Atualizado em 26/10/2023
A Campanha Outubro Rosa de 2023 traz como tema principal a importância da informação para a prevenção do câncer de mama. O slogan é “Informar para proteger. Cuidar para viver”.
A iniciativa acontece em todo o mundo desde a década de 90 e visa sensibilizar e conscientizar as mulheres sobre a importância dos exames preventivos e do autocuidado.
Essa atenção especial é essencial, uma vez que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o que mais vitimiza pessoas do sexo feminino com mais de 50 anos.
Aqui no Brasil, quem lidera as iniciativas do mês de outubro é o próprio Instituto, cuja principal missão é alertar sobre a pertinência do diagnóstico precoce.
Para isso, o órgão vai ampliar a divulgação de informações sobre a doença e fortalecer as diretrizes para prevenção.
Continue a leitura e veja os principais destaques do Outubro Rosa 2023.
Outubro Rosa é uma campanha de conscientização mundial sobre o câncer de mama. O símbolo utilizado é o laço cor de rosa e representa a luta contra a doença e a importância do diagnóstico precoce.
Contudo, a campanha não se resume apenas a espalhar a cor rosa por locais de grande visibilidade e nas unidades de saúde. Em Outubro, instituições privadas, hospitais e órgãos públicos oferecem exames gratuitos para mulheres e também palestras com informações sobre a doença e mutirões de conscientização.
Junto a isso, a mídia cumpre um importante papel na divulgação de dados relevantes sobre o câncer de mama, para reforçar a mensagem e a importância de adotar cuidados preventivos.
O objetivo final é alertar mais mulheres sobre os sinais da patologia e educá-las sobre a necessidade de realizar autoexames e como elas devem proceder caso necessitem de acompanhamento médico.
Junto aos esforços públicos e midiáticos, as empresas também cumprem um importante papel no Outubro Rosa, uma vez que muitas delas realizam debates e eventos corporativos para disseminar informações junto aos colaboradores de ambos os sexos.
A campanha Outubro Rosa 2023 é a vigésima segunda edição da iniciativa. A primeira ocorreu em 1991, quando foi realizada a Corrida pela Cura de Nova Iorque.
Essa história está ligada à vida de duas irmãs: Nancy Brinker e Susan G. Komen. Susan foi vítima do câncer de mama e, durante sua luta contra a doença, ela conversou diversas vezes com Nancy e apontou a necessidade de ampliar o diálogo e visibilidade sobre a patologia.
Os diálogos entre as duas estão registrados no livro Promise me (Prometa-me). Em uma dessas conversas, Nancy prometeu a Susan que faria algo para mudar essa realidade. Contudo, Susan faleceu em 1980, aos 36 anos, e não pôde acompanhar a empreitada de Nancy, que cumpriu sua promessa.
Dois anos depois da morte de sua irmã, Nancy criou a Fundação Susan G. Komen for the Cure, que atua até hoje promovendo eventos de arrecadação de fundos para pesquisas sobre a cura do câncer de mama.
Em 1991, a Fundação realizou a primeira Corrida pela Cura de Nova Iorque. No evento, laços rosas foram distribuídos aos participantes, e o objeto acabou se tornando um símbolo da campanha.
A campanha criada por Nancy em homenagem à irmã Susan não se resume à distribuição de laços cor-de-rosa e a realização de um evento esportivo.
O principal objetivo é aumentar o conhecimento sobre a doença e buscar visibilidade junto à sociedade para que mais mulheres tenham consciência sobre os riscos do câncer e possam buscar meios de prevenção e cuidados.
O foco principal é o diagnóstico precoce. Isso porque, quando descoberta em seu estágio inicial, as chances de cura são bem maiores.
Portanto, é indispensável que sejam feitas campanhas constantes de conscientização para alertar as mulheres sobre os cuidados com a saúde das mamas e a importância do autoexame, que ajuda — e muito — na detecção da doença em estágio inicial.
