18 Janeiro 2022

Quais são os desafios do fast track na Medicina e como funciona?

Você já ouviu falar de fast track na medicina? Trata-se de uma estratégia para melhorar o fluxo de atendimentos no pronto atendimento.


O modelo vem para solucionar o problema com esperas elevadas dos pacientes com problemas não urgentes.


Continue a leitura deste post para entender melhor como funciona este modelo e quais os desafios para sua implementação!


O que é fast track na Medicina?


É um modelo de atendimento que visa diminuir o tempo de espera dos pacientes no pronto socorro.


Fast track significa rastreamento rápido em inglês. Assim, como o próprio nome indica, a estratégia é fazer o processo de triagem de forma mais rápida.


Na prática, o fast track funciona como um setor do pronto atendimento que oferece uma alternativa aos pacientes com problemas menos graves.


Sendo assim, os casos de urgência e emergência não passam por essa triagem, recebendo  atendimento imediato.


Geralmente, as equipes de fast track são compostas por técnicos como enfermeiros práticos licenciados e assistentes, com supervisão de um médico emergencista.


Uma equipe desse tipo pode resolver problemas como:


  • Pequenas lacerações;
  • Membros quebrados;
  • Luxações;
  • Garganta inflamada;
  • Lesões nos olhos.


O fast track é recomendado pelo Institute of Healthcare Improvement (IHI)


Dessa forma, nos Estados Unidos, por exemplo, alguns hospitais recorrem ao fast track nos períodos em que há maior movimento. Principalmente à noite e nos finais de semanas, entretanto o serviço também costuma operar no regime oito horas por dia.


Quais são os desafios do fast track na Medicina?


Os principais desafios do fast track na Medicina estão relacionados aos estágios de implementação do modelo.


Afinal, é preciso promover a reorganização do espaço da instituição para oferecer a infraestrutura necessária para este tipo de atendimento.


Também é fundamental adaptar o fluxo dos atendimentos conforme a prioridade para que seja possível aplicar a logística de monitorização do fast track.


Além disso, há a necessidade de uma equipe de profissionais capacitados com habilidades técnicas e comportamentais para prestar uma assistência coordenada.


Tudo isso depende de um planejamento dos gestores, além da capacidade de análise para monitorar como o serviço será recebido pelos pacientes durante a implementação.


Neste aspecto, o desafio é recolher as informações necessárias para compreender o que está dando certo e o que precisa ser aprimorado.


Em suma, os gestores precisam encontrar o equilíbrio entre a agilidade que o fast track proporciona sem perder de vista a qualidade do atendimento e a satisfação dos pacientes.


Como funciona o fast track na Medicina? 


Ao terminar de preencher a ficha na recepção, o paciente é encaminhado até uma sala de consultório. 


Assim, inicia a primeira etapa do atendimento em que o enfermeiro aplica uma anamnese básica e efetua a aferição da temperatura e pressão arterial.


A partir dessas informações, o profissional avalia qual o tipo de atendimento o paciente precisa.


Quando o enfermeiro conclui esta etapa, o paciente permanece na sala. Pois no modelo de fast track são os profissionais que circulam pelas salas de atendimento.


Logo, o paciente não precisa se deslocar para várias salas de espera. Isto significa, que vários atendimentos ocorrem simultaneamente em diferentes etapas. 


Desse modo, quando o enfermeiro finaliza seu atendimento em uma sala, o médico ou seu assistente,  estará em outra sala terminando de atender o paciente que chegou primeiro.


Por fim, seguindo este fluxo, o médico efetua as condutas necessárias e dá a alta do paciente. Ele também pode solicitar exames ou fazer o encaminhamento a um especialista.


Quais são as vantagens do fast track na Medicina?


O fast track amplia a capacidade de atendimento do pronto socorro atendendo os pacientes menos graves com mais agilidade.


Geralmente, os pacientes com casos mais simples precisam esperar mais tempo por conta da classificação de risco.


Uma pesquisa realizada em um pronto socorro de um hospital na Holanda mostrou uma redução de 69% do tempo médio de espera com a implementação do fast track.


De acordo com a mesma pesquisa, o tempo médio que as pessoas ficam no hospital diminuiu em 13%.


Logo, a estratégia do fast track diminui não só este tempo de espera como o tempo de permanência como um todo. 


Isso porque as etapas de triagem e atendimento ficam mais próximas sem que o paciente precise passar de uma sala a outra.


Neste sentido, outra vantagem é oferecer mais comodidade aos pacientes, em especial para aqueles com dificuldade de locomoção.


Além disso, como o modelo destina-se apenas aos casos não urgentes, a equipe de emergencistas fica com um fluxo de atendimento mais fácil de manejar.


Portanto, o fast track também impacta no atendimento de casos graves, pois possibilita uma resposta mais rápida para situações de emergência.


De modo geral, esta estratégia aumenta a eficiência dos pronto socorros e como consequência a satisfação dos pacientes.


Este tipo de solução mostra o quão importante é o papel da gestão em saúde. 


Afinal, a organização da infraestrutura e o direcionamento de pessoal são fundamentais para garantir o sucesso da estratégia.


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Perguntas frequentes:

O que é fast track na Medicina?

É um modelo de atendimento que visa diminuir o tempo de espera dos pacientes no pronto socorro.

Quais são os desafios do fast track na Medicina?

Adaptar o espaço da instituição para implementar o modelo de atendimento e capacitar a equipe para fazer um atendimento coordenado.

Como funciona o fast track na Medicina?

Vários atendimentos em diferentes etapas ocorrem simultaneamente em várias salas. Enquanto o enfermeiro faz o atendimento inicial de um paciente em uma sala, o médico atende o paciente anterior em outra.