A jornada de trabalho dos médicos e dos demais colaboradores de clínicas e hospitais costuma ser variada. Sendo assim, o administrador precisa saber como fazer o controle de ponto de funcionários, para evitar complicações legais e insatisfações por parte desses profissionais.
É imprescindível conhecer as leis trabalhistas e implementar um sistema eficiente para monitorar as horas trabalhadas. Dessa forma, você terá uma visão macro sobre a produtividade.
O gerenciamento assertivo da carga horária também é importante para a motivação da equipe, pois também ajuda a manter a qualidade de vida dos profissionais. Como resultado, o trabalho ganha mais qualidade.
Neste conteúdo, entenda o que é, como funciona e de que forma realizar a gestão de horas no seu consultório. Confira dicas interessantes. Boa leitura!
O controle de ponto é a maneira mais assertiva para registrar as entradas, pausas e saídas dos funcionários. Este processo é essencial para gerenciar as escalas, fazendo com que não haja excesso de carga horária e nem excedente de hora extra.
Através desse registro o gestor realiza o cálculo do salário corretamente, evita problemas judiciais decorrentes da má gestão de jornada e os todos os profissionais da clínica recebem o que lhes é de direito.
Gerenciar a escala dos funcionários garante a carga adequada e assegura o bem-estar de todos os colaboradores.
A jornada de trabalho dos médicos costuma ser bem diversificada e no mercado é comum encontrarmos:
Nos turnos de 8h e 6h diárias, as horas extras podem ser concedidas, mas com acréscimos diferentes. Segundo o art. 59 da CLT, no caso das jornadas realizadas de segunda a sexta, o valor da hora extra será de 50%. Já para fim de semana e feriado, é necessário pagar o dobro. E para o trabalho noturno (entre 22h e 5h), o adicional será de 70%.
O médico pode atuar em locais diferentes desde que o controle do ponto seja integrado. Isso significa que o profissional deve comunicar, com antecedência, a sua disponibilidade às clínicas ou hospitais. O objetivo é evitar choques de horário e jornadas excessivas.
Segundo o Superior Tribunal de Justiça (STJ), a jornada de trabalho do médico deve ser de no máximo, 60 horas semanais (incluindo horas extras). Além disso, este profissional não pode trabalhar mais de 24 horas seguidas.
Caso o plantão seja no mesmo horário de outro serviço realizado em local diferente, o profissional deve indicar com antecedência sua indisponibilidade. Conforme o art. 9 do Código de Ética de Medicina, o plantão é uma obrigatoriedade e cabe ao médico informar um substituto para preencher o horário em caso de falta.
Vale lembrar que esse aviso deve ser feito via documento redigido ao chefe ou diretor do serviço e entregue até 72 horas antes do plantão.
Existem regras da legislação trabalhista que impedem profissionais da saúde de trabalhar além do acordado em regime. Todavia, é sabido que há situações de emergência sem um substituto disponível para realizar o serviço.
Nestes casos, é aplicada a regra de horas extras para o plantonista, e se houver excedente de 12 horas ininterruptas de trabalho, o descanso proporcional também deverá ser concedido.
Ou seja, digamos que o médico possui uma jornada de 44h semanais. Mas, em uma situação de urgência, precisou trabalhar 8 horas extras, totalizando uma prestação de serviço de 16h seguidas. Neste caso, ele deverá receber pela hora extra, adicional noturno e ainda folgar o dia seguinte por 24 horas.
Veja agora o que é preciso para controlar o ponto dos funcionários de maneira mais eficiente. Confira as principais atividades:
Para evitar horas extras com sobrecargas ou até mesmo choque de horários, o ideal é conseguir fazer uma boa gestão de tarefas. Existem no mercado alguns softwares de inteligência artificial que realizam a alocação de funcionários de forma automatizada.
Assim, gerenciar os turnos também fica mais fácil, pois o sistema levará em consideração a disponibilidade dos médicos e suas funções. Dessa forma, não haverá dois cardiologistas de plantão sem necessidade, por exemplo.
A automatização é um dos recursos essenciais para o controle de ponto, pois evita que cargas horárias sejam cadastradas ao mesmo tempo e ocorra o choque de horários.
Ou seja, quando o paciente vai marcar sua consulta, terá a garantia de que o horário escolhido está disponível, já que a agenda do médico estará integrada ao sistema.
Assim, o fluxo de gestão da clínica se torna mais eficiente e assertivo. Até porque, há muitos dados médicos nessas operações, que podem ser complicados de atualizar ou modificar. Portanto, é essencial ter uma automatização do sistema.
Montar os turnos e escalas customizáveis manualmente pode levar bastante tempo, mas é um processo necessário. No entanto, contar com a tecnologia para adicionar jornada diferentes para cada colaborador ou equipe torna a gestão mais simplificada.
Um software médico afasta todas as complicações com excesso ou compensação de horas para igualar a carga horária semanal.
Outro fator importante para se considerar é o formato de registro do ponto. Existem alguns tipos no mercado e os mais antigos são os de cartão eletrônico e folha. Acontece que, neste último, a anotação é feita manualmente. Essas opções são as de menor custo, todavia, estão mais suscetíveis a erros.
Atualmente, com o uso da tecnologia, também é possível encontrar opções como o cartão magnético (normalmente um crachá) e o reconhecimento facial/digital. Ambos possuem um registro totalmente digitalizado, armazenando os dados diretamente no sistema e gerando relatórios e históricos sem falhas.
Por último, para realizar um bom controle de ponto de funcionários, é ideal ter um software médico. Ele ajudará a centralizar todas as dicas anteriores, tornando a gestão de horas muito mais simples, fácil e prática.
Geralmente, esses sistemas também contam também com funcionalidades relacionadas ao financeiro, faturamento e até agendamento de consulta. Em nosso e-book de Dicas Fundamentais para Administradores de Clínicas, nós contamos como é possível implementar ferramentas e condutas para você ter mais organização e assertividade na sua gestão. Baixe gratuitamente e confira!
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Segundo o Superior Tribunal de Justiça, um médico pode trabalhar no máximo 60 horas por semana. Consequentemente, deve haver o pagamento proporcional às horas extras e a garantia de descanso remunerado após as 12 horas de trabalho.
A jornada de trabalho dos médicos pode ser de diferentes formas. Há o modelo de 44 horas semanais, com possibilidade de 2 horas extras por dia. O regime 12x36 e plantão de 12 horas, sem adicional de serviço após o horário e também o turno ininterrupto de 6 horas, com chance de hora extra.
Através de softwares médicos, é possível ter um registro de ponto integrado e automatizado. Assim, haverá otimização de tempo no dia a dia de trabalho, menos erros, problemas jurídicos e choque de horário entre os médicos.