Aqui no Brasil, segundo o Inca, cerca de 40% dos casos são descobertos em estágio avançado, o que dificulta muito a recuperação.
Por fim, vale ressaltar que a campanha feita em Outubro não foca apenas no câncer de mama. Outras doenças, como o câncer de colo do útero ou câncer de ovário, também são lembradas ao longo do mês.
Após sua disseminação nos Estados Unidos, o Outubro Rosa foi, aos poucos, se espalhando para outros países.
No Brasil, o movimento acontece desde 2002, quando a cidade de São Paulo iluminou um de seus monumentos com luzes na cor rosa como forma de chamar a atenção dos cidadãos.
Porém, o Inca — Instituto Nacional de Câncer — começou a participar da iniciativa apenas em 2010. Desde então, a entidade promove eventos, debates e palestras sobre o tema, o que fez com que o Instituto assumisse papel de protagonista na condução da campanha em território nacional.
Além do Inca, o Senado Federal transformou a realização do Outubro Rosa em um dispositivo legal.
A Lei 14.335/2022 determina a realização de ações de prevenção, detecção e tratamento dos tipos de câncer que são abordados na campanha.
A legislação prevê a realização de exames citopatológicos em mulheres que já tenham atingido a puberdade e, também, atenção integral às mulheres com estratégia de rastreamento.
Junto ao exame de toque de mama, o rastreamento é uma importante ferramenta para o diagnóstico precoce. Essa garantia traz ainda mais segurança e possibilidade de cura para as mulheres.
Esse tipo de câncer é o que mais atinge mulheres em todo o mundo. No Brasil, ele é o responsável pela maior taxa de mortalidade por câncer entre as mulheres.
Como já dissemos, o diagnóstico precoce é um dos principais recursos preventivos contra a doença, uma vez que 1 em cada 3 casos tem chance de cura, quando descobertos em estágio inicial.
Essa estatística demonstra a extrema importância das ações do Outubro Rosa. Quanto mais cedo se descobre a patologia, mais chances a paciente tem de realizar um tratamento de sucesso.
Para além da prevenção, é importante entender também quais são os fatores que causam o câncer de mama.
Alguns deles, infelizmente, estão fora do controle individual, porém, existem alguns que podem ser evitados como forma de reduzir os riscos. Veja uma lista divulgada pelo Ministério da Saúde.
Em relação ao último item da lista, vale destacar que a realização de exames de imagem é um procedimento considerado seguro. O risco de exposição aos raios ionizantes acontece quando isso ocorre em excesso.
Se o diagnóstico precoce é tão importante, é hora de saber como fazê-lo. A forma mais conhecida é o acompanhamento pessoal, ou seja, o exame de toque que pode ser feito em sua casa.
O procedimento é simples, e requer que a mulher apalpe os seios para identificar alterações, como nódulos ou mudanças na pele dos mamilos. Caso haja detecção de um pequeno caroço no seio ou embaixo do braço, é preciso consultar um profissional de saúde.
Além disso, mulheres com 40 anos ou mais devem fazer acompanhamento constante, indo ao médico, ao menos, uma vez por ano. Após os 50 anos, é indicado a realização de uma mamografia a cada 2 anos.
Se houver predisposição genética ou casos de câncer de mama na família, é indicado que esta visita ao especialista seja feita em intervalos ainda menores.
Com eventos, palestras e dedicação ao assunto, as empresas estão cumprindo seu papel de disseminar informações e reforçar a importância do diagnóstico precoce.
Não. O que pode mudar de uma localidade para outra é o envolvimento de determinadas instituições e órgãos públicos. Mas, no Brasil, o objetivo da campanha é definido pelo INCA, que possui atuação nacional.
O papel da mídia social, assim como da tradicional, é fazer com que a mensagem do Outubro Rosa chegue a mais mulheres. Seja por meio da internet ou com campanhas publicitárias em televisão e rádio.
Sim! Outros tipos de câncer, como o de colo de útero e de ovário, também são citados no mês de Outubro e ganham atenção.