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Tudo o que você precisa saber sobre telerradiologia

Escrito por feegowclinic | 06 Fevereiro 2022

A telerradiologia é um dos frutos da transformação digital aplicada aos serviços de Saúde. 


Afinal, cada vez mais disseminado em hospitais e clínicas, a ferramenta veio para facilitar o processo de emissão de laudos médicos.


Ela aumenta a agilidade em obter diagnósticos precisos e assim iniciar o tratamento do paciente o mais rápido possível.


Se você é médico e ainda tem dúvidas se vale a pena utilizar este serviço em sua clínica, então leia este texto e descubra tudo o que você precisa saber sobre a telerradiologia!


O que é telerradiologia? 


Sobretudo, é um dos ramos mais da telemedicina mais utilizados pelas instituições de Saúde. 


Em síntese, a telerradiologia consiste no envio de informações e imagens radiológicas por meio das tecnologias de informação e comunicação.


Assim, o seu objetivo é utilizar a internet para ampliar o acesso de clínicas e hospitais à especialistas.


Ou seja, a telerradiologia permite romper as barreiras geográficas no processo de emissão de laudos médicos.


Desse modo, empresas das redes pública e privada de Saúde recebem o apoio diagnóstico de especialistas espalhados pelo país.


Para isso, a telerradiologia segue um conjunto de padrões técnicos no tratamento, armazenamento e transmissão das informações médicas.


As imagens, por exemplo, devem ser salvas em um formato desenvolvido especialmente para a medicina.


Portanto, esta padronização permite que diferentes marcas de equipamentos de diagnóstico compartilhem informações em uma linguagem comum.


Em contrapartida, com isso, o setor assegura a confiabilidade dos resultados, sendo capaz de realizar diagnósticos assertivos.


Além dos padrões e protocolos técnicos, a especialidade é regulada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).


O que diz a lei sobre telerradiologia?


O Conselho Federal de Medicina publicou a primeira resolução sobre a telerradiologia em janeiro de 2009.


Contudo, cinco anos após sua publicação, o CFM revogou esta normativa e a substituiu pela Resolução Nº 2.107/2014.


Em primeiro lugar, o motivo para esta mudança foi o fato de que a resolução anterior estava desatualizada quanto às normas de operação. 


Além disso, havia profissionais morando no exterior que prestavam serviços de telerradiologia no Brasil. 


Entretanto, os programas que esses médicos utilizavam ainda não possuíam a aprovação do convênio CFM/SBIS. 


Diante desses fatos, notou-se uma série de irregularidades na prestação de serviços de telerradiologia. Sendo a mais grave delas, a ausência de médicos especialistas.


Por isso, o CFM aprovou a nova resolução com o objetivo de tornar a fiscalização mais efetiva. 


Nova resolução da radiologia no Brasil


A principal diferença entre o texto antigo e o novo, foi a adição de um anexo em que constam as normas operacionais e os requisitos mínimos para a transmissão e manuseio dos exames e laudos radiológicos.


Outra diferença entre as duas resoluções é que na primeira, o artigo 4 listava as especialidades dos profissionais que poderiam transmitir exames e relatórios à distância. 


Os médicos poderiam ser especialistas em:


  • Radiologia e diagnóstico por imagem;
  • Diagnóstico por Imagem: atuação exclusiva ultrassonografia geral;
  • Diagnóstico por Imagem: atuação exclusiva radiologia intervencionista e Angiorradiologia;
  • Medicina nuclear.


Já na resolução atual, o artigo correspondente define que o profissional responsável por deve ser um especialista em radiologia e diagnóstico por imagem. 


A lista de especialidades, neste caso, se refere ao campo de abrangência da telerradiologia e são as seguintes:


  • Radiologia geral e especializada;
  • Tomografia geral e especializada;
  • Ressonância magnética;
  • Mamografia;
  • Densitometria óssea;
  • Medicina Nuclear.


Para as atividades de Medicina Nuclear, o médico precisa ser um especialista nesta área e ser autorizado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).


Sobre o que foi mantido, podemos mencionar todas as exigências quanto à necessidade de registro dos especialistas e suas responsabilidades.


Além, é claro, de toda a parte relacionada à conduta ética. Como por exemplo, a exigência de que o paciente autorize livre e esclarecidamente a transmissão de suas imagens e dados.


A telerradiologia no Brasil


Atualmente, a telerradiologia está em franco crescimento no Brasil. Seus primeiros passos aconteceram dentro de um contexto mais amplo do uso da internet para oferecer serviços médicos.  


