Você já parou para pensar como os médicos são protagonistas na promoção da saúde do idoso?
De acordo com dados publicados pela Agência Brasil, das 210 milhões de pessoas que formam a população brasileira, 37,7 milhões são da terceira idade. Como você verá adiante, esse número tende a aumentar significativamente nos próximos anos.
Apesar da saúde mais frágil, os idosos podem ter uma rotina plena, digna e com muito bem-estar. Contudo, isso exige que eles recebam cuidados e orientações adequadas.
Nesse sentido, cabe aos profissionais de medicina e de outras áreas assistenciais atuar ao lado das famílias para oferecer todas as condições necessárias em prol de sua qualidade de vida.
Quer saber mais sobre a saúde do idoso, suas particularidades, dados nacionais, cuidados essenciais e seu papel na área? Veja os detalhes mais importantes sobre o assunto a seguir.
Como você já deve saber, toda pessoa com mais de 60 anos de idade é considerada idosa pela legislação brasileira.
Evidentemente, quando tratamos sobre saúde do idoso, nós estamos nos referindo justamente à assistência prestada a esse público específico.
Em qualquer tema relacionado aos cuidados na terceira idade, podemos dizer que as palavras de ordem são bem-estar e qualidade de vida.
Isso porque, o foco não é apenas garantir longevidade. Na verdade, o mais importante é poder aproveitar o passar dos anos em plenas condições físicas e mentais.
Conforme ressaltamos na introdução, pessoas de idade avançada tendem a ter uma saúde mais frágil. Elas estão mais sujeitas a doenças genéticas, crônicas, sequelas por condições vividas na juventude ou simplesmente por desgastes no organismo.
Isso significa que, tão relevante quanto oferecer atendimento médico imediato sempre que um sintoma surgir, é atuar de maneira preventiva, realizando consultas e exames de rotina para detectar e tratar eventuais problemas da maneira mais precoce possível.
Da mesma forma, caso já exista alguma patologia previamente diagnosticada, é indispensável seguir rigorosamente os cuidados e tratamentos estipulados, seja para melhorar as chances de cura ou para garantir uma melhor convivência com certas condições.
Em primeiro lugar, prezar pela saúde do idoso é uma questão humana e social. Estamos tratando sobre uma parcela importante da população, que é portadora de direitos, de necessidades e que merece retribuição pelo legado deixado às novas gerações.
Dito isso, também é importante que a atenção ao tema seja crescente. O motivo é que a expectativa de vida dos brasileiros está aumentando. Com isso, a parcela de idosos deve ser ainda mais significativa nos próximos anos.
Segundo dados do IBGE divulgados pela Agência Brasil, a expectativa de vida ao nascer no Brasil em 2020 atingiu a marca de 76,8 anos. Trata-se de um crescimento de 2 meses e 26 dias em relação ao levantamento do ano anterior.
Quanto mais indivíduos da terceira idade fizerem parte da população, maiores deverão ser os esforços para garantir a saúde do idoso a todos.
Ao mesmo tempo em que a preocupação em garantir assistência é importante, também é fundamental trabalhar para que esse grupo de indivíduos tenha independência em suas vidas.
Isso significa que o tema ainda deve incluir questões de acessibilidade para aqueles com restrições, disfunções orgânicas, doenças crônicas e outros tipos de limitações.
Só assim os idosos podem se manter como parte da comunidade, que por sua vez também é valorizada com esse tipo de cuidado. Afinal, mais que exercer nossa empatia, também não podemos nos esquecer que todos chegaremos à terceira idade um dia.
Como você pôde ver no início deste artigo, o Brasil atualmente possui cerca de 37,7 milhões de idosos. Entretanto, uma publicação do IBGE estipula que a porcentagem de indivíduos da terceira idade deve mais do que dobrar nos próximos anos.
Se pensarmos em um cenário mais próximo, podemos esperar que o país tenha a quinta população mais idosa do planeta em 2030. Nesse mesmo ano, o número de idosos vai ultrapassar o total de crianças de até 14 anos de idade.
Os dados são de uma matéria especial do Jornal da Universidade de São Paulo (USP). Nela, os pesquisadores consultados também revelam que ainda falta sensibilidade administrativa para adaptar os serviços sociais a essa nova realidade.
Nesse sentido, não basta que a população preze pela saúde do idoso em âmbito individual. Também cabe ao Governo estipular políticas para garantir que as instituições estejam prontas para lidar com essa demanda. Isso vai desde a Previdência Social, até a rede de assistência pública.
Até porque, mesmo se todos tivessem as condições financeiras necessárias para cuidar dos idosos de maneira individualizada e privada, essa continuaria sendo uma obrigação inerente ao papel do Estado.
Ao menos é isso o que rege o Estatuto do Idoso, que tem a saúde como um de seus pilares fundamentais. Ele prevê medidas sociais para que o envelhecimento da população brasileira ocorra de maneira positiva e saudável.
Independentemente da situação, toda a comunidade deve refletir e atuar sobre o tema. Isso inclui médicos, profissionais de saúde em geral, população, agentes públicos, entre outros.
Afinal, se pensarmos em um período um pouco maior, a saúde do idoso será uma demanda direta para quase metade dos brasileiros. De acordo com uma pesquisa divulgada pela CNN, 40% da população estará na terceira idade até 2100.
Conforme nós defendemos nos itens anteriores, a saúde do idoso é algo que interessa à população como um todo.
Isso começa pelo fato de que, quando pensamos nos cuidados centrados nesse público, podemos estar nos referindo a nossos familiares, entes queridos e até a nós mesmos no futuro.
Muito além disso, se há a garantia de uma terceira idade que vive mais e de maneira mais plena, também haverá mais pessoas participando da sociedade de maneira ativa.
