Para colocar em prática essa estratégia de atendimento e obter sucesso, o paciente deve estar no centro de tudo. Veja as principais dúvidas que envolvem o cuidado centrado no paciente.
Resultados clínicos surpreendentes, envolvimento nas decisões sobre serviços de saúde e tratamentos mais eficazes e focado nas necessidades do paciente são algumas das vantagens em proporcionar uma melhor experiência aos seus pacientes.
Apesar de o termo “patient centricity”, ou cuidado centrado no paciente, estar em alta no momento, muitas dúvidas sobre o que ele realmente significa podem surgir.
Nesse sentido, para alguns ainda falta entender que o paciente também é um cliente. E o comportamento de clientes, de forma geral, é ativo. Ou seja, eles gostam de ter voz. Com pacientes, acontece o mesmo, eles querem ter voz e participar ativamente do seu processo de cura.
Em síntese, médico e paciente precisam trabalhar em conjunto para construir um tratamento que se adeque às necessidades individuais de cada pessoa.
Por isso, o cuidado centrado no paciente atende muito bem a essas novas exigências de humanização da medicina.
Para te ajudar a buscar as melhores práticas de cuidado centrado no paciente, aqui vamos te mostrar:
Confira!
Acima de tudo, ter um cuidado centrado no paciente pode parecer óbvio, já que ele é o fator principal de um tratamento médico.
Mas, nessa modalidade em especial tudo vai além, ela engaja o paciente e sua família durante todo o processo de tratamento, reconhecendo as necessidades individuais da pessoa e as colocando em primeiro lugar.
Entretanto, o que isso quer dizer na prática?
Esse tipo de cuidado individualizado integra e humaniza o atendimento médico. Essa nova abordagem pode ser aplicada em pacientes de todas as idades, dos recém-nascidos até os idosos.
Não se trata apenas de entender somente a doença em si, mas também a vida emocional do paciente e tudo o que isso engloba.
Como já foi dito nesse texto, muitas pessoas desejam ter um papel ativo no cuidado da própria saúde e qualidade de vida.
Dessa forma, colocar o paciente no centro de sua saúde pode parecer automático, mas sabemos que não funciona bem assim na prática.
Nas palavras de Laura Mosqueda, professora de Medicina da Família na Keck School of Medicine, na Universidade do Sul da Califórnia, “Por muito tempo, nosso sistema médico se concentrou no tratamento de doenças ao invés de focar no cuidado de uma pessoa com doenças.”
Essa fala de Mosqueda traz à tona um questionamento que permeia o objetivo do cuidado centrado no paciente: por que não apoiar essas pessoas para que, a longo prazo, possam administrar a sua própria saúde, sem sair de casa?
Além da relevância de garantir humanização ao tratamento, aderir a essa modalidade também é importante para os custos com saúde.
Assim, quando colocamos as pessoas em primeiro lugar, investindo em comunicação e prevenção, esses custos diminuem.
Logo, essa realidade já pode ser vista na Europa. O People Powered Health Program, por exemplo, prevê uma economia de 5 bilhões de euros/ano com essa nova abordagem.
A Health Foundation definiu um referencial composto de quatro princípios que definem o cuidado centrado na pessoa.
Repare, então, que os quatro princípios do cuidado centrado na pessoa passam a ser:
Fonte: https://proqualis.net/sites/proqualis.net/files/Simplificando-o-cuidado.pdf
Longe de ser uma relação em que o profissional de saúde é o especialista e o paciente apenas segue suas ordens, o relacionamento médico-paciente deve ser de parceria.
Trabalhando juntos, médico e paciente alcançam objetivos em conjunto para entender o que é importante para o indivíduo atingir seus objetivos, com todo o suporte emocional necessário.
Com a pandemia do Novo Coronavírus, a população precisou lidar com o medo e a ansiedade constantemente.
Estes sentimentos se intensificam quando a pessoa precisa de atendimento médico, tanto nos casos de suspeita de infecção como por outros sintomas.
