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A importância da bioética no uso consciente da tecnologia na medicina

Escrito por feegowclinic | 28 Junho 2022

A tecnologia trouxe avanços para a área médica, porém, a inovação precisa respeitar alguns princípios éticos da medicina. Dentre eles estão os pilares da bioética. 


Este conceito está presente de forma constante no dia a dia dos profissionais de saúde, desde a estruturação dos processos de atendimento até o desenvolvimento de soluções modernas que simplificam a rotina para médicos e pacientes. 


Essa relação entre bioética e inovação será o ponto principal deste artigo. Vamos retomar neste conteúdo a definição da bioética, analisar como ela se apresenta no cotidiano dos profissionais e como tecnologia e bioética podem caminhar juntas para o desenvolvimento do setor de saúde.  


Boa leitura!


Retomando o conceito de bioética


A bioética é uma reflexão vinda da ética aplicada que estabelece questões envolvendo a medicina e a biologia. Tem por propósito a garantia de que, independentemente do desenvolvimento humano, os valores morais em prol da vida não se percam.


Ela possui quatro princípios que norteiam os dilemas éticos relacionados à saúde e o atendimento aos pacientes. São eles:


Autonomia 


Envolve o respeito às decisões do paciente, pois ele é responsável pelas próprias ações. Você, como médico, sabe que pode aconselhar, mas nunca decidir por ele.


Não-maleficência 


Consiste na ideia de não causar mal ao paciente de forma intencional. Mesmo quando não for possível fazer o bem, deve-se evitar o dano.


Beneficência


O médico deve sempre fazer o bem aos outros, protegendo e defendendo seus direitos, prevenindo danos e salvando todas as pessoas que conseguir.


Justiça


É vista como mecanismo para regular a relação entre o médico e o paciente. Defende a distribuição igualitária de tratamentos para todos, mas não o mesmo e sim o que cada um, de fato, precisa.


São esses aspectos que norteiam a rotina médica e promovem atendimentos de qualidade a população.


Quais os impactos que ela gera na rotina do médico?


Os principais pontos bioéticos que tangenciam a rotina médica estão relacionados ao atendimento aos pacientes. 


O atendimento humanizado — que preza pelo bem-estar do indivíduo e respeita os 4 pilares da bioética — é uma necessidade importante dentro de clínicas, centros de saúde e hospitais. 


Quando presente, o atendimento humanizado coloca o estabelecimento em conformidade com a bioética e oferece a oportunidade de acolher as pessoas e, com essa atitude, gerar uma ligação que potencializa a fidelização dessas pessoas aos seus serviços. 


Mas o atendimento humanizado não é o único ponto presente aqui. 


No momento de realizar diagnósticos e definir o tratamento adequado ao paciente, sempre é necessário levar em consideração suas necessidades e respeitar suas escolhas. É preciso entender e considerar o relacionamento que surge com o indivíduo, sua família e toda a equipe médica.


Também é importante destacar o papel analítico da bioética sobre a inovação presente na área da saúde. 


Com os avanços da tecnologia na saúde, os estudos éticos trazem reflexões que envolvem as ações humanas para a vida. O objetivo principal é compreender os novos questionamentos emergentes das inovações e quais são os limites da ciência mediante a ética.


Como bioética e tecnologia se relacionam?


O capítulo 1 do Código de Ética Médica reforça que a prioridade médica será sempre o bem do paciente. Então, temos como ponto inicial dessa relação entre tecnologia e bioética algo bem simples: a inovação precisa potencializar o bem-estar do paciente.


Esse princípio básico deve ser o norte para o desenvolvimento de novas ferramentas utilizadas no meio médico, desde um sistema de atendimento clínico até a elaboração de medicamentos ou tratamentos assistidos por maquinário.


A grande questão é que existem duas visões bem distintas sobre a tecnologia na área da saúde: 


  1. A primeira é otimista e acredita que os benefícios tecnológicos proporcionam tratamentos eficientes, atuam para otimizar a relação médico-paciente e promovem inovações científicas progressistas e que vão em prol da saúde mundial;
  2. A segunda é controversa e enxerga a tecnologia como um agente que traz impactos aos preceitos éticos. Isso surge em questões mais polêmicas, como o uso de células tronco na pesquisa médica, até aspectos mais sociais, como o uso de inovações que fortalecem ideais de corpo perfeito, a utopia da maternidade perfeita, dentre outras.


Não cabe a nós dizer o que é certo ou errado, mas sim pontuar a realidade da discussão entre bioética e tecnologia: o assunto traz controvérsias, mas, em linhas gerais, sempre deve estar presente quando uma empresa se propõe a construir inovações para a área de saúde. 


Portanto, a tecnologia focada no setor médico sempre deve ser permeada pela ética. Ao mesmo tempo, o universo da medicina deve estar aberto para receber as inovações


É sempre importante analisar sua pertinência e usá-las a seu favor, caso contribuam para o bem-estar dos pacientes e otimização dos processos de atendimento. 


Por que é importante pensar na relação bioética e tecnologia?


O tema é importante porque ele se faz presente sempre que há o uso de recursos tecnológicos na rotina do médico.


Vamos usar um exemplo simples: o compartilhamento de informações sobre casos entre médicos.

A discussão é algo normal, mas precisa ser feita no ambiente adequado. Isso significa que discutir um caso clínico com colegas em um congresso é muito diferente de compartilhar essas informações em um grupo de Telegram ou WhatsApp, por exemplo.