Ou seja, serão mais indivíduos contribuindo para “girar a roda” social. São agentes que interagem, consomem, viajam e compartilham seus conhecimentos. Ou seja, eles contribuem para o desenvolvimento da população como um todo.
Esses são benefícios diretos da promoção da qualidade de vida. Contudo, também há vantagens se pensarmos na saúde do idoso propriamente dita, dentro da relação entre médico e paciente.
Isso porque, uma pessoa bem assistida é aquela que sofre menos sequelas, que tem menos riscos de agravamentos, que demanda menos internações, que consome menos remédios e que tem mais autonomia no dia a dia.
De maneira geral, esse mesmo perfil de indivíduo garante mais tranquilidade e participação junto à sua família, está apto a construir ou manter seus próprios círculos de relacionamento e até a contribuir com o equilíbrio da economia, mesmo que de maneira indireta.
Em um âmbito geral, os cuidados com a saúde do idoso devem começar já na juventude e se estender ao longo de toda a vida.
Afinal, o organismo na terceira idade nada mais é do que um resultado de tudo o que o indivíduo fez consigo mesmo ao passar dos anos.
Portanto, quanto mais alguém cuida de si, preservando seu corpo e exercitando sua mente, maiores são as suas chances de envelhecer de maneira saudável.
Nesse sentido, não é exagero afirmar que todo o trabalho dos especialistas em saúde do idoso deve começar na conscientização dos jovens.
Praticar exercícios regularmente, prezar por uma alimentação saudável, estudar temas de interesse e manter cuidados médicos de rotina são algumas das ações que devemos prezar por toda a vida.
Já quando abordamos a experiência do paciente da terceira idade em si, a recomendação diz mais respeito à idade ideal para consultar-se com um geriatra. Como você sabe, trata-se do especialista na saúde do idoso.
Nesses casos, o acompanhamento pode começar quando a pessoa atinge os 60 anos, de fato. Contudo, recomenda-se iniciar alguns anos antes para preparar o organismo da melhor maneira possível para as suas mudanças. Normalmente, isso é feito dos 40 aos 50 anos de idade.
Ao final deste artigo, nós vamos abordar mais detalhes sobre a relevância da geriatria para a manutenção de pacientes satisfeitos na melhor idade. Antes, veja quais são os cuidados essenciais para agregar mais bem-estar e saúde nessa fase da vida.
Além do acompanhamento médico, a saúde do idoso também deve partir de uma rotina pautada por hábitos saudáveis. Os principais incluem:
Voltando ao Estatuto do Idoso, vale ressaltar que toda pessoa da terceira idade tem direito a receber atendimento prioritário nos estabelecimentos de assistência à saúde. Não importa se eles forem públicos ou privados.
Por falar nos atendimentos públicos, o Sistema Único de Saúde (SUS) está apto a receber, acompanhar, diagnosticar e tratar idosos em toda a rede nacional do Ministério da Saúde. Basta procurar uma unidade para ser atendido.
Já nos centros privados, a lógica deve ser a mesma do sistema gratuito. Ou seja, mais do que procurar um médico apenas quando sintomas surgirem, é imprescindível ter um especialista de confiança. Ele deve prestar um acompanhamento completo e contínuo.
Os pilares dos serviços voltados à saúde do idoso são voltados à prevenção, à promoção contínua de saúde e à realização de verificações de rotina. Tudo com pleno respeito às particularidades, ao atendimento humanizado e ao próprio sigilo médico inerente ao paciente.
Em todo caso, o geriatra é o profissional mais indicado para cuidar dos indivíduos na terceira idade. Sua especialização envolve justamente os processos naturais de envelhecimento. Isso significa que esse é o médico a para lidar com as demandas dos pacientes idosos.
Como nós ressaltamos anteriormente, as consultas de pediatria não precisam começar necessariamente depois dos 60 anos. Na verdade, recomenda-se iniciá-las o quanto antes, geralmente a partir dos 40 anos de idade.
Quanto mais cedo começar o acompanhamento, melhores serão as medidas de prevenção. Com elas, o controle de possíveis doenças e as ações voltadas à manutenção da qualidade de vida do indivíduo.
O médico geriatra é indispensável para o cuidado da saúde do idoso. Trata-se de uma especialidade que já é relevante, mas que deve ganhar ainda mais protagonismo na medida em que a população da terceira idade avança no país.
Focado nos processos de envelhecimento e nas características próprias do organismo dos idosos, esses profissionais atuam em diferentes frentes para garantir mais bem-estar, segurança e qualidade de vida.
Com foco na promoção de saúde, os geriatras também são especializados na prevenção e no tratamento de doenças próprias do avanço da idade, na promoção de cuidados paliativos, acompanhamento de diferentes condições clínicas, controle de patologias crônicas, etc.
Mais que uma fonte de suporte em termos de assistência, também é papel do profissional de geriatria formar idosos independentes e aptos a exercer seu papel na sociedade, adaptando-os às suas eventuais limitações.
Tenha em mente também que a geriatria não atua sozinha. É fundamental ter uma equipe ampla e multidisciplinar para cuidar do paciente frente às suas diferentes demandas. Isso inclui nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, entre outros profissionais.
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Os cuidados com a saúde do idoso visam garantir qualidade de vida às pessoas da terceira idade, por meio de acompanhamento contínuo, ações preventivas e medidas paliativas.
A saúde do idoso é resultado de todas as ações adotadas ao longo da vida. Quanto mais jovem a pessoa começar a se cuidar, melhor será seu bem-estar ao envelhecer.
O profissional mais apto a cuidar da saúde do idoso é o geriatra. Ele deve atuar ao lado de uma equipe multidisciplinar. É possível encontrá-los na rede privada ou no SUS.