Praticamente todo dentista já teve que lidar com a desistência no tratamento odontológico. Inclusive, o abandono de pacientes no meio da rotina de intervenções é relativamente comum no meio, mas pode gerar uma série de consequências negativas.
Afinal, junto a perda do paciente, muitas vezes há a suspensão do pagamento acordado e descontentamento com os resultados incompletos, que podem prejudicar a reputação da clínica e até mesmo motivar disputas na justiça.
Independentemente dos motivos da desistência, é essencial adotar meios para se resguardar, comprovando as recomendações dadas antes do abandono, que a sua conduta profissional foi correta e todas as condições acordadas de remuneração.
Mas, o que leva um paciente a largar um tratamento antes do recomendado? Como convencê-lo do contrário? Como se resguardar nessas situações? Descubra a seguir!
Diversos motivos podem fazer um paciente optar pela desistência no tratamento odontológico, seja por questões ligadas às finanças pessoais, insatisfações com os serviços ou desconhecimento sobre as consequências do abandono. Entenda:
Todas as pessoas estão sujeitas a imprevistos. Muitos tratamentos exigem pagamentos recorrentes, e às vezes um prejuízo inesperado pelo paciente pode impossibilitá-lo de comparecer nas novas consultas.
Em alguns casos, os clientes comunicam ao dentista que estão insatisfeitos com a demora ou com os resultados atingidos até então.
Se o profissional não esclarecer que essas condições são normais, ou adotar mudanças com base nos feedbacks (se for cabível), as chances de desistência no tratamento odontológico se tornam elevadas.
Por fim, existem pessoas que não têm dificuldades financeiras e nem grandes insatisfações, mas simplesmente deixam de considerar o comparecimento regular ao dentista como uma prioridade.
Muitas vezes, isso é resultado de uma falha do próprio profissional, que não esclarece que as consultas regulares são cruciais para o sucesso de determinado tratamento.
Quando você não comunica com clareza a importância da assiduidade, não só aumenta os riscos de perder pacientes recorrentes, como aumenta as chances de eles não entenderem parte de sua responsabilidade em caso de insucesso no tratamento.
O ideal é que você converse com o paciente para entender sua situação e como as duas partes podem agir para evitar a desistência no tratamento odontológico.
Por exemplo, se o impedimento for financeiro, pode ser válido propor novas condições de pagamento, ampliando prazos ou propondo descontos por assiduidade. Aqui, é importante oferecer apenas alternativas que caibam no orçamento da clínica.
Já se você ouvir queixas, procure entender o que a pessoa esperava dos serviços e em quais pontos ele deixou a desejar.
Assim, se a insatisfação for por demora, por exemplo, você pode explicar que isso é normal e quais os benefícios da espera nos resultados. Da mesma forma, se as reclamações forem dos resultados momentâneos, você pode explicar melhor a evolução do tratamento.
Na maioria das vezes, basta resolver simples mal entendidos. Além disso, se for uma crítica válida sobre um ponto de melhoria no seu atendimento, procure recebê-la bem e esclarecer ao paciente que você irá aprimorar o aspecto em questão.
Por fim, para evitar a falta de clareza sobre os riscos da desistência no tratamento odontológico, sempre explique minuciosamente como cada procedimento será feito, a importância da recorrência das consultas e o tempo de evolução dos resultados.
Até porque, o paciente deve saber que, se abandonar os atendimentos, irá perder o progresso já feito e poderá ter maiores chances de apresentar problemas bucais. Isso sem falar que, caso queira retornar, provavelmente terá que realizar novos exames e gastar mais.
Mesmo que você adote todas as práticas que citamos logo acima, é impossível evitar que um paciente mesmo assim acabe optando pela desistência no tratamento odontológico. Por isso, é muito importante atuar de maneira preventiva.
Logo no início, inclua no contrato de prestação de serviços que é dever do paciente seguir as orientações do cirurgião-dentista até a conclusão do tratamento e uma cláusula para detalhar o pagamento em caso de abandono.
Também informe no contrato a integração do plano de tratamento, que deve detalhar quanto cada procedimento custa individualmente e os descontos aplicados.
Entre as informações essenciais de atendimento acordadas pelo paciente no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, é importante que também constem os riscos e consequências da falta de assiduidade no tratamento.
Deixe tudo sempre registrado no prontuário odontológico, caso precise comprovar que suas condutas foram corretas antes de um eventual abandono. Por falar em comprovação, também é válido elaborar um Termo de Desistência de Tratamento Odontológico.
Mesmo que as previsões contratuais mencionadas logo acima sejam importantes, vale a pena reforçar ainda mais a segurança delas com um Termo de Desistência de Tratamento Odontológico com Devolução de Honorários.
Basicamente, ele é um documento assinado pelo paciente desistente que atesta que ele estava ciente dos riscos e das consequências de largar o tratamento pela metade.
Assim, caso alguém alegue problemas bucais após o abandono, queira difamar sua clínica, deixar de pagar as consultas devidas ou mesmo ingressar com um processo judicial, você terá mais um instrumento para provar que sua conduta esteve sempre correta.
Agora que já sabe como se resguardar em caso de desistência no tratamento odontológico, que tal otimizar os processos da sua clínica, melhorar a qualidade dos seus serviços e, assim, incentivar ainda mais a assiduidade dos pacientes? Clique aqui e descubra como o software clínico líder em recursos pode te ajudar!
As pessoas costumam abandonar tratamentos por problemas financeiros, insatisfações ou falta de clareza das consequências da desistência. Contudo, vale acompanhar os feedbacks dos pacientes e fazer pesquisas de satisfação para entender a realidade específica da sua clínica.
Tenha uma comunicação clara e empática, crie planos de tratamento personalizados, ofereça opções de pagamento flexíveis, explique a importância do tratamento continuado e utilize lembretes regulares de consultas para manter os pacientes engajados.
Uma comunicação eficaz e um acompanhamento atencioso pós-tratamento são essenciais para minimizar a desistência. Isso ajuda a esclarecer dúvidas, ajustar expectativas, reforçar a importância do cuidado contínuo e demonstrar compromisso com o bem-estar do paciente.