7 dicas para evitar infecções hospitalares
As infecções hospitalares são um desafio preocupante que a área de saúde precisa combater constantemente. Segundo artigo publicado pela Agência Brasil, o simples ato de lavar as mãos já ajuda a evitar doenças infecciosas. No entanto, a existência de bactérias superresistentes torna o cenário ainda mais preocupante para as autoridades sanitárias.
Com o propósito de conscientizar os profissionais criaram o Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares. Sabemos que em meio a tantas informações, dúvidas ainda podem surgir, por exemplo:
- Quais são os principais tipos de infecções que surgem no ambiente hospitalar?
- Quais são as causas?
- Que medidas podem ser utilizadas para preveni-las?
Essas são algumas perguntas que serão respondidas neste artigo, basta continuar a leitura.
Tipos de infecções hospitalares
Em termos técnicos, a infecção hospitalar é chamada de IRAS (Infecção Relacionada à Assistência à Saúde). Na prática, a IRAS representa qualquer tipo de infecção adquirida após a internação do paciente em uma instituição de saúde.
Existem quatro classificações para essas enfermidades que ocorrem no ambiente hospitalar, são elas:
- Endógena: causadas pela proliferação de microorganismos do próprio paciente;
- Exógena: causadas pela proliferação de microorganismos transmitidos pelas mãos dos médicos, enfermeiros, etc.;
- Cruzada: associada ao grande número de pessoas em uma UTI;
- Inter-hospitalar: infecções levadas de um hospital para o outro.
Segundo os dados da Agência Brasil, a taxa dessas infecções corresponde a 14% das internações em todo o país. E entre os que estão mais propensos a contrair estão: recém-nascidos, idosos, diabéticos ou com baixa imunidade.
As infecções mais frequentes
Entre os grupos de infecções hospitalares existem aquelas que se desenvolvem com mais frequência. Confira abaixo quais são:
- Infecções do trato urinário associadas a cateteres (ITU-AC): acontecem quando cateteres urinários são usados por longos períodos, permitindo que bactérias entrem no trato urinário;
- Infecções do trato respiratório associadas à ventilação mecânica: pacientes que precisam de suporte respiratório estão em risco de desenvolver infecções, como pneumonia associada à ventilação;
- Infecções cirúrgicas: acontecem após procedimentos cirúrgicos e afetam a incisão cirúrgica ou os tecidos ao redor;
- Bacteremia e sepse associadas a cateteres intravasculares: cateteres intravenosos podem introduzir bactérias na corrente sanguínea, causando bacteremia e, em casos graves, sepse;
- Infecções do trato gastrointestinal: infecções gastrointestinais devido a bactérias ou vírus, muitas vezes como resultado da exposição a alimentos ou água contaminados;
- Infecções de pele e tecidos moles: incisões, úlceras por pressão e outros ferimentos podem se tornar infectados, especialmente se não forem adequadamente tratados e mantidos limpos;
- Infecções fúngicas: pacientes imunocomprometidos ou que receberam tratamento antibiótico prolongado estão em risco de desenvolver infecções fúngicas, como candidíase;
- Infecções por clostridium difficile: a bactéria pode causar colite associada a antibióticos e é uma causa comum de diarreia hospitalar;
- Infecções virais: influenza, norovírus e infecções respiratórias virais.
- Infecções por superbactéria: bactérias resistentes a múltiplos antibióticos, como a MRSA (Staphylococcus aureus, resistente à meticilina) e a VRE (enterococos, resistentes à vancomicina).
O que causa infecção hospitalar?
A prevenção e o controle de infecções hospitalares são extremamente importantes para garantir a segurança de todos. Uma das estratégias mais eficazes para evitar que essas doenças acometam pacientes e profissionais da saúde, é conhecer as causas e então eliminá-las.
A seguir, apontamos as principais razões para o surgimento das IRAS:
Falta de higiene
A higiene inadequada das mãos e superfícies pode facilitar a propagação de microrganismos. Isso vale tanto para a parte dos profissionais de saúde quanto dos pacientes.
Uso de medicamentos
O uso incorreto ou excessivo de antibióticos aumenta a possibilidade do desenvolvimento de bactérias resistentes a medicamentos. Essas bactérias se tornam mais difíceis de tratar.
Doenças preexistentes
Os pacientes com doenças preexistentes têm mais facilidade de serem acometidos por infecções hospitalares. Entre eles estão os obesos, transplantados, com câncer ou insuficiência renal.
Poucos profissionais atuando
Quando o número de pacientes excede a quantidade de profissionais em atividade, é fácil que as infecções se propaguem. Afinal, apenas uma pessoa cuidando de vários leitos influencia na ineficiência dos protocolos e na má higienização.
