A cirurgia robótica é uma das principais áreas de vanguarda da medicina. Com tecnologias de ponta, esta modalidade supera muitas limitações das cirurgias convencionais.
A modalidade está se expandindo no Brasil, desde 2008, quando foi realizada a primeira intervenção no Hospital Israelita Albert Einstein.
De lá para, o país já realizou mais de 30 mil cirurgias desse tipo, contemplando quase todas as especialidades da medicina.
Continue a leitura deste texto para descobrir mais sobre as cirurgias realizadas por meio de robôs e descubra também qual é o caminho para se especializar nesta modalidade e assim se destacar no mercado de trabalho!
É um tipo de cirurgia em que o profissional realiza o procedimento por meio de um robô equipado com instrumentos cirúrgicos, como tesouras, pinças e bisturi, além de uma câmera. Apesar do nome, o robô não opera o paciente sozinho, mas é necessário que um cirurgião treinado conduza a intervenção.
O robô cirúrgico mais avançado atualmente e também o mais utilizado no mundo se chama Da Vinci.
Este equipamento está em evolução desde 1999 pela empresa estadunidense Intuitive Surgical. A última versão do aparelho é o Da Vinci XI, que é equipado com quatro braços e uma câmera que fica acoplada em um deles.
No Brasil, existem cerca de 55 robôs cirúrgicos em atividade, sendo que quase todos estão distribuídos em hospitais da rede privada de saúde. O valor de um exemplar é de 4, 5 milhões de dólares.
A cirurgia robótica permite que o cirurgião faça movimentações delicadas e precisas em posições que não seriam possíveis em uma operação convencional.
Por exemplo, os braços robóticos podem fazer movimentos de 360º e não apresentam os tremores naturais da mão humana.
Para realizar uma cirurgia robótica, o profissional controla os braços do aparelho por meio de controles semelhantes aos de um joystick de videogame.
Assim, a partir de uma mesa de controle e de uma tela 3D imersiva, o médico conduz o procedimento com a ajuda de uma câmera de alta nitidez que é introduzida no corpo do paciente.
Conforme o cirurgião movimenta suas mãos e dedos nos controles, o robô reproduz os seus movimentos no interior do corpo do paciente. Eventualmente, ocorrem espirros de sangue na câmera, então o médico pode dar um comando de voz para limpá-la.
Então o braço que está com a câmera é retirado do orifício e um cirurgião auxiliar que fica na sala de operação faz a limpeza do equipamento. Neste momento, os demais braços param automaticamente.
A laparoscopia também é um tipo de cirurgia minimamente invasiva e que utiliza uma câmera introduzida no corpo do paciente para a realização da operação.
Contudo, a diferença é que em vez de utilizar os braços de um robô para introduzir os instrumentos cirúrgicos no corpo do paciente, o próprio cirurgião utiliza pinças mais longas para operar a região afetada através de pequenas incisões.
A tecnologia da câmera também é diferente. Enquanto, a cirurgia robótica conta com uma câmera 3D, com capacidade de aumentar em até dez vezes o tamanho da imagem, a laparoscopia é realizada com a ajuda de uma câmera 2D.
Outra diferença é a amplitude de movimentos e posições dos instrumentos cirúrgicos que no caso da laparoscopia são mais limitados.
Em primeiro lugar, podemos citar o fato do procedimento ser minimamente invasivo, com incisões muito menores. Para que você tenha uma ideia, confira abaixo a diferença entre as medidas dos cortes em cada tipo de cirurgia:
| Procedimento | Cirurgia convencional | Cirurgia robótica |
| Extração da próstata | 15 cm abaixo do umbigo | de 1 a 3 cm perto do umbigo |
| Extração total de rim | 20 cm abaixo do umbigo | de 1 a 10 cm na região lombar |
| Ponte de safena | 25 cm no peito | 1 cm no peito |
| Retirada de tumor no reto | 25 cm na região pélvica | de 1 a 3 cm na região pélvica |
| Retirada de tumor no fígado | 30 cm na barriga | de 1 a 5 cm na barriga |
A perda de sangue em uma cirurgia robótica também é significativamente menor. Por exemplo, em uma cirurgia convencional de extração total de rim, o paciente perde cerca de 500 mililitros de sangue, em uma cirurgia robótica este valor cai para 150 mililitros.