A mesma coisa se aplica ao atendimento. Nada te impede de atender e passar algumas informações para seus pacientes pelos apps de mensagens. 


Contudo, a humanização não deve ser perdida, pois ela interfere de maneira positiva na evolução do tratamento, especialmente na confiança que o profissional gera em seu atendimento. 


A oferta de vários canais de atendimento aproxima ainda mais o paciente, mas precisa ser equilibrada com os princípios bioéticos de atendimento. A ética profissional deve prevalecer bem como o tratamento individualizado


Mas nem tudo se resume ao atendimento ou compartilhamento de informações. A bioética também serve para otimizar procedimentos médicos e assegurar o benefício para os pacientes.

Um bom exemplo é a regularização da cirurgia robótica e telecirurgia. Recentemente, o CFM criou diretrizes para padronizar o treinamento de cirurgiões e ampliar o acesso deles aos programas de capacitação em cirurgia robótica. 


A premissa dessa mudança é pautada na bioética: assegurar que o médico tem a capacidade de usar a tecnologia em prol das pessoas e, ao mesmo tempo, oferecer aos pacientes a certeza de que a inovação tecnológica será bem utilizada, sempre a favor do seu bem-estar. 


O que muda na realidade do médico?


A inovação permite tomada de decisões mais precisas e assertivas na área da saúde. Uma mudança que vem ganhando espaço na área médica envolve o uso de aplicativos voltados para pesquisa, diagnósticos, plantões, entre outros. 


O Yellowbook, desenvolvido pela Sanar, é um exemplo. A ferramenta serve de suporte para diagnósticos mais precisos e prescrições exatas. 


Inicialmente eram livros físicos com mais de 900 páginas cada, mas imagina levar para o atendimento esse tanto de papel? A solução foi colocar todos os livros e as atualizações dentro de um aplicativo.


Esse tipo de inovação não fere princípios éticos, porém, volta novamente a questão dos pilares da bioética. O tratamento oferecido deve estar em conformidade com o bem-estar e as decisões do paciente. 


Os softwares para gestão são outros bons exemplos. Eles buscam a simplificação e organização da rotina de uma unidade de saúde, como sua clínica, mas também oferecem segurança para a coleta de dados e armazenamento de informações sensíveis da relação médico-paciente, já que este é um ponto importante da discussão bioética.


Por fim, vamos lembrar que a tecnologia transforma processos. E a telemedicina é um excelente exemplo. O atendimento online, ascendeu como uma nova modalidade de atendimento, que facilita a rotina do médico e contribui para o bem-estar dos pacientes. 


Porém, a inclusão de um processo tecnológico aqui também não dispensa toda a atenção com os princípios bioéticos. Veja mais a seguir. 


Como a telemedicina pode seguir os conceitos da bioética?


A telemedicina pode ser analisada como um processo de atendimento que complementa a relação médico-paciente presencial e não uma substituta para a consulta tradicional. A telemedicina se torna uma aliada no propósito de levar saúde de qualidade para todos.


Além disso, a segurança dos dados dos pacientes precisa ser priorizada ao utilizar recursos tecnológicos, como as plataformas virtuais para atendimento. Todas as ações devem estar em consonância com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).


O atendimento virtual necessita seguir os mesmos parâmetros de uma consulta presencial. O médico precisa oferecer uma consulta humanizada e segura ao seu paciente, garantindo o sigilo das informações, tratamento correto em relação aos dados sensíveis, dos prontuários eletrônicos e da assinatura digital.


A telemedicina permite a troca de informações entre médicos, essa troca precisa ser orientada de forma que os dados pessoais do paciente não vazem. 


O indicado é utilizar ferramentas com acesso limitado para médicos, como as que pedem CRM no momento do cadastro.


Para se comunicar com seus pacientes de forma remota, busque sempre por aplicativos ou softwares especializados na área médica, que contemplem todos os requisitos de segurança e confidencialidade.


Como exemplo, temos o Feegow Clinic, e nele um recurso adicional voltado para consultas virtuais: o Feegow Telemedicina.


Conheça o Feegow Telemedicina


A Feegow está atenta a todas as questões éticas que envolvem segurança de dados e qualidade do atendimento. Nossa missão é utilizar a tecnologia para levar a saúde até as pessoas.


O Feegow Telemedicina é uma ferramenta que permite a realização de consultas, monitoramento de tratamentos e acompanhamento dos pacientes, tudo de forma remota.


Ele possui um design simples e intuitivo e não precisa ser baixado, já que é 100% integrado ao Feegow Clinic.


Conheça algumas das vantagens:


  • Prontuário Eletrônico Certificado integrado ao recurso;
  • Histórico completo do paciente no formato de linha do tempo;
  • Segurança e agilidade para o paciente com Agendamento Online;
  • Assinatura Digital válida em todo o território nacional.


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Perguntas frequentes:

Como se aprofundar no estudo da bioética?

Por meio da leitura de artigos de revistas acadêmicas e livros, além de cursos de extensão, especialização, etc. A bioética é um assunto complexo que gera muitos debates, por isso é importante manter-se atualizado.

Como a bioética ajuda a usar a tecnologia em prol do paciente?

A bioética garante que o médico não vá abandonar a humanização dos atendimentos, apenas incluir a tecnologia como ferramenta para ter maior assertividade e precisão nos diagnósticos.

Como adequar a bioética às normas de proteção de dados?

Garantindo o sigilo das informações, tratamento correto em relação aos dados sensíveis, prontuários eletrônicos e da assinatura digital.