O envio de laudos médicos online começou em meados dos anos 1990, juntamente com a expansão da internet.


Sendo assim, o Brasil acompanhou o movimento mundial no desenvolvimento e disseminação da Telemedicina.


Foi dessa forma que os médicos passaram orientar pacientes pela internet e a gerar laudos à distância.


Ao passo que, com o passar do tempo, a Telemedicina foi ganhando corpo, até que em 2002, tivemos a primeira regulamentação da prática com a Resolução nº 1.643/2002 do CFM.


Em 2005, foram realizados dois eventos fundamentais para a consolidação da Telemedicina e ao mesmo tempo da telerradiologia.


Neste ano, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT) criou a Rede Universitária de Telemedicina (RUTE/RNP).


O objetivo do órgão é implantar uma infraestrutura de interconexão nos hospitais universitários com as unidades de ensino de saúde no Brasil.


Atualmente, a RUTE ainda atua no aprimoramento dos projetos de Telemedicina e no apoio às iniciativas interinstitucionais neste sentido.


No mesmo ano, o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) criou a Comissão de Telerradiologia. 


Definitivamente, a ideia era estimular a tele integração entre instituições e promover as boas práticas e a ética médica nas iniciativas relacionadas à telerradiologia.


A partir de todo esse movimento chegamos às resoluções do CFM sobre a telerradiologia em 2009 e sua atualização em 2014, como vimos no tópico anterior.


Qual é a diferença entre telerradiologia e medicina diagnóstica?


Em síntese, os dois conceitos estão intimamente relacionados. A diferença é que a medicina diagnóstica é um conceito mais amplo que abrange a telerradiologia.


Nesse sentido, a medicina diagnóstica é um conjunto de especialidades voltadas à realização de exames complementares. Eles auxiliam os médicos a determinar as causas de uma enfermidade.


Então, ela tem impacto nas diferentes etapas da cadeia de saúde, isto é:


  • Prevenção;
  • Diagnóstico;
  • Prognóstico; 
  • Acompanhamento terapêutico.


As organizações que compõem este sistema incluem:


  • Os laboratórios de análises clínicas;
  • As clínicas de medicina laboratorial; 
  • Clínicas de radiologia;
  • Clínicas de diagnóstico por imagem em geral.


A integração desses setores juntamente com outras especialidades formam os centros de diagnóstico.


Logo, a telerradiologia é uma parte da medicina diagnóstica, pois ela permite a análise de imagens médicas digitais que as clínicas de radiologia produzem.


Como funciona a telerradiologia?


Antes de mais nada, o processo da telerradiologia é muito semelhante ao que aconteceria numa clínica de radiologia tradicional. Todavia, não é necessário a presença do especialista no local do exame.


Assim, o paciente realiza o exame em um centro de radiologia que envia as imagens a um especialista por meio de uma plataforma de telemedicina.


Vale ressaltar que a solicitação do médico com a anamnese e hipótese de diagnóstico acompanham as imagens do exame.


A plataforma deve estar integrada a um sistema chamado Picture Archiving and Communication System (PACS). Ou, Sistema de  Comunicação e Arquivamento de Imagens, em português.


Este sistema serve para padronizar a comunicação entre os prestadores de serviços de saúde.


Em seguida, o especialista acessa as imagens e os dados clínicos do paciente na plataforma utilizando seu login e senha. 


Então, ele analisa as imagens junto aos outros dados e elabora o seu relatório descrevendo o quadro clínico do paciente.


Por fim, ele realiza a emissão de seu laudo médico que recebe a assinatura digital do especialista por meio da mesma plataforma. 


A conclusão do processo acontece quando o resultado é entregue ao paciente.


Agora que você já sabe como funciona o processo da telerradiologia, descubra a seguir para quais exames você pode utilizá-la!


Quais exames podem ser laudados com a telerradiologia?


Todo exame que não exige a presença de um médico durante sua realização pode ser laudado com a telerradiologia.


Entretanto, outra possibilidade é fazer o exame com o acompanhamento de um responsável médico local, para que então outro especialista possa laudar o exame à distância.


Sendo assim, os exames que podem receber o laudo remotamente são os seguintes:


  • Raio-X;
  • Mamografia;
  • Ressonância magnética;
  • Densitometria óssea;
  • Tomografia computadorizada;
  • Medicina nuclear.


Telerradiologia e laudos digitais são seguros?


Sim. Os sistemas que disponibilizam o serviço de telerradiologia contam com uma infraestrutura tecnológica para garantir a segurança dos dados.