Desse modo, os pacientes encontram-se particularmente fragilizados neste período de crise.
Inclusive, muitas pessoas deixam de buscar atendimento médico ou adiam ao máximo suas consultas para evitar a visita à uma unidade de saúde.
O que gerou diversas situações de agravo à saúde por que a consulta foi realizada muito tarde.
Neste contexto, a necessidade do cuidado centrado no paciente tornou-se ainda maior. Isso porque, as pessoas precisam de muito suporte emocional para lidar com esta situação tão adversa.
Adicione a isso as medidas de distanciamento social que limitam a presença da família durante os atendimentos. Ou seja, uma parte muito importante desse suporte ficou comprometida.
Portanto, cabe aos profissionais da Saúde oferecer um tipo de atenção que atenue tanto o sofrimento físico quanto o emocional dos pacientes.
Ao mesmo tempo, existe o desafio dos próprios médicos e enfermeiros em manter-se em condições de oferecer este suporte.
Considerando, além disso, a rotina estressante e o contato diário com situações difíceis de lidar.
Por isso, é importante que os próprios profissionais observem muito bem as práticas de autocuidado durante este período.
Logo, mesmo com os desafios que a pandemia coloca para os profissionais, a sua adesão é a melhor abordagem para as duas partes da relação do atendimento.
Antes de mais nada, para adaptar-se a essa nova forma de trabalho, você precisa estar aberto às novas abordagens.
Veja alguns exemplos de acordo com o Guia Rápido “Simplificando o cuidado centrado na pessoa” — do Instituto Proqualis — para se inspirar e começar a focar as suas estratégias em saúde no seu paciente!
Entender que o paciente é um ser único é um grande passo a ser dado. Pensando por essa óptica, as preferências do paciente.
Então, são escolhas que a pessoa faz ao se deparar com decisões relacionadas a sua saúde e tratamento, com base em suas vivências, crenças e valores.
Por isso, vale lembrar que:
Como você pode perceber, esse é um dos pilares que oferecem apoio ao paciente. Você vai precisar planejar, e muito, mas sempre colaborando com o seu paciente.
Esse processo envolve, por exemplo:
Mais um ponto interessante é estreitar a relação entre profissionais de saúde, família e paciente.
Assim, valorize as melhores formas de lidar com o emocional do paciente e seus familiares.
Pensando em pacientes que requerem assistência médica por muitos anos, o conhecimento da sua condição é fundamental para que o tratamento não seja prejudicado.
Com isso, não se esqueça de que:
Para que os tratamentos sejam bem sucedidos, é fundamental que os pacientes participem ativamente de seu processo de cura.
Por isso, uma das práticas do cuidado centrado no paciente é estimular o engajamento do paciente.
Desse modo, você cria uma relação de parceria com o paciente e ele se torna consciente de sua responsabilidade enquanto parte do processo de cura.
A ativação do paciente se refere aos conhecimentos, e habilidades necessárias para que o paciente faça a gestão de sua própria saúde.
Este elemento é particularmente importante para pacientes crônicos como os portadores de diabetes ou aqueles com um tratamento mais prolongado.
Nestes casos, a educação deve ser mais aprofundada para que o paciente desenvolva as habilidades para fazer a autogestão de sua saúde.
Quando uma pessoa tem acesso à informação de qualidade, ela pode escolher o tratamento adequado que seja mais barato e menos invasivo.
Por isso, o Institute of Medicine elaborou 8 princípios básicos para esta prática:
Em primeiro lugar, sabendo que cada paciente é único, você deve traçar um plano que supre as necessidades individuais de cada pessoa.
Este princípio é importante para reduzir o sentimento de vulnerabilidade do paciente.
A educação e o apoio são fundamentais para ajudar os pacientes na tomada de decisões sobre os seus próprios cuidados.
Com o objetivo de melhorar a experiência do paciente, não se esqueça desse princípio!
Para dar autonomia e protagonismo ao seu paciente!
Eles são peça-chave nesse processo!