Estrutura mal planejada
Outra causa é uma estrutura hospitalar precária. Esse cenário acontece quando, por exemplo, a instituição de saúde não tem um bom sistema de ventilação, abastecimento de água, limpeza dos ambientes e materiais de higiene (como o álcool em gel nos banheiros e corredores).
Quais são as medidas para prevenir a transmissão de infecções?
Existem algumas medidas práticas e básicas para evitar o surgimento e a transmissão das infecções hospitalares entre os pacientes e os profissionais de saúde.
A seguir, elencamos as principais:
1. Higienização das mãos
A lavagem frequente e completa das mãos é uma das medidas mais eficazes para prevenir a disseminação de microrganismos. Essa ação é válida para médicos, enfermeiros, pacientes, visitantes e demais indivíduos presentes em contato com o ambiente.
2. Definição de regras para visitantes
Assim como profissionais da saúde possuem regras e protocolos que devem ser seguidos para a segurança de todos, os visitantes também precisam de orientações adequadas.
É importante incentivá-los a:
- Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar;
- Descartar os tecidos usados para cobrir a boca ou o nariz;
- Identificar e rastrear contatos próximos de pacientes com infecções transmissíveis. Dessa forma, quando esses foram visitar o paciente, a instituição pode tomar os cuidados necessários.
Em alguns casos é aconselhável restringir as visitas para pacientes com doenças infecciosas.
3. Normas de limpeza
As superfícies e equipamentos médicos devem ser regularmente limpos e desinfetados conforme os protocolos específicos vindos das autoridades sanitárias. Para isso, é essencial seguir as normas do Manual de Limpeza, publicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
4. Uso correto de medicamentos
Administração correta de medicamentos, incluindo o uso apropriado de antibióticos e a adesão às prescrições médicas. Essas medidas ajudam a prevenir o desenvolvimento de bactérias resistentes a medicamentos.
5. Resposta ágil em casos de infecção
Isolar pacientes infectados com bactérias resistentes ou altamente contagiosas contribui para evitar a propagação para outros pacientes ou profissionais de saúde.
6. Treinamento contínuo para as equipes
Fornecer treinamento regular e atualizado para as equipes sobre as melhores práticas de prevenção de infecções mantém todos informados e preparados para enfrentar desafios.
7. Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
Todos os profissionais que atuam em unidades de saúde, sejam hospitais, clínicas ou laboratórios, devem utilizar EPIs.
Essa orientação deve ser reforçada quando estes entram em contato com pacientes diagnosticados com infecções transmissíveis ou na realização de procedimentos que envolvam exposição a fluidos corporais.
Entre os equipamentos essenciais estão as luvas, os aventais e as máscaras.
A tecnologia como aliada nos cuidados com a saúde
As ferramentas tecnológicas desenvolvidas para o setor da saúde são verdadeiras aliadas das instituições médicas. Por meio delas, é possível automatizar diversos processos. O resultado é o aumento da segurança, eficiência e qualidade nos cuidados médicos.
Além disso, a utilização de tecnologias ajuda os profissionais a terem mais tempo para se dedicarem aos cuidados com o paciente e ao combate de infecções hospitalares. Entre as vantagens obtidas com as soluções digitais, destacamos:
- Registro Eletrônico de Saúde (EHR): permite o acesso ao histórico dos pacientes de maneira rápida e eficiente. Esse processo, auxilia na tomada de decisões informadas e na coordenação do atendimento;
- Telemedicina: realização de consultas médicas remotas, oferece aos pacientes a oportunidade de se comunicarem com médicos por vídeo ou chamadas telefônicas. Desse modo, eles obtêm aconselhamento, monitoramento de condições crônicas e acompanhamento pós-tratamentos;
- Gestão de medicamentos: os recursos ajudam a rastrear e administrar com precisão os medicamentos, reduzindo erros e melhorando a adesão do paciente;
- Agendamento online: os pacientes podem agendar consultas, acessar resultados de exames e se comunicar com seus médicos por meio de portais online, melhorando o envolvimento e a conveniência.
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Perguntas frequentes:
Quais os grupos de risco para infecções hospitalares?
São os pacientes imunocomprometidos, idosos, recém-nascidos, bebês prematuros, diabéticos e com doenças crônicas.
Que métodos o governo utiliza para conscientizar as pessoas sobre a prevenção de infecções hospitalares?
Os principais métodos são as campanhas de conscientização pública, material educativo, palestras, parcerias com organizações de saúde, divulgação de estudos e implementação de medidas regulatórias.
Qual a diferença entre infecção hospitalar e sepse?
Uma infecção hospitalar é adquirida por um paciente durante sua estadia em um ambiente de saúde, como um hospital ou clínica. Já a sepse é uma reação sistêmica do corpo a uma infecção, que pode ocorrer em qualquer lugar do corpo.