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Governança clínica: como implementar?

Escrito por feegowclinic | 24 Março 2024

Implementar a governança clínica é um cuidado indispensável para o sucesso de todo médico e administrador de um estabelecimento de saúde, afinal, sua implementação potencializa a qualidade dos serviços e promove a satisfação e segurança aos pacientes.

Ela engloba os processos e práticas que visam assegurar a eficiência, responsabilidade, transparência e regularidade do negócio, o que é vital para cumprir seus objetivos e atender às expectativas de todas as partes interessadas, como clientes, colaboradores e proprietários. 

Mas, o que é governança clínica exatamente e como promovê-la de forma bem-sucedida? A seguir, entenda o conceito, seus pilares fundamentais e boas práticas de implementação.

Os 6 pilares da governança clínica

Governança clínica é um conjunto de estratégias e práticas adotadas por instituições de saúde para garantir que o atendimento prestado seja de alta qualidade, seguro e alinhado às necessidades dos pacientes

Trata-se de um processo contínuo de avaliação, planejamento, implementação e monitoramento das práticas clínicas. Isso envolve todos os profissionais de saúde, desde médicos e enfermeiros, até administradores e gestores.

Diante do conceito de governança clínica, sua implementação pode parecer complexa. Contudo, é possível simplificá-la a partir de 6 pilares fundamentais. São eles: 

    1. Auditoria clínica

A auditoria clínica visa avaliar a qualidade dos serviços prestados, analisando os processos do estabelecimento, bem como os resultados obtidos em seus procedimentos e tratamentos.

Ela pode ser feita internamente ou por meio de auditorias externas. Em todo caso, o foco é identificar eventuais falhas e oportunidades de melhorias, implementando ações para aprimorar a excelência dos serviços, minimizar riscos e aumentar a eficiência dos processos. 

    1. Gestão de pessoas

Já a gestão de pessoas prioriza a criação de um ambiente de trabalho saudável e seguro, a fim de melhorar o desempenho, a satisfação e o engajamento da equipe. 

Isso envolve uma série de ações, desde a implementação de protocolos de segurança, até a prevenção de doenças ocupacionais, investimento no desenvolvimento dos colaboradores, medidas para melhorar as condições de trabalho e o clima organizacional, e assim por diante.

    1. Experiência do paciente

Por sua vez, a experiência do paciente demanda uma avaliação contínua da qualidade percebida pelas pessoas atendidas em relação aos serviços prestados pelo estabelecimento. 

Essa análise exige a coleta de diferentes dados ligados à satisfação do paciente, tais como:

    1. Tempo de espera;

    1. Conforto das instalações;

    1. Qualidade do atendimento. 

Essas informações dão base às melhorias em prol de uma melhor experiência para o público.

    1. Efetividade e eficiência

Efetividade significa atender às expectativas dos pacientes com qualidade e de forma eficaz. Eficiência se refere à capacidade de diminuir desperdícios e otimizar os recursos disponíveis.

Ao priorizar esses dois conceitos, a governança clínica permite agregar mais excelência aos serviços oferecidos, ao mesmo tempo em que minimiza custos e impulsiona a competitividade do consultório ou clínica. 

    1. Gestão de riscos

A gestão de riscos visa identificar, avaliar e gerenciar os eventos adversos inerentes aos serviços de saúde e que possam comprometer a segurança do paciente.

Ela envolve o monitoramento de processos, para identificar falhas e saná-las imediatamente, além da adoção de medidas preventivas, como treinamentos, protocolos e tecnologias para reforçar a segurança e a própria credibilidade do estabelecimento. 

    1. Educação e treinamento

O pilar de educação e treinamento é voltado à capacitação da equipe e à atualização constante dos processos e tecnologias utilizadas pelo estabelecimento.

O objetivo da qualificação dos colaboradores na governança clínica é justamente atualizar e melhorar a qualidade dos serviços, além de aprimorar a segurança dos pacientes, incentivar a inovação e aumentar a competitividade da clínica.

Estratégias para uma boa implementação

Como você pôde ver, a implementação da governança clínica requer a adoção de diferentes estratégias. Abaixo, confira alguns passos fundamentais para coordená-las de forma bem-sucedida e ter êxito nesse processo: 

Compreensão da necessidade

O primeiro passo é entender os desafios específicos da sua clínica que a governança clínica pode resolver. Ou seja, os riscos e prioridades do estabelecimento. 

Isso pode incluir a melhoria da segurança do paciente, da efetividade dos tratamentos, redução de custos, aumento na satisfação do público, ganho de segurança, e assim por diante. 

Para isso, faça uma análise interna, identificando os problemas e oportunidades de melhoria. 

Envolvimento da liderança

Você também precisa garantir o apoio e envolvimento ativo da liderança clínica durante a implementação. 

A governança clínica é um processo que envolve toda a organização. Assim, mais que garantir os recursos necessários, a participação dos líderes influencia positivamente toda a equipe na adoção das práticas propostas.

Formação de Comitê de Governança

É importante criar um comitê multidisciplinar para liderar e guiar o processo de implementação da governança clínica. 

Ele deve ser composto por representantes de todas as áreas do estabelecimento, como médicos, enfermeiros, gestores, administrativos, e assim por diante.

O comitê de governança será responsável por definir as estratégias e diretrizes da governança, bem como monitorar o seu progresso.

Definição de metas claras

Estabelecer metas específicas e mensuráveis é fundamental para direcionar os esforços na implementação da governança clínica. 

Essas metas devem ser claras, concisas e alinhadas com os objetivos gerais da organização, proporcionando um foco claro para todos os envolvidos e servindo de critério para avaliar o sucesso e progresso ao longo do tempo.

Utilize indicadores de desempenho

Os indicadores de desempenho permitem monitorar a qualidade dos serviços e identificar áreas de melhoria. Eles também auxiliam na comparação de resultados, na avaliação do impacto dos serviços, entre outros insights importantes.

Escolha os indicadores mais adequados às suas metas e os monitore constantemente, promovendo uma abordagem adaptativa para ajustar processos conforme necessário.

Mapeamento de processos

Por meio do mapeamento de processos, é possível ter mais clareza sobre o fluxo de trabalho da clínica ou consultório, identificando gargalos e ineficiências.

Portanto, ele faz toda a diferença para identificar áreas de melhoria e oportunidades de otimização, favorecendo a adaptação dos processos e uma implementação mais eficiente da governança. 

Seleção de tecnologia adequada

Por fim, escolha um sistema que suporte os objetivos da governança clínica, integrando processos e facilitando o acesso a informações.

A tecnologia tem um papel decisivo em todo o processo, automatizando tarefas, melhorando a comunicação e a colaboração entre as equipes, e fornecendo insights valiosos para a tomada de decisão.

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