Vale a pena trabalhar para convênio médico? Entenda as vantagens!
Ao estruturar o modelo de negócio do seu consultório médico, existem duas opções para gerar receita: as consultas particulares e as custeadas pelo convênio médico.
Muitos profissionais da saúde optam pelo cadastramento em convênio como forma de garantir uma receita recorrente e para ampliar o escopo de clientes atendidos.
Já outros preferem reduzir sua carga horária e atuar como médico particular, ou seja, sem vínculo com convênios.
Essa decisão precisa ser tomada com bastante cautela, pois impacta diretamente o faturamento e também sua agenda.
Por isso, se você é médico ou gestor de uma clínica e ainda não tomou a decisão sobre o modelo de negócio ideal, nós estamos aqui para te ajudar.
Confira a seguir as principais informações sobre convênio médico e tome a sua decisão com base em conhecimentos, levando em consideração os prós e contras.
Boa leitura.
Trabalhar com convênio médico: vale a pena?
O ponto de partida para tomar essa decisão é o seu objetivo de negócio. Isso ocorre porque existem duas realidades distintas entre os médicos que atendem via plano de saúde e aqueles que optam pelas consultas particulares.
O primeiro ponto é relacionado com a receita. O médico particular cobra mais caro em suas consultas e, portanto, precisa de menos horas de trabalho para gerar o mesmo faturamento que um médico conveniado.
A razão é o valor da consulta. Os planos pagam valores mais baixos, enquanto a venda direta ao consumidor (neste caso, o paciente) gera mais valor agregado.
Contudo, os planos pagam menos pois trabalham com a seguinte lógica: eles “emprestam” sua autoridade de mercado aos médicos e, com isso, conseguem auxiliar a clínica a ter mais pacientes.
Esse suporte é algo que o médico particular tem que fazer por conta própria, investindo em marketing, criando sua autoridade e contando com o famoso “boca a boca”.
Portanto, para decidir se vale a pena ou não, é preciso levar em consideração alguns fatores.
Por exemplo, se você está em início de carreira, o convênio pode auxiliar na construção da sua base de clientes, algo que é indispensável para entrar no mercado e ter resultados.
Segundo um estudo da USP, até 2024 mais de 32 mil novos médicos vão entrar no mercado de saúde, portanto, é preciso pensar que existe uma concorrência e que não vai ser fácil gerar autoridade por conta própria em um ambiente tão disputado.
Contudo, se você já tem autoridade perante o público-alvo e sente que é o momento de valorizar sua hora de trabalho, a escolha pelas consultas particulares se apresenta como uma boa possibilidade.
Também é válido destacar que nada lhe impede de adotar um modelo híbrido, ou seja, mesclar sua agenda entre atendimentos particulares e via convênio.
Por fim, para tirar um veredito se vale a pena ou não trabalhar com convênio médico, não deixe de analisar os seguintes fatores:
- Valor da hora trabalhada paga pelo convênio;
- A presença de regras no contrato que delimitam um número mínimo de atendimentos;
- A possibilidade de atender mais de um convênio médico;
- O tipo de convênio médico.
Para entender este último ponto, continue a leitura e confira quais são os tipos de convênio presentes no mercado nacional.
Tipos de convênio médico
Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar, existem 3 modalidades de planos de saúde. São eles:
- Pessoa física/familiar: permite contratação por qualquer pessoa física, com direito à inclusão de dependentes;
- Coletivos: são planos contratados por uma entidade que representa um grupo de pessoas, como por exemplo, sindicatos, cooperativas de produtores rurais etc;
- Empresariais: semelhantes aos planos coletivos, porém, quem faz a contratação é uma empresa, que fornece o serviço para seus colaboradores. Atualmente, esta modalidade concentra o maior número de usuários.
Esses planos variam de cobertura, especialmente quando se trata de serviços hospitalares, porém, a grande maioria deles contam com uma rede de atendimento composta por médicos e outros profissionais de saúde.
Eles fazem atendimentos em suas clínicas e recebem os valores mensalmente por meio das operadoras (como Unimed, Golden Cross e SulAmérica)
Essa divisão é feita para que os associados tenham a chamada “unidade conveniada” em suas clínicas. Ou seja, a operadora ao invés de possuir sua própria unidade de atendimento, credencia profissionais de saúde para que ofereçam planos específicos em seus consultórios.
Independentemente do formato de contratação do plano, eles são semelhantes no seu modelo de relacionamento e custeio de consultas, por isso, vamos apresentar abaixo as principais vantagens e desvantagens de trabalhar com convênio.
Quais são as vantagens?
Se você é médico ou administrador de uma clínica e não sabe se vale a pena ou não trabalhar com planos, veja a seguir pontos positivos e negativos, anote e reflita sobre cada um antes de tomar a decisão mais adequada para seu consultório:
Abrangência de mercado
Segundo a ANS, há 8 anos o setor de convênio médico cresce constantemente. Somente em 2021, foram registrados 1.351.104 novos beneficiários.