Isso porque, estas plataformas precisam seguir uma série de determinações técnicas tanto para o armazenamento como para o envio dos dados.


As normas para a garantia da segurança dos laudos digitais são bastante rigorosas. 


O Conselho Federal de Medicina (CFM) regula esta questão com o apoio da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS).


Para isso, os dois órgãos editaram o Manual de Certificação de Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde. Este manual apresenta dois níveis de segurança para os softwares médicos. 


No Nível de Garantia de Segurança 1 (NGS1), os requisitos se relacionam ao padrão mínimo necessário para a segurança de informação.


Isto é, ele estabelece os elementos essenciais para que as operações mantenham o sigilo dos dados.


Já o Nível de Garantia de Segurança 2 (NGS2) possui os mesmos requisitos do anterior. 


Em outras palavras, ele acrescenta a necessidade de ter os recursos de Certificação Digital para que o sistema opere sem precisar gerar registros em papel.


As especificações destes requisitos estão agrupadas no manual de acordo com o seu tema. Confira alguns exemplos deles:


  • Identificação do paciente;
  • Privacidade;
  • Documentação clínica;
  • Apoio à decisão clínica;
  • Autorização e controle de acesso;
  • Assinatura digital.


Nível de Garantia de Segurança


A exigência para os softwares de telerradiologia são os requisitos do  Nível de Garantia de Segurança 2 (NGS2).


Além desse aspecto técnico da segurança, vale mencionar que os profissionais que trabalham com a telerradiologia são contratados exclusivamente para essa função.


Sob o mesmo ponto de vista, para isso, eles precisam estar devidamente registrados no CRM e seguir todas as normas que se aplicam a qualquer ato médico.


Logo, a qualidade dos diagnósticos destes profissionais é a mesma daqueles que trabalham presencialmente em uma clínica de diagnóstico por imagem.


Quais são os benefícios da telerradiologia?


A telerradiologia oferece muitos benefícios para a sua clínica. Confira agora os principais deles:


Custos mais baixos


Utilizar os serviços de um especialista terceirizado por meio de um software de telerradiologia sai mais em conta do que contratar um radiologista próprio.


Afinal, você paga por exame e não por carga horária. Sem contar, todas as obrigações trabalhistas.


Além disso, a demanda por exames de imagem é variável. Mas o custo de um profissional em sua clínica é fixo.


Dessa forma, ao usar a telerradiologia, este custo também se torna variável, o que significa uma boa economia no final do ano.


Atendimento rápido


Um problema comum no setor de Saúde são as filas para o atendimento por causa da falta de radiologistas em várias localidades.


Com a telerradiologia, o atendimento é mais rápido, pois as plataformas que oferecem o serviço contam com um time grande de profissionais.


Os especialistas começam a interpretar as imagens assim que elas chegam até o sistema. 


Assim, o médico consegue obter um diagnóstico preciso rapidamente com a liberação do laudo em questão de minutos.


Disponibilidade do serviço


A maioria dos serviços de telerradiologia ficam disponíveis na internet 24 horas por dia, todos os dias da semana.


Como resultado, você não depende do horário de expediente dos profissionais. O que é muito importante para os casos de urgência.


Segurança


Já mencionamos todos os mecanismos de segurança necessários para que este serviço seja oferecido.


Esta também é uma vantagem, pois ao utilizar a telerradiologia você garante todos os benefícios que falamos acima sem que isso signifique comprometer o sigilo dos dados dos seus pacientes.


Como você viu, a telerradiologia te ajuda a melhorar o seu processo de diagnóstico, além de oferecer muitos benefícios para a sua clínica.


Se você pretende começar a utilizar este serviço, você vai precisar de um software de telemedicina para ter acesso aos especialistas.


Neste sentido, o Feegow Clinic pode te ajudar. Isso porque, além de ser um software de gestão de clínicas, ele oferece uma plataforma de Telemedicina! Para saber as vantagens e tirar suas dúvidas, confira os recursos que o Feegow Clinic oferece para o seu negócio!


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Perguntas frequentes:

O que é telerradiologia?

É o ramo da Telemedicina que consiste no envio de informações e imagens radiológicas por meio da internet para a emissão de laudos médicos à distância.

Como funciona a telerradiologia?

O paciente realiza o exame de imagem, que são enviadas junto de suas informações clínicas a um especialista por meio de um software. Ele analisa as imagens e emite o laudo médico pela mesma plataforma.

Quais são os benefícios da telerradiologia?

Os custos são menores; os laudos são entregues com mais agilidade; o serviço fica disponível 24 horas por dia a semana inteira; garantia de segurança.