, por consequência, não violenta.
Afinal, qual o objetivo da comunicação não violenta?
A CNV é fundamental para diversas áreas da vida. Na relação médico e paciente, ela permite que o receptor da mensagem se sinta mais confortável durante a conversa com o profissional de saúde.
Afinal, muitas vezes essas conversas envolvem ocorrências muito pessoais. Vamos ver um exemplo?
Em uma conversa com um médico ginecologista, por exemplo, a paciente pode precisar expor detalhes da sua vida íntima. Se as trocas não forem conduzidas de maneira gentil e cuidadosa pelo médico, pode ser que ela não se sinta confortável para tal. Principalmente quando a figura do médico é masculina.
Quais os benefícios da comunicação não violenta?
Ao incentivar uma postura de empatia, a CNV é capaz de fortalecer os vínculos humanos. A empatia nos aproxima de ver o mundo a partir dos olhos de outra pessoa, compreendendo motivos para suas ações e comportamentos.
Na relação médico X paciente, essa comunicação ajuda o profissional de saúde a efetivamente colocar-se no lugar do mesmo. Dessa forma, ele passa a compreender atitudes e emoções que antes poderiam estar filtradas ou não compreendidas em sua própria vivência.
Mais do que em outros ambientes profissionais, a comunicação não violenta entre o médico e o paciente estabelece ali um ambiente seguro, de troca e acolhedor. Em outras palavras, aumentam-se as chances de que o paciente ganhe confiança em partilhar sobre a sua vida e rotina. E o resultado disso é fortalecimento de vínculo, criando-se um ciclo em que todos saem ganhando.
A seguir, vamos ver como você pode adotá-la em sua clínica médica.
Como aplicar a comunicação não violenta na sua clínica?
Aplicar a CNV em sua clínica não precisa ser um bicho de sete cabeças. Confira abaixo as dicas que separamos para você.
Ouça seus pacientes
Sabe-se que a escuta é a base de qualquer diálogo. Neste modelo de comunicação não seria diferente. O primeiro passo para aplicá-la em seu consultório é adotando o “listening first”. Dê espaço para que o paciente se comunique, com atenção e acolhimento.
Tenha cuidado na hora de se expressar
Se expresse de maneira cautelosa, honesta, recebendo com empatia a fala do paciente. É relevante que o médico assista tanto a sua comunicação verbal como também a linguagem corporal.
Compreenda o que o paciente diz
Procure ouvir o paciente com atenção, colocando-se no lugar dele. Pratique a empatia, como se você efetivamente vivesse aquela realidade. Por fim, concentre-se em compreender razões para aquela condição de saúde considerando a vivência do paciente, e não a sua.
Assim, você faz com que ele se sinta à vontade no consultório, sem abrir mão do bem-estar e qualidade de vida neste momento.
Argumente
Por fim, seja positivo na argumentação. Ao invés de dar ordens, faça pedidos. Justifique as necessidades momentâneas e peça-o para tomar determinadas atitudes em função do tratamento. Sempre com muita cautela, atenção, respeito e acolhimento.
A Feegow Clinic se preocupa em promover uma comunicação não violenta em todas as suas soluções. Há mais de 12 anos no mercado, somos uma healthcare focada em inovar a gestão para profissionais de saúde e administradores que querem otimizar suas operações e alcançar melhores resultados.
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Perguntas frequentes:
Como deve ser a comunicação entre médico e paciente?
É importante que a comunicação entre o médico e o paciente seja acolhedora. Dessa forma, o paciente realmente se sentirá confiante e seguro para abrir a sua vida pessoal para o profissional de saúde.
O que é a técnica da comunicação não violenta?
A comunicação não violenta é uma ferramenta usada para transmitir mensagens de maneira pacífica, amenizando qualquer interferência negativa. Ela prioriza a continuidade e o fortalecimento de relações interpessoais.
Como praticar a Comunicação Não Violenta?
A comunicação não violenta é focada na escuta. Além disso, é fundamental que o profissional da saúde tenha cuidado ao se expressar, compreenda o que diz o paciente e argumente com empatia e clareza.