As healthtechs no Brasil estão vivendo uma fase em expansão. Em poucos anos, o segmento cresceu muito tornando o país no maior mercado do segmento na América Latina.
Além de movimentar milhões de reais todos os anos, as empresas dedicadas à tecnologia na Saúde oferecem soluções importantes para o setor.
Por esse motivo, vale a pena acompanhar as tendências desse mercado. Pensando nisso, trouxemos neste texto as principais tendências para as healthtechs em 2022. Continue a leitura para descobrir!
São startups do segmento de saúde que desenvolvem tecnologias para as empresas de saúde.
A palavra é justamente a junção de “health” que é saúde em inglês e “tech” que é uma forma reduzida de se referir a “technology” que significa tecnologia.
As healthtechs são as principais responsáveis por trazer inovações para o setor de saúde. Suas soluções vão desde o desenvolvimento de equipamentos até a oferta de softwares para melhorar os processos de clínicas, consultórios e hospitais.
Ou seja, essas empresas trabalham para resolver problemas antigos e novos na Saúde. Por exemplo, um problema que sempre esteve presente no setor é o tempo que os médicos gastam em atividades administrativas e burocráticas.
Desse modo, muitas healthtechs oferecem sistemas de gestão para agilizar essas atividades e assim economizar o tempo dos profissionais da saúde.
Já para um exemplo de problema recente, podemos mencionar a necessidade de integrar diferentes sistemas de informação clínica.
Por isso existem diversas empresas dedicadas exclusivamente ao acesso e compartilhamento de informações médicas.
Ficou curioso? Então continue a leitura, pois no próximo tópico você vai conhecer os principais campos de atuação das healthtechs!
As primeiras healthtechs brasileiras surgiram nos anos 1990, sendo que até 2010 o número de empresas desse tipo não somavam uma centena.
No entanto, a partir de 2012 houve um crescimento exponencial de healtechs, alcançando 542 healthtechs em atividade no país em 2020.
Mais de 50% dessas empresas foram fundadas entre 2016 e 2020, ou seja, trata-se de um mercado recente, mas em franco crescimento.
De acordo com o levantamento da pesquisa Distrito Healthtech Brasil 2020, essas empresas se distribuem da seguinte forma, de acordo com a categoria de serviço:
Esse mercado continua em expansão, tanto que em 2021 surgiram mais 205 empresas, de modo que hoje já são 747 healthtechs brasileiras.
Boa parte do crescimento no último ano se deve às demandas geradas sobretudo durante a pandemia, como mostraremos no próximo tópico.
O maior impacto da pandemia no crescimento das healthtechs no Brasil aconteceu na categoria de Telemedicina.
Afinal, o setor de Saúde precisou conciliar duas necessidades conflitantes. Isto é, manter o distanciamento social para evitar novas infecções do Novo Coronavírus e ao mesmo tempo continuar oferecendo atendimento médico para outras enfermidades.
Neste sentido, o movimento de ampliação do uso da Telemedicina no país promovido pelo Ministério da Saúde foi fundamental para equilibrar essas duas demandas.
Isso abriu espaço para uma evolução muito rápida das healthtechs dedicadas aos atendimentos à distância.
Junto à Telemedicina, outras soluções ganharam força, tais como a assinatura digital, a prescrição eletrônica e o prontuário eletrônico.
Isso porque, o setor de Saúde precisou avançar no aspecto velocidade. Contudo, sabemos que os sistemas de saúde possuem um elevado grau de burocracia que muitas vezes atrasam os processos.
Assim, o investimento em digitalização e informatização da parte administrativa das empresas de Saúde é a principal estratégia para solucionar esse problema.
Não é por acaso que a categoria que mais cresce entre as healthtechs é a de gestão e prontuário eletrônico.
Confira agora, as principais tendências para healthtechs no Brasil em 2022:
Um dos grandes desafios do setor Saúde é desenvolver a infraestrutura necessária para que os diferentes sistemas de informação em saúde se comuniquem.
Isso é importante para que os pacientes sejam atendidos em qualquer estabelecimento de saúde, seja no setor público, seja no privado, com acesso a todos os seus dados clínicos.
Para que isso seja possível, é necessário o trabalho de empresas que ofereçam soluções em interoperabilidade.
Dessa forma, os pacientes assumem o controle de suas próprias informações em vez de depender de várias instituições onde seus dados ficam descentralizados.
Por isso, uma das principais tendências para healthtechs no Brasil em 2022 são aquelas que estão viabilizando a interoperabilidade.
A preocupação com a segurança dos dados digitais de saúde sempre existiu por conta da exigência do sigilo profissional, conforme as determinações do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Somado a isso, existe a necessidade dos sistemas de informação em saúde se adaptarem às exigências da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Dessa forma, a tendência é que as healthtechs desenvolvam mecanismos mais sofisticados de segurança. Uma das soluções favoritas do setor é a tecnologia de Blockchain.
A tecnologia surgiu no contexto das criptomoedas como forma de autenticação das operações financeiras entre os próprios usuários da rede. Ou seja, sem a necessidade de uma entidade centralizadora.
Não demorou muito para que as healthtechs percebessem o potencial desse mecanismo para preservar a segurança dos dados na saúde, pois o funcionamento da tecnologia aumenta significativamente o controle das informações.
Se você quer mais detalhes sobre o funcionamento do Blockchain na saúde, confira este texto em que explicamos a tecnologia de forma mais detalhada.
Os sistemas de gestão são os protagonistas das inovações das healthtechs no Brasil. Não só pela sua presença no mercado, como pelos benefícios que oferecem para o setor.
Isso porque a informatização da administração de clínicas e consultórios representa um ganho em eficiência e organização.
Os métodos tradicionais de gestão, baseado em planilhas e documentos físicos não são mais capazes de lidar com o volume de informações que um estabelecimento de saúde produz diariamente.
Contudo, o setor ainda está se adaptando a essa transformação digital e muitas empresas de saúde estão em fase de implantação dos softwares de gestão.
Portanto, a tendência é que em 2022 a adesão a esse tipo de tecnologia avance ainda mais.
Outra tendência são os softwares especializados em Telemedicina que foram impulsionados durante a pandemia, mas prometem ficar mesmo depois da crise.
Esse movimento acompanha a evolução da legislação em torno da modalidade que está em debate desde 2002 com a Resolução nº 1.643 do CFM.
Já houve uma tentativa de regulamentar mais detalhadamente a tecnologia em 2018, porém as discussões entre a comunidade médica fizeram o Conselho Federal de Medicina voltar atrás.
No entanto, a ampliação do uso da Telemedicina com a Resolução nº 467 do Ministério da Saúde possibilitou o avanço da tecnologia e forneceu novos subsídios para sua regulamentação.
Dessa forma, já é um consenso entre profissionais e usuários que a Telemedicina veio para ficar. O que a coloca entre as principais tendências das healthtechs para 2022.
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São startups do segmento de saúde que oferecem soluções tecnológicas para empresas de saúde. As soluções vão desde o desenvolvimento de dispositivos médicos até softwares para melhorar os processos de clínicas, consultórios e hospitais.
Até o ano de 2021 foram registradas 747 healthtechs no país, sendo que a maioria delas foram criadas entre 2016 e 2021.
As principais tendências são as tecnologias de interoperabilidade dos sistemas de informação em saúde, o aperfeiçoamento da segurança dos dados clínicos, os sistemas de gestão em saúde e a Telemedicina.