Tudo isso faz com que o tempo de internação e recuperação do paciente também sejam menores.
Outro caso é na realização de uma ponte de safena, na qual o paciente precisa de 3 a 4 dias para se recuperar, enquanto que na convencional são necessários 10 dias.
Além disso, o médico é capaz de realizar tarefas sem o contato direto com o paciente, o que diminui o risco de infecção do profissional.
Como em todo procedimento médico, a cirurgia robótica também apresenta riscos. A desvantagem aqui é que além dos riscos que qualquer cirurgia possui, a robótica apresenta o perigo de que haja uma falha mecânica no equipamento.
Além disso, existem algumas questões econômicas e de mão de obra que tornam difícil a realização deste tipo de cirurgia.
Por exemplo, entre as opções disponíveis, a cirurgia robótica é a mais cara, com custos elevados de manutenção e aluguel do aparelho, que chega a valores entre 6 mil e 12 mil reais, sendo que os planos de saúde ainda não cobrem essa operação. Por isso, o paciente precisa assumir os altos custos do procedimento.
A outra desvantagem é a falta de médicos qualificados para operar por meio do equipamento, o que dificulta o acesso ao serviço.
Apesar dos atuais desafios, o segmento vem crescendo no Brasil, com a compra de mais aparelhos pelos hospitais privados. Portanto, a tendência é que com o tempo o custo deste tipo de cirurgia diminua, aumentando o acesso ao serviço, inclusive pelo SUS.
Dessa forma, o médico que deseja estar na vanguarda da prática cirúrgica encontrará ainda mais oportunidades de trabalhar na área, considerando a escassez de profissionais como falamos anteriormente.
Para se tornar um cirurgião robótico, o profissional necessita obter a certificação de especialista em cirurgia robótica.
Estudos apontam que cirurgiões mais experientes apresentam uma curva rápida de aprendizagem, levando menos tempo para se adaptar à tecnologia do que profissionais no início da carreira.
A seguir, você confere alguns dos principais cursos disponíveis no Brasil para obter a certificação:
Em geral, as cirurgias robóticas acontecem com a presença do especialista que opera o aparelho no mesmo hospital em que o procedimento é realizado.
No entanto, já é possível realizá-la à distância apesar das dificuldades de infraestrutura. Espera-se que este cenário melhore com a implementação da internet de quinta geração, a 5G.
Isso porque, esta evolução da internet vai trazer mais velocidade e estabilidade nas conexões, garantindo a segurança das cirurgias realizadas à distância.
Este fator, aliado ao aumento de aparelhos disponíveis para cirurgia robótica nos coloca a perspectiva de que no futuro este tipo de procedimento seja mais rotineiro.
Falando em futuro da medicina, estamos acompanhando um alto desenvolvimento do setor de saúde com soluções à distância.
Enquanto as cirurgias robóticas caminham para se tornarem mais comuns no futuro, outras práticas da Telemedicina já estão em fase de consolidação.
Aqui o destaque vai para as teleconsultas, tele orientações e a telerradiografia com laudos fornecidos digitalmente.
Portanto, podemos afirmar que a cirurgia robótica pode ser considerada uma parte do futuro da medicina que está cada vez mais voltada para o desenvolvimento da tecnologia e soluções digitais para o setor.
Por isso, vale a pena se preparar para este futuro, utilizando as tecnologias e ferramentas que já estão disponíveis atualmente.
Neste sentido, a Feegow é sua parceira nesta jornada. Além de divulgar as últimas inovações da medicina, oferecemos ferramentas que vão te ajudar a acompanhar as mudanças do setor.
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É um tipo de cirurgia em que o profissional realiza o procedimento por meio de um robô equipado com instrumentos cirúrgicos, como tesouras, pinças e bisturi, além de uma câmera.
A partir de uma mesa de controle e de uma tela 3D, o médico conduz o procedimento com a ajuda de uma câmera de alta nitidez que é introduzida no corpo do paciente. O cirurgião controla os braços do robô por meio de controles semelhantes aos de um joystick de videogame.
As vantagens são que o procedimento é minimamente invasivo, mais preciso e com um tempo menor de internação e recuperação dos pacientes. As desvantagens são que a cirurgia ainda é muito cara, sem cobertura dos planos de saúde, além da escassez de profissionais qualificados.