Isso significa que o mercado de saúde suplementar está aquecido e deve se manter constante, uma vez que ainda existem muitos desafios na saúde pública.
De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar, em 2022 o Brasil ultrapassou a marca de 49 milhões de pessoas com plano de saúde.
Constância no fluxo de caixa e receita recorrente
Como existem muitas pessoas conveniadas no Brasil, é comum que os médicos conveniados não sofram com escassez de atendimento, muito pelo contrário, alguns deles conseguem lotar suas agendas com o auxílio do convênio.
Isso faz com que o fluxo de entradas seja constante, ampliando a receita recorrente. Contudo, para atender bem o público é indispensável que a clínica se organize para executar os atendimentos e para manter as informações de clientes em dia, seja na hora de prestar ao plano ou criar uma base de dados sobre os atendimentos.
Quando se tem muitas consultas e uma agenda lotada, o fluxo de caixa se torna maior. E o benefício é que será a operadora que fará a cobrança dos pagamentos. Ou seja, o seu dever será apenas fazer corretamente o cadastro do atendimento, para evitar as glosas.
Inclusive, para facilitar a padronização do preenchimento dos dados referentes às consultas, é recomendado a utilização de um software médico. Ele ajudará a automatizar essa etapa, para que assim o seu fluxo de caixa se mantenha organizado.
Mais visibilidade
Sem dúvidas você gostaria de ganhar mais visibilidade no mercado, não é mesmo? E com um convênio médico isso é possível! Isso porque a sua clínica estará vinculada no sistema da operadora de assistência médica suplementar.
Com isso, toda pessoa que fizer uma busca por atendimento na região que aceite o seu plano, poderá encontrar o seu consultório. É uma forma garantida de atrair pacientes novos até você!
Quais as desvantagens?
Nem tudo são flores quando o assunto são os planos de saúde. Existem pontos que não podem ficar de fora do seu radar antes de tomar a decisão sobre o atendimento conveniado. Alguns deles são:
Remuneração por consulta médica
O principal motivo que faz muitos médicos não aderirem aos planos de saúde é a baixa remuneração por consulta. Muitas operadoras possuem taxas elevadas, o que reduz o valor repassado ao profissional.
Essa cobrança é estabelecida pela Taxa de Saúde Suplementar, instituída pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Aumento da carga de trabalho
Com a alta procura dos pacientes, se você não estiver com uma equipe ou médicos auxiliares para lhe ajudar, é possível que sua carga de atendimento seja excessiva. Isso pode resultar em uma jornada de trabalho exaustiva, afetando inclusive sua saúde física e mental.
Por isso, é importante avaliar se o seu consultório possui profissionais suficientes que suportem o aumento dos atendimentos após a implementação dos convênios médicos.
Necessidade de se atentar à burocracia
Por último, ainda há muita burocracia em volta dos processos do convênio de saúde. Isso porque, diversas vezes são solicitados muitos dados, laudos médicos e uma perícia minuciosa para fazer o acompanhamento do paciente.
Todavia, os desafios provenientes de se trabalhar com convênio médico podem ser evitados com uma boa gestão clínica. Portanto, é necessário utilizar de ferramentas para que esses fatores não sejam um empecilho para a sua tomada de decisão.
A importância de uma boa gestão para trabalhar com convênio médico
A gestão de uma clínica médica é um fator essencial para o bom andamento das operações, principalmente ligadas ao financeiro. Isso porque, para você receber o faturamento correto dos seus serviços prestados, é necessário seguir a guia TISS.
Ela é uma ferramenta criada pela ANS para padronizar os códigos dos procedimentos presentes nos convênios médicos. Caso alguma consulta sua for descrita com a informação errada, isso poderá gerar a tão temida glosa.
Porém, tudo isso pode ser evitado com um software de clínicas que possui recursos que promovem uma gestão completa e automatizada. E, a tecnologia nesse momento se torna ainda mais essencial para os médicos que estão começando seus consultórios independentes. Se esse é o seu caso, confira o Passo a Passo de Gestão para Médicos que desejam abrir uma clínica. Clique aqui para acessar nosso ebook gratuito e aprender a se destacar no mercado!
Perguntas frequentes:
Por que trabalhar com convênio médico?
O convênio médico pode ser vantajoso para as clínicas que pretendem atrair mais pacientes, principalmente no início da sua gestão.
Quais são os tipos de convênio existentes?
Existem planos de saúde individuais, familiares, coletivos e empresariais que atendem às diferentes necessidades dos pacientes e das clínicas.
Quais os benefícios de se trabalhar com convênio médico?
O convênio de saúde é uma forma de aumentar seus atendimentos, elevar seu fluxo de caixa e ganhar visibilidade de maneira orgânica.