Você deve oferecer condições favoráveis aos seus pacientes para dar continuidade ao processo de cura.
O fácil acesso ao cuidado faz com que o paciente possa acessá-lo quando precisar.
Quando o cuidado não é centrado no paciente, o médico não consegue aproveitar o potencial da consulta para obter informações relevantes.
Assim, o processo de diagnóstico fica com algumas lacunas que precisam ser preenchidas por exames.
Mesmo com esses exames, o profissional pode ser levado a um diagnóstico impreciso e acabar prescrevendo medicamentos sem o efeito esperado contra a enfermidade do paciente.
Com um atendimento centrado no paciente, o médico teria as informações necessárias para pedir os exames certos e assim receitar o tratamento mais eficaz.
Outro ponto negativo de não ter o cuidado centrado no paciente é o seu baixo engajamento.
Ou seja, o paciente não recebe as informações necessárias para cuidar de sua própria saúde.
Não se cria uma relação de parceria entre médico e paciente tão necessário para que o paciente se comprometa com as recomendações do profissional.
Como resultado do item anterior, a taxa de abandono de tratamento aumenta. Isto é, o paciente não entende exatamente a necessidade de continuar o tratamento até o fim.
Dessa forma, assim que ele sente alguma melhora, ele para de tomar as medicações que o médico receitou.
Isto significa um risco muito grande para a sua saúde, uma vez que sem completar o tratamento a doença pode retornar. Muitas vezes, ela até mesmo se agrava, dificultando o processo de cura da pessoa.
O cuidado centrado no paciente promove o seu empoderamento. Isto acontece por causa da comunicação com o médico e sua disponibilidade para explicar os detalhes do tratamento.
Este aspecto é importante porque o médico é uma figura de autoridade nos assuntos de Saúde.
Desse modo, dependendo da postura do profissional, o paciente acaba aceitando a decisão do médico sem participar desse processo.
Com o cuidado centrado no paciente, ele participa ativamente da tomada de decisões.
Pois o profissional oferece os subsídios necessários para que ele compreenda sua condição e o que esperar de cada opção de tratamento.
Com esta abordagem, o paciente se sente à vontade para falar mais durante a consulta.
Assim, o médico obtém mais informações para elaborar hipóteses de diagnóstico mais assertivas.
Este espaço para uma fala franca do paciente só é possível graças à escuta empática do atendimento centrado no paciente.
É natural que a satisfação do paciente aumente com este tipo de atendimento. Isso porque, a qualidade dos serviços médicos é maior, como vimos anteriormente.
Outro aspecto importante para a satisfação é que trata-se de um atendimento personalizado.
Ou seja, o paciente sente que está sendo atendido enquanto uma pessoa com todas as suas individualidades.
Em outras palavras, o que não acontece quando apenas a sua parte biológica é considerada durante as consultas.
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Sobretudo, um dos temas abordados no curso são ferramentas e estratégias para engajamento do Corpo Clínico junto às estratégias de Experiência do Paciente.
Apresentamos aqui diversos caminhos para começar a implantar as práticas dessa estratégia.
Para tornar esse processo mais fluido, você pode utilizar a tecnologia. Com ela, você ganha eficiência e tempo ao automatizar processos.
Assim você pode dedicar mais tempo e atenção no atendimento de seus pacientes.
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O cuidado centrado no paciente é uma abordagem de cuidado que coloca o indivíduo e sua família no centro de todas as decisões de cuidados em saúde. Provendo a educação e o apoio para que os pacientes tomem decisões e participem dos seus próprios cuidados.
O primeiro passo é apoiar e incentivar o paciente a tomar decisões corretas sobre a sua saúde. Além de envolver familiares e amigos, já que eles têm papel fundamental na saúde do paciente.
Quando uma pessoa tem acesso à informação de qualidade, ela pode escolher o tratamento adequado que seja mais barato e menos invasivo. Portanto, sim! Você vai reduzir custos com o cuidado centrado no paciente.